domingo, 3 de junho de 2012

Acusado descobre que inquérito da PF que o incriminava estava na Globo


O poderoso Rei Arthur, do Grupo Facility
O poderoso Rei Arthur, do Grupo Facility


Se o fato não tivesse sido me contado pessoalmente pelo denunciante seria difícil de acreditar embora algumas evidências, como vocês vão ver já sejam de conhecimento público.

O Brasil ficou chocado com uma reportagem apresentada no Fantástico e depois repercutida exaustivamente nos noticiários da TV Globo onde representantes de empresas prestadoras de serviço combinavam fraudes nas concorrências com um repórter da emissora que se passava por funcionário do setor de licitações do Hospital Infantil da UFRJ. Não há dúvida realmente é um escândalo, mas o que pouca gente sabe é o que vamos revelar agora.

Uma das empresas que teve o seu nome citado, mas não estava diretamente ligada à fraude constituiu advogado para obter cópia integral do processo já que o nome da empresa havia aparecido no Fantástico como dando cobertura a uma empresa que seria vencedora da licitação. Depois de tentar sem sucesso obter cópia na Polícia Federal por via administrativa, ingressou na Justiça para ter acesso ao processo. Aí vem a primeira surpresa.

Foi informado por um delegado da Polícia Federal depois de uma sessão de constrangimento, que não podia lhe entregar cópias do processo, pois o mesmo estava na TV Globo. A Justiça determinou então que o processo retornasse à Polícia Federal e fosse fornecida a cópia do processo. Vejam vocês, o processo estava na TV Globo.

Novamente a empresa solicitou desta vez à TV Globo as fitas brutas com as gravações completas, já que o material exibido tinha sido editado. Para surpresa do autor do requerimento e numa risível mentira porque todo mundo que trabalha em Comunicação informou saber que é impossível, a TV Globo que já havia apagado as fitas originais. Aliás, isso já foi divulgado amplamente pela mídia e foi motivo de chacota no meio jornalístico.


Reprodução do Radar online, da Veja
Reprodução do Radar online, da Veja


O que alguns envolvidos no escândalo têm certeza hoje, é que tudo foi montado entre as Organizações Globo e o grande amigo de Sérgio Cabral, o Rei Arthur, dono do Grupo Facility. A lógica é muito simples: foram afetados fornecedores de mão-de-obra, alimentação, lixo hospitalar, todos concorrentes do império de Artur Cesar Soares Filho, o Rei Arthur, que soma mais de R$ 1,5 bilhão em contratos com o governo Cabral.

Algumas perguntas precisam ser respondidas para não desmoralizar uma instituição séria como a Polícia Federal.

O que estava fazendo o inquérito da Polícia Federal na sede da TV Globo?

Por que a TV Globo se recusa a entregar a fita bruta com as gravações na íntegra onde aparece o nome de todos os envolvidos?

Por que a Polícia Federal direcionou as investigações somente para um grupo de empresas e não para todas?

A situação está deixando a sensação de uma de grande armação no ar.


A Locanty por exemplo, como vocês poderão ver abaixo, já trocou de razão social porque não tinha como resistir à avalanche de notícias negativas envolvendo seu nome. Agora chama-se Infornova Ambiental. Outras empresas deverão fazer o mesmo. O que não se pode aceitar é a associação do empresário mafioso Arthur César Soares Filho, o Rei Arthur com a TV Globo e com policiais federais, para atingir concorrentes mesmo que esses sejam igualmente mafiosos.


Nenhum comentário: