quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Prefeitura do PT, em Recife, gasta 3 milhões em assinaturas para calar o PIG local


A compra de assinaturas de jornais em Recife


Por Pierre Lucena


Pierre Lucena, do Blog Acerto de Contas 
QUANDO O PSDB E O PT SE PARECEM
Ontem uma parte da blogosfera começou a gritar pelas assinaturas das revistas Veja, Época e Isto é que o Governo de São Paulo teria feito para as escolas.
Vejamos a notícia do Blog do Altamiro Borges: Alckmin investe R$ 9 milhões no PIG
Miro se referia a estas assinaturas, além do recebimento dos jornais Folha de São Paulo e Estadão para as bibliotecas das escolas paulistas.
Mas será que isso é exclusividade do PSDB? Vejamos o que faz a Prefeitura do Recife, administrada pelo PT.
No dia 30/04/2009, a Prefeitura do Recife publicou extrato de dispensa de licitação de 2500 assinaturas de fim de semana do Jornal do Comercio e do Diário de Pernambuco, com custo anual de R$ 585.000,00 para cada publicação. A assinatura tem sido sistematicamente renovada pelo mesmo valor, sempre no fim de abril, segundo o Diário Oficial da PCR. Cada assinatura tem saído por R$ 234,00.
Em 3 anos aproximadamente R$ 3 milhões foram gastos em assinaturas de jornais apenas para a Prefeitura do Recife. Se tirarmos uma média de leitores de 25000 para o sábado (superestimado), não é exagero dizer que 10% da circulação dos jornais pernambucanos aos sábados depende da Prefeitura do Recife.

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Fiquei curioso e liguei para tentar fazer uma assinatura semelhante, imaginando que seria muito mais caro do que os R$ 234,00, que é o preço para a Prefeitura, que estaria comprando em escala, acreditando no que diz Ivete Sangalo na propaganda da Insinuante: quem tem força tem preço.
Mas eis que a surpresa tomou conta da minha pessoa: uma assinatura de fim de semana, adquirida individualmente, em 12 parcelas fixas de R$ 17,00 sem juros, com tudo ficando por R$ 204,00. Isso mesmo, a Prefeitura paga aproximadamente 14% mais caro que os pobres mortais.
Nada contra o professor receber uma assinatura de jornal aos fins de semana, mas talvez fosse mais produtivo investir os R$ 468,00 de assinatura (os dois jornais) que cada um recebe na compra de um tablet.
Garanto que teria acesso a uma leitura bem melhor.

O maior acidente do Brasil

                           

O maior acidente do Brasil
 
Foto: Adriano Lima/Agência Estado

 

 

PM conta 220 carros com danos graves e 80 com avarias leves; engavetamento na rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, aconteceu a partir das 12h50; reflexos se estenderam ao longo do dia; uma pessoa morreu e dezenas saíram feridas; vídeo



15 de Setembro de 2011 às 19:33

247 - Um grave acidente ocorrido no início da tarde desta quinta-feira 15 envolvendo, inicialmente, uma carreta com carga inflamável e um automóvel evolui para se tornar o maior acidente automobilístico do Brasil. Fonte da Polícia Militar informou que foram contados 220 automóveis com danos graves e outros 80 com avarias leves. Uma pessoa morreu e dezenas ficaram feridas.

O engavetamento, seguido de explosão aconteceu no quilômetro 41 da Rodovia dos Imigrantes, sentido São Paulo, via que liga a capital ao litoral paulista. Um dos veículos que se envolveu no acidente seguia no sentido litoral da rodovia e invadiu a pista contrária por volta de 12h30. Às 13h25, o sentido São Paulo da rodovia estava totalmente interditado.

De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, havia vítimas presas às ferragens por volta das 13h30. O excesso de neblina no local dificultou o trabalho do resgate (segundo a concessionária Ecovias, a visibilidade era inferior a 30 metros). Com a falta de visibilidade, não era possível utilizar helicópteros para socorrer as vítimas. O caminhão, que transportava produtos perigosos, ficou em chamas. A Ecovias confirmou que, devido ao acidente, toda a pista da Imigrantes no sentido São Paulo foi bloqueada.

Por volta das 15h20, 17 carros do corpo de bombeiros e 43 homens estavam trabalhando nas operações de resgate. As vítimas foram sendo levadas aos prontos socorros de Diadema, Mauá, Cubatão e Santos. Três equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Santos se deslocaram para atender as vítimas. De acordo com a prefeitura da cidade, 27 pessoas foram atendidas pelas equipes. Técnicos da Cetesb (órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente) também foram mobilizados para analisar rtiscos de vazamentos de combustíveis e gases tóxicos. Por volta das 17h, a pista sul da Imigrantes teve seu sentido invertido, e foi liberada para o tráfego apenas para os veículos leves.

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O manifesto do Movimento dos Sem Mídia




Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania

Senhoras e senhores,

Estamos aqui hoje para nos manifestar contra a corrupção, mas não como aqueles que estiveram neste mesmo local no último dia 7 de setembro dizendo que se manifestavam pelo mesmo motivo. O que aquelas pessoas fizeram, na verdade, foi um ato orquestrado por grandes impérios de comunicação e que teve como objetivo favorecer partidos políticos.

Antes de prosseguir, é bom explicar que este Ato Público não pertence a nenhum partido político, a nenhum sindicato, a nenhum grupo de interesse. Foi convocado pelo Movimento dos Sem Mídia, que luta pela democratização da comunicação no Brasil, ou seja, para que essa comunicação não continue na mão de meia dúzia de famílias.

Quem são esses impérios de comunicação? São a Globo, os jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo e a revista Veja e alguns outros que repetem o que eles dizem. Esses veículos estimularam a manifestação que ocorreu aqui no Masp no último dia 7 usando artigo escrito por um jornalista espanhol ligado a esses empresários de comunicação.

O jornalista espanhol Juan Arias disse que os brasileiros seriam acomodados com a corrupção porque não saem às ruas para protestar como no país dele. Escreveu aquilo apesar de que seu povo está indo às ruas porque a Espanha está em uma terrível crise econômica, com desemprego nas alturas. Os brasileiros não fazem o mesmo porque este país está indo muito bem, obrigado.

Os tais impérios de comunicação, dessa forma, passaram a reproduzir sem parar aquele texto sem sentido em seus jornais, revistas, rádios, televisões e portais de internet. Poucas semanas depois, aparecem essas manifestações “contra a corrupção” como a que aconteceu aqui no Masp no último dia 7 de setembro.

Naquela manifestação, o que se viu não foram críticas a toda corrupção, mas a políticos e ao partido aos quais as famílias Marinho (dona da Globo), Frias (dona da Folha de São Paulo), Mesquita (dona do Estadão) e Civita (dona da revista Veja) se opõem há muito tempo, ou seja, ao Partido dos Trabalhadores, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff.

Não foi por outra razão que aquela manifestação que ocorreu há cerca de duas semanas aqui neste mesmo local tinha faixas e cartazes acusando de corrupção o ex-presidente Lula, o PT e a presidente Dilma e foi acompanhada por políticos do Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB. Foi um ato político disfarçado de “marcha contra a corrupção”.

Não há brasileiro que não saiba que a Globo e os outros veículos já mencionados – e alguns menores que agem sob sua influência – fazem oposição ao PT e a todos os políticos deste partido ou a ele aliados. Desde 1989, quando Lula disputou sua primeira eleição presidencial, que esses impérios de comunicação fazem isso.

E por que fazem? Porque são contra a distribuição de renda, contra a melhora de vida do povo mais pobre e a favor da corrupção, pois todos sabem que quando denunciam políticos eles são sempre do PT e de partidos aliados e nunca do PSDB e dos aliados dele. E o que é pior: só denunciam quem se vende, quem se corrompe, mas nunca quem suborna porque são empresas que anunciam nesses jornais, revistas, tevês etc.

Durante semanas, esses veículos martelaram esses atos públicos artificiais que sairiam às ruas no 7 de setembro. Com publicidade dessa dimensão sendo veiculada sem parar nas televisões, rádios, jornais, revistas e portais de internet, claro que inocentes úteis que acharam que estavam se manifestando “contra a corrupção” foram atraídos e engrossaram as manifestações.

Se quisessem se manifestar contra a corrupção, os que estiveram aqui no Masp naquele dia também acusariam o governo de São Paulo, que impede que uma única CPI contra si seja aprovada na Assembléia Legislativa, onde há mais de cem pedidos de investigação que não vão para frente porque a imprensa, diferentemente do que faz contra o PT, não divulga.

E não divulga porque o governo de São Paulo acaba de gastar NOVE MILHÕES DE REAIS comprando assinaturas da Folha, do Estadão e da Veja, por exemplo. Dinheiro dos seus impostos, cidadão, que vai para o bolso desses impérios de comunicação.

Um bom exemplo de escândalos do PSDB que a mídia esconde está nas obras do Rodoanel, contra as quais pesam denúncias de superfaturamento. Ou, por exemplo, as obras de limpeza do rio Tietê, que neste ano transbordou porque o ex-governador José Serra diminuiu aquelas obras e aumentou gastos em publicidade que infestou a tevê durante o ano passado, quando o ex-governador disputou a Presidência da República.

A corrupção da mídia, portanto, está em ela jamais expor empresas que subornam políticos corruptos simplesmente porque são suas anunciantes. Assim, atacando só quem se vende e nunca quem compra políticos, a corrupção no Brasil não diminuirá nunca.

Há, sim, escândalos e corrupção nos governos do PT, do PSDB, de todos os partidos. Por isso há que investigar a todos e não só aos inimigos políticos das famílias Marinho, Frias, Civita, Mesquita e outros empresários da comunicação que acobertam políticos amigos e denunciam os políticos inimigos até mesmo quando não há prova alguma.

Nada a espantar vindo de impérios de comunicação que ajudaram a implantar e a sustentar a ditadura militar que manteve este país nas trevas de 1964 a 1985 e que torturou e assassinou pessoas apenas porque tinham opinião política diferente.

Ser contra a corrupção é ser contra quem corrompe e quem é corrompido. É não dar propina ao guarda de trânsito, é não subornar funcionário público para ele “agilizar” aquele processo em um órgão público. Não será atacando só os políticos inimigos e protegendo os amigos que este país reduzirá a corrupção, portanto.

O Movimento dos Sem Mídia, assim, é contra TODA a corrupção e não apenas contra a corrupção de alguns. Por isso, quando você, cidadão, ler ou ouvir esses jornalistas que se vendem aos patrões dizendo só aquilo que eles querem, acusando só petistas e aliados e dizendo que não votando neles a corrupção acabará, não acredite. É tramóia.

Corrupção existe no mundo inteiro. Em governos de todos os partidos. Há que dificultá-la, mas nunca se conseguirá acabar com toda ela. Não adianta demonizar a classe política porque sem políticos não há democracia. Voltaremos à ditadura militar, a um tempo em que os políticos eram amordaçados por generais que roubavam sem ter quem contestasse.

Assim sendo, se você quer uma imprensa que combata toda a corrupção, é preciso que essa imprensa não fique na mão de meia dúzia. Nos Estados Unidos, por exemplo, um mesmo empresário não pode ter jornal e televisão na mesma cidade. No Brasil, a Globo tem tudo – jornal, revista, TV, rádio, portal de internet – em todas as cidades.

Isso se chama concentração de propriedade de meios de comunicação. O que se quer, assim, é aprovar leis que existem em todos os países desenvolvidos e que não permitem que uma Globo use concessão pública como é um canal de tevê para fazer jogo político em favor dos partidos e políticos amigos.

Esses impérios de comunicação acusam quem pede leis para a comunicação de querer “censura”. É mentira. Ninguém quer que esses impérios não falem o que pensam. Só o que se quer é que quem pensa diferente da Globo possa ir em suas tevês contradizer a família que as controla, pois a faixa de onda eletromagnética que usam é uma concessão do povo.
Isso não é e nem jamais será censura.

