terça-feira, 22 de maio de 2012

“Prazer em vê-los, tchau!”, diz Dr. Marcio em Brasília



“Prazer em vê-los, tchau!”, diz Dr. Marcio em BrasíliaFoto: Sérgio Lima/Folhapress

EX-MINISTRO DA JUSTIÇA, MARCIO THOMAZ BASTOS, SATISFEITO, FALA SOBRE O GRANDE DIA DE SILÊNCIO DE SEU CLIENTE CARLINHOS CACHOEIRA NA CPI;  DELAÇÃO PREMIADA ESTÁ "FORA DE COGITAÇÃO"; PREOCUPAÇÃO É A DE, ANTES, VER JULGADO NOVO HABEAS CORPUS NO TRF; ADVOGADO PEDE ANULAÇÃO DE TODAS AS PROVAS; COBRANÇA DE R$ 15 MILHÕES EM HONORÁRIOS NÃO FOI DESMENTIDA

22 de Maio de 2012 às 18:47
247 – O ex-ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, deu de ombros para as críticas dos que vêem um conflito ético entre sua posição de advogado do contraventor Carlinhos Cachoeira e a de antigo titular do Ministério da Justiça. Antes e durante a sessão da CPI, na qual seu cliente disse que não tinha nada a declarar, Bastos se mostrou despreocupado. Chegou a acenar, mais de uma vez, aos políticos, retribuindo cumprimentos. Num dos corredores do Senado, fora da sala da Comissão, conhecido como Túnel do Tempo, o ex-ministro revelou sua estratégia de defesa para Cachoeira:
"Primeiro ele tem um julgamento para acontecer, na décima primeira vara criminal de Goiânia. Será um momento importante. Depois, temos um pedido de habeas corpus a ser julgado pelo Tribunal Federal de Recursos, no qual apresentamos fortes motivos pela anulação de todas as provas. Elas foram colhidas fora da lei", disse Thomaz Bastos. "Isso tudo deverá levar umas seis semanas, um tempo suficiente para estudarmos melhor a Operação Monte Carlo e a Operação Vegas", completou. "Ele virá à CPI todas as vezes que for convocado", ressalvou o ex-ministro. "Prazer em vê-los, tchau!", desfechou o ministro aos jornalistas que o cercavam.
No estúdio da GloboNews, em entrevista a Leilane Neubarth, a professora Maria Cilene de Araujo criticou a postura de Thomaz Bastos. "Para mim existe sim um conflito entre a posição dele como ex-ministro e a de agora, como advogado de um homem que, dizem todas as circunstâncias, é um fora da lei. Não me parece certo isso", disse ela. Os honorários de Thomaz Bastos para defender Cachoeira, segundo todos os rumores, são de R$ 15 milhões.

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