MOVIMENTO DOS SEM MÍDIA
São Paulo, 17 de setembro de 2011

Cristovam esclarece decisão do TJ-DF

Esclarecimento sobre a decisão do TJ-DF

 

Não era um filme, ou propaganda, era uma forma eletrônica de prestação de contas

15 de Setembro de 2011 às 07:47

 

Cristovam Buarque


Para levar adiante a transparência, a solenidade de prestação de contas das ações do meu governo foi filmada e transformada em arquivo de mídia, com gravação em CD Room, possibilitando aos servidores acompanharem o que foi feito ao longo daquele ano pelo governo. O CD Room não é um meio de comunicação de massa, não passa de um informativo direto em um computador. Tinha por objetivo, sobretudo, mostrar o governo aos próprios servidores da administração pública. Não era um filme, ou propaganda, era uma forma eletrônica de prestação de contas. Um instrumento de reflexão individualizada e apenas para poucos que naquela época dispunham de um computador para reproduzir o arquivo.

Mesmo assim, pouco tempo depois dessa prestação de contas em CD Room, uma pessoa, sob clara orientação do líder da oposição de então, ingressou com uma ação popular sob o argumento de que o documento fazia publicidade do governo. A ação foi movida porque, ao invés de pagar um ator ou outro apresentador, eu próprio apresentei a prestação de contas, diante de todos os assistentes, e porque a Secretaria de Comunicação do GDF utilizou minha imagem. O CD Room e a imagem foram feitos e utilizados sem a minha autorização nem meu conhecimento. Mas, como governador, fui responsabilizado pelos atos de meus subordinados.

A ação foi recusada e arquivada pela Justiça. Mas depois disso, toda a publicidade do Governo, então denominado Democrático e Popular, foi objeto de outra ação popular, na qual o Tribunal de Justiça reconheceu que não havia ilegalidade ou promoção pessoal do governador ou de qualquer outra pessoa ou partido.

Não contente com isso, outra Ação Civil Pública foi ajuizada com a mesma denúncia. Porém, nessa segunda vez, uma juíza substituta acolheu a denúncia.

Não se trata de uma condenação por corrupção, por apropriação indevida ou por superfaturamento, recebimento de vantagem de qualquer natureza, dessas de corruptos que quase nunca são julgados.
Situação parecida foi vivida pela ex-prefeita e atual deputada Luiza Erundina, em São Paulo, por meio de uma Ação Popular nº 053.89.707367-9, que correu na 1ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. Ela foi condenada a devolver à Prefeitura de São Paulo o valor de R$ 350 mil, porque publicou um comunicado oficial, pelo qual justificava os motivos da paralisação dos ônibus da companhia pública nos dias 14 e 15 de março de 1989, em meio a uma greve geral dos rodoviários. Ninguém tem dúvidas da seriedade e honestidade de Erundina, mesmo assim ela foi injustiçada e condenada.

Ainda cabem recursos contra a tal decisão contra a minha pessoa e a do ex-secretário de Comunicação, Moacyr de Oliveira. O próprio Tribunal de Justiça do Distrito Federal já reduziu a amplitude da condenação inicial.

Obviamente, recorrerei.

Fome atinge 6 milhões de norte-coreanos, diz FAO

                           

Fome atinge 6 milhões de norte-coreanos, diz FAO
 
Foto: DIVULGAÇÃO



Um terço das crianças abaixo dos cinco anos já sofre de desnutrição no país, afirmou a agência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação



Por Agência Estado


15 de Setembro de 2011 às 12:36


Agência Estado

A crescente crise alimentar na Coreia do Norte ameaça deixar 6 milhões de pessoas sem comida suficiente no país onde um terço das crianças abaixo dos cinco anos já sofre de desnutrição, afirmou nesta quinta-feira a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação (FAO).

A redução da ajuda internacional, um inverno rigoroso que atingiu as plantações e a queda da quantidade de alimentos que o país comprou do exterior deixaram a Coreia do Norte com escassez crônica de comida, disse a FAO.

"Mais de 6 milhões de pessoas precisam de assistência alimentar urgente", diz um comunicado da organização.

Em declarações feitas em Bangcoc, Tailândia, no retorno de sua visita ao país, feita após convite das autoridades de Pyongyang, o diretor regional para Ásia e Pacifico da FAO, Hiroyuki Konuma, afirmou que há um déficit de cerca de um milhão de toneladas de comida no país.

A ajuda humanitária para a Coreia do Norte "diminuiu dez vezes" nos últimos dez anos, disse a agência da ONU, acrescentando que o país "é um dos que sofre mais com a falta de recursos para emergências humanitárias no mundo".

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, que lançou uma operação de emergência na Coreia do Norte em abril deste ano, fez um apelo para a arrecadação de 300 mil toneladas de alimentos básicos neste ano, mas recebeu pouco mais de 10% dessa quantidade.

O porta-voz do PMQ, Marcus Prior, disse que mesmo antes do início deste "ano difícil", um terço das crianças abaixo dos cinco anos sofria de desnutrição.

A Coreia do Norte diminuiu drasticamente a distribuição de comida nos últimos meses e algumas pessoas têm de comer grama para sobreviver, revelou recentemente uma das mais experientes trabalhadoras humanitárias no país.

As porções de alimentos foram reduzidas para 150 gramas diárias por pessoa em algumas partes do país com a queda de doações estrangeiras, disse em junho Katharina Zellweger, chefe do escritório de apoio do governo suíço em Pyongyang.

A situação piorou mais ainda com o aumento dos preços internacionais dos alimentos que tornaram as importações mais caras, afirmou Zellweger.

Façam suas novas apostas: quem será o próximo?


Façam suas novas apostas: quem será o próximo?
 
Foto: ANDRE DUSEK/AGÊNCIA ESTADO

 

Muita gente se pergunta para quem irá o sexto cartão vermelho a ser dado pela presidente Dilma; Carlos Lupi, do Trabalho, acumula denúncias de irregularidades em torno do FAT e está na mira



15 de Setembro de 2011 às 14:35

Evam Sena_247, em Brasília – Nove meses, cinco ministros demitidos, e o processo de “faxina” contra a corrupção pode não ter uma trégua. Ministros com motivos para estar na berlinda é o que não faltam e, em muitos círculos do poder, multiplicam-se as apostas sobre quem será o próximo.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi herdado pela presidente Dilma do governo Lula, assim como os demitidos Nelson Jobim (Defesa) e Wagner Rossi (Agricultura), e não tem uma relação próxima com a presidente Dilma Rousseff, como o recém-caído Pedro Novais (Turismo). Lupi, que se encontrou poucas vezes a sós com Dilma, teve seu poder diminuído, com a transferências de parte de suas funções, como a relação com as centrais sindicais, para o ministro Gilberto Carvalho (PT), da Secretaria-Geral da Presidência.

O mais agravante são as denúncias envolvendo Lupi e seu chefe de gabinete, Marcelo Panella, também tesoureiro nacional do PDT, em supostos contratos irregulares com a Fundação Pró-Cerrado e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A fundação receberia os recursos sem prestar os serviços, num esquema parecido ao que deu origem à Operação Voucher da Polícia Federal, no Ministério do Turismo, que levou à prisão de 35 pessoas e culminou na queda do ministro ontem.

Lupi já foi chamado pelo Palácio do Planalto para prestar esclarecimentos sobre os negócios de Panella e afastou seu chefe de gabinete para se preservar no cargo. O ministro é ainda acusado de requisitar jatinho da Pró-Cerrado para viagens pelo Brasil. Apesar de contar com o apoio do deputado Paulinho da Força (SP), Lupi já começa a perder a coesão do PDT, com a oposição do deputado Brizola Neto (RJ) do senador Cristovam Buarque (DF).

Fora de foco com o aumento na crise no Turismo, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, pode voltar à frente da fila da “faxina”. Negromonte é acusado de apresentar emendas parlamentares, quando deputado pelo PP-BA, que beneficiaram empresas de pessoas ligadas a ele ou que fizeram doações de campanha. Vítima de fogo amigo e de disputa interna no PP, o ministro foi acusado até de pagar mensalinho para correligionários em troca de apoio.

Em crise desde o início de seu mandato, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, voltou a mostrar-se com frágil representatividade no início do mês com o pedido de demissão da ex-secretária de Cidadania e Diversidade Cultural Marta Porto, que havia sido escolhida pela própria ministra. Responsável por projetos caros ao ministério, como os Pontos de Cultura, Porto reclamou da falta de "espaço e confiança" para desenvolver os projetos do órgão.

A saída de Porto revela o medo de Ana de Hollanda de ser demitida do cargo. As duas tinham pouco diálogo, pois a ministra a via como rival, uma vez que Porto foi o nome cotado para assumir o ministério com as crises no início da gestão. A nomeação de Hollanda não contou com o apoio do PT, que gostaria de levar o ministério.

Com mudanças nas políticas que vinham do governo Lula, como a retirada do Criative Commons (CC) do site do ministério e recuo na reforma da Lei dos Direitos Autorais, a ministra aumentou sua insatisfação com os petistas. Foi necessário nomear uma “interventora” do PT para conter o fogo amigo. Hollanda também foi obrigada pela CGU (Controladoria-Geral da União) a devolver cinco diárias que recebeu irregularmente.

Quem ganha uma sobrevida é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que teve arquivada na Comissão de Ética da Presidência da República a investigação de denúncia de que viajou em avião da construtora Sanches Tripoloni e em aeronave de empresário do setor de agronegócios, atitude condenável pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal.

Muito obrigado, leitores!


Muito obrigado, leitores!
 
Foto: 247

 

 

Em seis meses, 247 bate recordes de audiência, alcança metas de publicidade, cria rede nacional de jornais online e é destaque em fórum da Aner



15 de Setembro de 2011 às 11:16

247 – Nesta quinta-feira, completam-se seis meses de operação do Brasil 247, o primeiro jornal brasileiro desenvolvido para o iPad e outros tablets. Em tão pouco tempo, os resultados superaram todas as metas traçadas. Mais de 30 mil aplicativos foram baixados no iPad e a audiência na internet saltou de 59 mil visitantes únicos e 1,5 milhão de page views em março, mês de lançamento, para 2,8 milhões de visitantes únicos e 46 milhões de page views em agosto.

Graças a esses números, foi possível atrair anunciantes de peso, como Bradesco, Caixa Seguros, Hyundai, Ford, Banco do Brasil, Correios, Tecnisa, Gafisa, Itaipava, Brazilian Mortgages, BVA e Uniseb, entre outros, numa experiência inédita na mídia brasileira, de um jornal online gratuito, ancorado apenas na receita publicitária, e que já se aproxima do seu ponto de equilíbrio econômico-financeiro.

Essa experiência de sucesso foi retratada no V Fórum Aner de Revistas, realizado nesta semana em São Paulo. Enquanto os veículos tradicionais, pagos e em papel, discutiram como viabilizar um modelo de negócios na era digital e dos tablets, a estratégia do Brasil 247 foi detalhada pelo jornalista Leonardo Attuch, idealizador da publicação. “Nosso desafio não é encontrar uma forma de cobrar pelo conteúdo, mas sim de ampliar a oferta de conteúdo gratuito”, disse ele. “Isso é possível na era digital, pois os custos são muito menores para quem não carrega a herança do passado”.

Novos canais e novas regiões

O aumento da oferta de conteúdo do Brasil 247 se dá de duas formas: na ampliação de canais de cobertura e também de regiões do Brasil. Hoje, o jornal oferece conteúdo diário nas editoriais Poder, Brasil, Mundo, Economia, Portfolio, Agro, Ecologia, Cultura, Mídia & Tech, Games & Apps, Esporte, Olímpicos, Imagem, Celebridades e Viagem, além das revistas semanais Oásis, Motor e Seu Dinheiro.
Regionalmente, já estão no ar os jornais Bahia 247 e Brasília 247, que fazem parte da rede 247. Em breve, estrearão Pernambuco 247, Rio 247 e Paraná 247. E, em pouquíssimo, todos os estados brasileiros estarão cobertos, com um jornalismo isento, mas também combativo e que dá voz a todas as forças da sociedade brasileira.

Além disso, fornecemos conteúdo para o portal Mundo Positivo, do grupo Positivo, e lançamos o Manifesto Preço Justo (www.precojustoja.com.br), pela redução dos preços de tablets e outros eletrônicos no Brasil, que já recolheu mais de 690 mil assinaturas.
Seis meses depois, o que temos a dizer é: Muito obrigado, leitores!

E aguardem as novidades. Neste mês, uma delas será o lançamento do mais completo aplicativo para a plataforma Android.

Grave acidente em SP envolve 50 carros e mata 1


Grave acidente em SP envolve 50 carros e mata 1
Foto: Adriano Lima/Agência Estado

 

Colisão seguida de incêndio e engavetamento na Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, mata uma pessoa e deixa pelo menos 30 feridos; Corpo de Bombeiros ainda trabalha no local


15 de Setembro de 2011 às 16:48


247 - Um grave acidente ocorrido no início da tarde desta quinta-feira 15 envolvendo um caminhão e cerca de 50 carros deixou 30 feridos e dois mortos, segundo informação do corpo de bombeiros. O engavetamento, seguido de explosão aconteceu no quilômetro 41 da Rodovia dos Imigrantes, sentido São Paulo, via que liga a capital ao litoral paulista. Um dos veículos que se envolveu no acidente seguia no sentido litoral da rodovia e invadiu a pista contrária por volta de 12h30. Por volta das 13h25, o sentido São Paulo da rodovia estava totalmente interditado.

De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, havia vítimas presas às ferragens por volta das 13h30. O excesso de neblina no local dificulta o trabalho do resgate (segundo a Ecovias, a visibilidade era inferior a 30 metros). Com a falta de visibilidade, não era possível utilizar helicópteros para socorrer as vítimas. O caminhão, que transportava produtos perigosos, está em chamas no local. A Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, confirmou que, devido ao acidente, toda a pista da Imigrantes no sentido São Paulo está bloqueada. Os motoristas que forem deixar o litoral e seguir para São Paulo nesta tarde devem seguir pela Via Anchieta. Quem seguia para a Baixada Santista pela pista sul da Imigrantes também enfrentava lentidão.

Em meio a intensos protestos, Israel esvazia embaixada na Jordânia

Dias após o embaixador israelense no Egito ter deixado o país em virtude dos protestos que deixaram ao menos três mortos e mais de mil feridos, combates semelhantes emergiram nesta quinta-feira em torno da embaixada de Israel na Jordânia, forçando a saída dos diplomatas.

A representação do país em Amã foi esvaziada de forma preventiva, enquanto os manifestantes iniciavam os protestos, por temor de que a situação se tornasse insustentável, como ocorreu no Cairo na semana passada.

Muhammad Hamed/Reuters
Manifestantes queimam bandeira de Israel em frente à embaixada na Jordânia; diplomatas foram retirados
Manifestantes queimam bandeira de Israel em frente à embaixada na Jordânia; diplomatas foram retirados

Ativistas jordanianos convocaram uma "marcha de um milhão" contra a embaixada israelense, em mais uma demonstração da onda de violência contra as políticas do Estado hebreu que tomou recentemente o Egito e a Jordânia, os dois únicos países árabes que têm acordos de paz com Israel.

"O ódio contra Israel está crescendo rapidamente na Jordânia devido aos crimes cometidos na Palestina e em outros lugares. O povo jordaniano está contra o estabelecimento de relações normais com este inimigo", disse Hamzeh Mansour, secretário-geral da Frente de Ação Islâmica (FAI), o braço político da Irmandade Muçulmana, partido de oposição.

Mais da metade dos seis milhões de habitantes da Jordânia são de descendência palestina.

Forças de segurança jordanianas montaram um cordão de isolamento ao redor do prédio, impedindo o acesso dos manifestantes.

Khalil Mazraawi/France Presse
Forças de segurança da Jordânia montaram um cordão de isolamento em torno da Embaixada de Israel em Amã
Forças de segurança da Jordânia montaram um cordão de isolamento em torno da Embaixada de Israel em Amã

A tensão entre egípcios, jordanianos e israelenses aumentou nos últimos dias, após o Exército de Israel ter matado seis soldados do Egito na fronteira, em meio a uma caçada a militantes que haviam cruzado do Egito para o sul de Israel, matando seis israelenses num ataque.

As mortes levaram centenas de egípcios a protestar em torno da embaixada israelense no Cairo, e criaram uma crise diplomática entre os dois países.

A tensão entre países árabes e Israel aumentou nas últimas semanas também devido à recusa do governo israelense de se desculpar à Turquia pela morte de ativistas que tentaram furar o bloqueio à Gaza no ano passado e à proximidade do pedido de reconhecimento do Estado palestino na ONU, plano intensamente criticado pelo Estado hebreu, EUA e a Europa.

Khalil Mazraawi/France Presse
Mortes de egípcios, bloqueio de negociações com palestinos e crise com a Turquia motivam rejeição a Israel
Mortes de egípcios, bloqueio de negociações com palestinos e crise com a Turquia motivam rejeição a Israel

Em visita ao Egito na semana passada, o primeiro-ministro turco, Recip Tayyip Erdogan, disse a ministros do Exterior árabes que Israel se isolou e terá de "pagar o preço", depois de se recusar a pedir desculpas por um ataque a uma flotilha que transportava assistência internacional a Gaza, no ano passado.

A Turquia também era um importante aliado israelense, mas as relações diplomáticas dos dois países encontram-se estremecidas após o episódio ocorrido no Mediterrâneo.

E se a primavera árabe virar um pesadelo?


Por Rui Martins, de Genebra

Reprodução

O risco para a primavera árabe é a de ser apropriada pelos islamitas fundamentalistas.
As primeiras suspeitas surgiram com o primeiro discurso do chefe do Conselho Nacional de Transição da Líbia, o ex-ministro de Kadafi, Mustafá Abdel Jalil.

Surpreendendo muitos ocidentais que apoiaram a iniciativa de Sarkozy e Cameron de atacar a Líbia e que levaram a Otan a criar, com seus bombardeios, condições para a queda de Kadaki, o novo homem forte na Líbia declarou que a religião islamita será a principal fonte da legislação no país.

E citou claramente a chariá, conjunto dos mandamentos de Deus constantes do Corão muçulmano, de retorno à sociedade líbia.

Assim como Moisés definiu no Pentateuco do Velho Testamento as principais exigências ao povo hebreu, inclusive relacionadas com o comportamento, alimentação, vida familiar, assim também a chariá engloba os cinco preceitos principais – obrigatórios, recomendados, permitidos, desaconselhados e proibidos. A chariá é a lei em países como a Arábia Saudita, Irã, Sudão, uma parte do Paquistão e no Afganistão dos talibãs.

Diga-se de passagem, nos países onde se faz a leitura literal do Corão e dos preceitos e tradições da chariá, trata-se de uma lei cruel, rejeitada pela União Européia, pela qual as mulheres perdem praticamente todos os direitos conquistados durante o governo Kadafi.

E, se a pressão dos fundamentalistas aumentar, como pode ocorrer, já que alguns dos chefes vitoriosos fizeram treinamentos no Afganistão como militantes da Al Qaeda, as mulheres poderão ser obrigadas a utilizar a burca. Em todo o caso, o chador ou véu voltará a ser obrigatório.

Em termos de geopolítica, a implantação de governos teocráticos ou fundamentalistas islamitas na Líbia e no Egito (parece mais difícil na Tunísia, onde a tradição secular é mais arraigada) do outro lado do mar Mediterrâneo irá, sem dúvida, fragilizar a União Européia e poderá influir no comportamento da população européia, com alguns países aceitando a aplicação da chariá dentro das comunidades muçulmanas (e elas são importantes na Alemanha, na França, na Inglaterra e na Holanda), como tinha proposto há dois anos, provocando escândalo, o cardeal de Cantebury em Londres. Ou, no sentido inverso, provocando uma reação dos cristãos e iluministas contra o teocracismo.

Não passou despercebido da imprensa européia, o fato de alguns líderes da revolução no Egito levantarem a hipótese de se proibir às turistas o uso do biquini, mesmo se o turismo é a fonte de renda principal para esse país.

As revoluções se fazem, mas no momento de se decidir quem assume o poder, podem acontecer imprevistos, já que podem ocorrer ajustes de contas entre grupos que antes lutavam juntos contra o inimigo comum.

O exemplo mais marcante na história ocidental foi o registrado após a Revolução Francesa, onde os vencedores guilhotinavam seus adversários, para depois serem por sua vez guilhotinados. Isso provocou do revolucionário francês Georges Danton, a frase « a revolução é como Saturno (figura da mitologia grega) e devora seus próprios filhos ».

Em todo caso, uma rápida análise das intervenções ou novas cruzadas dos ocidentais no mundo árabe revela erros gritantes. O presidente americano Bush abriu a Caixa de Pandora no Oriente Médio ao destruir o Iraque, país laico, que garantia o equilíbrio na região e continha os xiitas iranianos.

Sarkozy, Cameron e Otan imitaram Bush ao destruir a Libia de Kadaki (sem dúvida um tirano, mas um tirano vindo do panarabismo laico de Nasser) e podem ter aberto as portas para o controle da região por combatentes da Al Qaeda, trazendo o islamismo fundamentalista e sua chariá para perto da Europa, mesmo porque se a Líbia virar

fundamentalista, logo será a Argélia e o Marrocos que seguirão
E parodiando-se Danton, se terá pervertido a primavera árabe e se repetirá o acontecido com o aitolá Komeini, que derrubou o Xá, mas criou no lugar um governo teocrático, igual à época medieval dos cristãos europeus.

E como Danton, muitos jovens que lutaram pela democracia e liberdade poderão ser as primeiras vítimas.

Só me resta uma esperança, a de estar enganado.

(Publicado originalmente no Direto da Redação)

Rui Martins, jornalista, escritor, líder emigrante.

Eles estão há 40 anos na UTI

Do iG



Paulo Machado e Eliana Zagui são os pacientes mais antigos do maior hospital do País. “Eu ainda quero sair daqui", diz ela

Fernanda Aranda



Foto: Edu Cesar/Fotoarena

Eliana Zagui tem 37 anos e está internada desde o primeiro ano de vida por causa da paralisia infantil


Ela sorri e diz que o filme mais bonito que já viu na vida foi Dirty Dancing, aquele com o Patrick Swayze, que no Brasil foi chamado de Ritmo Quente.

Quando o longa estreou, em 1987, Eliana Zagui, hoje com 37 de idade, tinha 13 anos e já estava internada em um leito de UTI há 12 anos. Ela devorou cada minuto da sessão de “cinema hospitalar”. De lá para cá, ainda hospitalizada, Eliana já reviu 18 vezes o mesmo filme.

Bem ao seu lado, está internado Paulo Henrique Machado, cinéfilo desde menino, que tem uma queda por animação e já recebeu visitas ilustres em seu leito, como a de Carlos Saldanha, produtor brasileiro que participou de a Era do Gelo.

“Eu ainda vou fazer meu próprio filme, em 3D, com bonecos de massinha, todos deficientes físicos”, conta ele com 43 anos, 42 passados dentro do Hospital das Clínicas de São Paulo.



Foto: Edu Cesar/Fotoarena

Paulo Henrique Machado, 43 anos, internado há 42 anos, foi o primeiro paciente da UTI do Hospital das Clínicas

Eliana e Paulo são os pacientes mais antigos do maior complexo hospitalar da América Latina. Estão hospitalizados há quatro décadas, representando as últimas vítimas do surto de paralisia infantil que ocorreu no Brasil no início da década de 70.

São testemunhas vivas de um momento muito difícil da saúde do País e assistiram não apenas à erradicação desta doença em território nacional (graças à vacinação em massa), como o surgimento das primeiras unidades de terapia intensiva (UTI) para pacientes graves que, assim como eles, não podiam voltar para casa.

O vírus da poliomelite tirou os movimentos das pernas de Paulo e também comprometeu a sua capacidade de respirar sozinho. Eliana só consegue movimentar os olhos e a boca e, da mesma forma, para que o ar chegue aos pulmões, precisa da ajuda de um aparelho (pesado e caro).




Foto: Edu Cesar/Fotoarena

Eles passaram a infância, a adolescência e a vida adulta nos leitos. E fizeram dos quartos de UTI suas casas

Ele tinha 1 ano e três meses quando foi internado e ela quase dois anos. Foram encaminhados para o Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do HC, em um prédio que só cuidava de crianças acometidas pela pólio. Alguns pacientes tiveram alta, outros não sobreviveram. Pouco a pouco, acidentados de carro, vítimas de queda de motocicletas e de violência começaram a dividir espaço naquele edifício feito originalmente para a paralisia infantil.

Éramos 7

Ainda que com pacientes mais variados, uma ala especial do “prédio da pólio” foi reservada para as sete crianças com poliomelite que ainda não tinham liberação médica para voltar para suas residências. Neste mesmo período, a especialidade médica chamada “intensivista” já havia nascido e aquele grupo de pequenos pacientes passou a receber cuidados permanentes de diversas especialidades médicas em um só local.

O tempo foi passando e a cada ano, uma das camas ficava vazia, pontuando a gravidade da pólio e a necessidade de aperfeiçoar os cuidados da UTI. “Éramos sete. Ficaram apenas eu e o Paulo. O que mais sinto saudade é da época das festas juninas, quando todos nós vestíamos roupas de caipira, fazíamos tranças e só dávamos risadas com as bandeirolas e cantigas típicas que montavam para gente.”

Descobertas

Na posição horizontal, Eliana e Paulo Henrique descobriram um mundo cheio de possibilidades. Ele lembra de ver pela televisão, em branco e preto, a chegada do homem na lua. Eliana precisou usar óculos por causa da miopia e deixou os cabelos encaracolados crescerem até a altura dos ombros.

Quase no mesmo compasso dos avanços médicos, a tecnologia voltada para a comunicação também foi melhorando a vida deles. Os respiradores mais leves permitiam deslocamento para outras áreas do hospital.

O walkman trouxe a possibilidade de escutar as próprias músicas sem precisar “incomodar” mais ninguém. Os monitores cardíacos ficaram mais precisos e possibilitavam prolongar os banhos de sol. O computador e a internet trouxeram para perto dos dois os cursos on-line. Eliana, com a boca, aprendeu a pintar quadros lindos. Paulo Henrique descobriu tudo sobre programas de edição e design, o primeiro passo para os trabalhos que desenvolve hoje.

Os dois terminaram o Ensino Médio e o ano passado prestaram o Enem. O sonho de Eliana é fazer faculdade de psicologia, vontade que ficou ainda mais aflorada no início do ano passado. “Graças a um respirador novo, eu consegui pela primeira vez dormir fora do HC. Fui à formatura de uma grande amiga, que tornou-se psicóloga. Acompanhar a colação de grau, ver aquela festa e ainda dormir em outro ambiente foi simplesmente demais”, conta.

Já Paulo Henrique quer fazer mesmo é curso superior de cinema. E alimentou este sonho nas cinco vezes em que ficou fora do Instituto por três horas e deu uma passadinha rápida no Shopping Santa Cruz para uma sessão.

“Dormir fora eu não tenho vontade, acho que tenho receio. Quando a gente vai para o mundo, percebe que as coisas são maiores do que estamos acostumados a ver. Não sei se estou pronto para encarar isso”, diz ele.

"Não sou robô"




Foto: Edu Cesar/Fotoarena


Vida real: Por trás das máquinas existem seres humanos. Perto dos fios, estão as flores


Eliana, ao contrário, é uma entusiasta da tecnologia e com uma ansiedade por vezes travestida de mau-humor, espera que a chegada de novos aparelhos médicos a possibilitem deixar o hospital. Ela prepara o “ponto final” de seu livro que, em uma referência à aparelhagem que contribuiu para que chegasse aos 37 anos de vida, vai chamar de “Pulmão de Aço”, uma referência ao respirador artificial que a acompanha desde menina.

Ao longo do tempo em que esteve que na posição de paciente Eliana viu o amadurecimento da UTI brasileira e entendeu perfeitamente que a medicina hi-tech foi um dos avanços mais importantes da saúde do País.

“Mas o contato humano e a relação pessoal ainda precisam ser mais trabalhados nestes espaços", diz. As pessoas esquecem que por trás das máquinas existem seres humanos.

E.U.A não poderão usar poder de veto para impedir reconhecimento de Estado palestino


“…Estados Unidos e seu satélite (Israel) no Oriente Médio, naturalmente, fazem feroz oposição ao desejo palestino. Os EUA já afirmaram que usarão seu poder de veto (sic) para frustrar as aspirações palestinas.

Assim, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, deve escolher pela proposição de uma votação de reconhecimento na Assembleia Geral da organização, em lugar de entrar com uma solicitação no Conselho de Segurança (CS).

Os palestinos passariam então a ter acesso pleno ao direito de participação na ONU. Expressando seu apoio ao reconhecimento da Palestina, o primeiro-ministro turco disse que ‘não se trata de uma opção, mas de uma necessidade’…".

(resumo dos textos de Reuters, France Press e Associated Press, divulgado

aqui:http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=163863&id_secao=9 )
O que falta colocar em evidência:

1. A Assembléia-Geral é a única entidade das Nações Unidas com a prerrogativa de aceitar ou vetar uma solicitação de inclusão de um estado soberano.

2. O CS não pode fazer isso sem a apreciação de TODOS os países-membros. Casos excepcionais de acolhimento de um novo estado-membro pelo CS já ocorreram (no caso da crise da Yugoslávia), mas eles nessas ocasiões os aceitos não entraram com direitos plenos dos estados-membros, só os adquirindo depois da ratificação da Assembléia-Geral.

3. Em caso de aceitação da Palestina (o que – para desespero de EUA e Israel é líquido e certo), ela deve adquirir status de membro pleno imediatamente.

Obs.: Independente da opinião de cada um (ser simpático aos israelitas ou aos palestinos é decisão de foro íntimo e pessoal), é bom que todos aqui atentem para os detalhes do processo de divulgação do noticiário internacional, que é ainda pior do que a mídia brasileira. As agências de notícia internacionais são poucas (conta-se com uma das mãos) e, portanto, a capacidade de disseminação de notícias tendenciosas ou com viés distorcido é muito favorecida pela extrema concentração de mídias em grupos corporativos.

STF decide que Edmundo não pode ser punido por acidente

O ministro Joaquim Barbosa, do STF (Supremo Tribunal Federal), declarou que o ex-jogador de futebol Edmundo Alves de Souza Neto não pode mais ser punido pela morte de três pessoas em um acidente de trânsito ocorrido em 1995, no Rio. De acordo com a decisão, o crime prescreveu.


Edmundo tinha sido condenado, em 1999, a quatro anos e seis meses de prisão por homicídio e lesão corporal. Ele chegou a ser preso duas vezes, naquele ano e em junho de 2011, mas foi solto graças a recursos interpostos pela defesa.

O caso chegou ao STF em 2010. A decisão divulgada nesta quinta definiu que a condenação de Edmundo prescreveu no dia 25 de outubro de 2007, oito anos depois de a pena ter sido fixada.

Zanone Fraissat-16.jun.11/Folhapress
Ex-jogador Edmundo é encaminhado para a carceragem após ser preso em SP; ele será transferido para o Rio
Ex-jogador Edmundo é encaminhado para a carceragem após ser preso em SP em junho de 2011

ACIDENTE

Edmundo dirigia uma Cherokee e havia acabado de sair da boate Sweet Love com as amigas Roberta Rodrigues de Barros Campos, Débora Ferreira da Silva, Markson Gil Pontes e Joana Maria Martins Couto, que morreu no hospital. O carro de Edmundo bateu em um Uno, na Lagoa.

O Uno era dirigido por Carlos Frederico Brites Pontes, que também morreu no local do acidente. Ele estava acompanhado da namorada Alessandra Cristini Pericier Perrota, que morreu no hospital, e de Natascha Marinho Ketzer. Roberta, Débora e Natascha ficaram feridas.

Patricia Santos-2.dez.95/Folhapress
Cherokee do jogador ex-jogador Edmundo, após colidir com outro veículo na Lagoa Rodrigo de Freitas em 1995
Cherokee do ex-jogador Edmundo, destruída após colidir com outro veículo na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, em 1995

O laudo policial sobre o acidente concluiu que a alta velocidade em que o jogador conduzia seu carro foi determinante para a batida. Ele foi acusado (denúncia formal) de triplo homicídio culposo, em 1996.

Em sua defesa, no depoimento para o Ministério Público, Edmundo disse que foi fechado pelo motorista do Uno, mas não convenceu a Justiça.

No dia 5 de março de 1999, Edmundo foi condenado. Os advogados do jogador entraram com um recurso e conseguiram a liberdade provisória.

Em outubro, o Tribunal de Justiça confirmou a sentença e determinou a imediata detenção do jogador. Depois de ficar foragido por 24 horas, Edmundo se entregou e chegou a passar uma noite detido na Polinter (Polícia Interestadual). Foi liberado graças a uma liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A defesa do atleta fez várias tentativas de reverter a condenação, até então sem sucesso. O jogador também teve de fazer acordos com as famílias dos envolvidos no acidente, que entraram na Justiça com pedidos de indenização.

500 empresas querem oferecer TV paga no país Empresas solicitaram autorização para oferecer serviço à Anatel

Da Exame




Antenas da Embratel para transmissão

Rio de Janeiro - Ao menos 500 empresas já solicitaram à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorização para oferecer serviço de TV por assinatura no Brasil, disse nesta quarta-feira o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.


A presidente Dilma Rousseff aprovou nesta semana o projeto de lei 116 (PL-116), que permite que operadoras de telefonia possam entrar nesse mercado e possibilita também que empresas de capital estrangeiro atuem nesse mercado.

"Além de Telefônica, Oi, GVT e grandes empresas que estão nesse mercado e vão entrar, há 500 empresas com pedido na Anatel para fazer cabeamento e serviço (de TV)", disse o ministro Paulo Bernardo em evento no Rio de Janeiro.

"Tem gente do Nordeste, do Ceará, do Maranhão, dizendo que quer crescer e tem muito mercado. Será um impulso muito grande", adicionou.

Além do segmento de TV a cabo, o ministro reforçou as preocupações do governo com relação à qualidade de serviços de telefonia e Internet oferecidos no país. "O governo e a Anatel vão fazer mudanças regulatórias no setor em benefício do usuário", disse Bernardo.
Em outubro, o governo pretende, através da Anatel, instituir uma nova regulamentação para a Internet fixa e móvel no país para melhorar a qualidade de serviço e dar mais transparência aos contratos das empresas com os consumidores.

"Hoje você contrata a Internet com 5 megabits (por segundo) e as empresas entregam só 10 por cento disso. O regulamento vai ser diferente para fixa e móvel, e as exigências serão maiores nas redes fixas. Queremos que as empresas invistam em fibra ótica", disse o ministro ao afirmar que a nova regulamentação entrará em vigor em janeiro.

"As empresas estão reclamando muito porque terão que fazer mais investimentos, mas na hora da redução fiscal, ninguém reclama. Queremos ter a partir de 1o de janeiro um novo patamar de Internet no Brasil." complementou.

J.K. Rowling participará de inquérito britânico sobre grampos

Do Estadao.com

J.K. Rowling participará de inquérito britânico sobre grampos Autora de 'Harry Potter' irá depor em investigação do escândalo que envolve o jornal britânico 'News of the World'

14 de setembro de 2011 |

18h 28REUTERS

LONDRES (Reuters) - A escritora J.K. Rowling, autora de Harry Potter, e o ator Hugh Grant estarão entre os mais de 50 "participantes principais" de um inquérito público sobre os padrões de imprensa estabelecidos após o escândalo dos grampos telefônicos que envolveu o ramo britânicos dos jornais do magnata Rupert Murdoch.

A série 'Harry Potter' rendeu à escritora uma fortuna estimada em mais de R$ 1 bilhão - Reuters

ReutersA série 'Harry Potter' rendeu à escritora uma fortuna estimada em mais de R$ 1 bilhão

Eles estão em uma lista de políticos, celebridades e esportistas que se inscreveram e foram incluídos na relação anunciada na quarta-feira pelo juiz Brian Leveson, que está à frente do inquérito judicial.
Todos afirmaram que tiveram os telefones grampeados, foram alvos de notícias erradas ou de invasão de privacidade pela imprensa.

Como participantes, terão o direito de ser representados por um advogado e de pedir que sejam feitas perguntas às testemunhas.

O News International, o braço britânico da News Corp, de Murdoch, que está no centro das acusações de grampo, também terá o status de participante principal.

O inquérito foi aberto pelo primeiro-ministro David Cameron em julho após o furor provocado pelas acusações de escutas telefônicas do jornal News of the World.

O News International fechou o jornal em meio à revolta por causa das acusações de que os jornalistas da publicação haviam pago investigadores para que grampeassem as mensagens de voz de vítimas assassinadas.

Entre os citados como participantes também estão a ex-ministra Tessa Jowell, o ex-jogador de futebol inglês Paul Gascoigne, a atriz Sienna Miller e os pais da estudante assassinada Milly Dowler.

A Polícia Metropolitana de Londres e os grupos de mídia Northern and Shell Network, Associated Newspapers, e Guardian News and Media, que ao lado do News International, publicam praticamente todos os jornais britânicos de circulação nacional, também estão na lista.