terça-feira, 31 de julho de 2012

Chantagem com Veja faz Bastos deixar Cachoeira



Chantagem com Veja faz Bastos deixar CachoeiraFoto: Folhapress

EX-MINISTRO ANUNCIA QUE NÃO VAI MAIS ADVOGAR PARA CONTRAVENTOR; DECISÃO FOI MOTIVADA POR TENTATIVA DE COAÇÃO FEITA POR ANDRESSA MENDONÇA SOBRE JUIZ FEDERAL; DE R$ 15 MILHÕES COMBINADOS PARA A DEFESA, MARCIO THOMAZ BASTOS REBECEU R$ 5 MILHÕES; ESCRITÓRIO ADIANTA QUE DINHEIRO NÃO SER DEVOLVIDO

31 de Julho de 2012 às 11:19
247 – A toalha está no tablado. O advogado e ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos anunciou nesta terça-feira 31 que abandonou a defesa de seu até então cliente Carlinhos Cachoeira. A decisão foi motivada pela detenção, ontem, em Goiânia, da mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, acusada de tentar chantagear o juiz federal .... Na versão dele, Andressa afirmou que o jornalista Policarpo Jr., diretor de redação da revista Veja em Brasília, havia produzido um dossiê com notícias negativas sobre o juiz, a pedido de Cachoeira. As informações poderia não ser publicadas, também pode decisão de Cachoeira, se ele concedesse um álvara de soltura ao marido dela. O assédio foi denunciado à Polícia Federal, que realizou busca e apreensão na casa de Andressa e a deteve para esclarecimentos. Libertada, ela terá de pagar R$ 100 mil como fiança e foi proibido de visitar o marido no presídio da Papuda.
Sob a defesa de Thomaz Bastos, Cachoeira foi orientado a não se pronunciar diante da CPI montada para esclarecer o caso. O contraventor também foi instruído a ser evasivo na audiência diante da Justiça de Goiás, na semana passada. O ex-ministro impetrou três pedidos de habeas corpus para Cachoeira, mas não teve sucesso em nenhum. Informação não desmentida deu conta da cobrança de R$ 15 milhões em honorários advocatícios, a serem pagos em três parcelas. A primeira, de entrada, foi paga, caso contrário o advogado não teria comparecido com o cliente na CPI do Cachoeira.
"A saída do caso foi amigável. Nosso acordo era defender o empresário Carlinhos Cachoeira apenas até a audiência da semana passada. Fui uma saída natural", disse a advogada Dora Cavalanti, da equipe de Thomaz Bastos, ao jornal Folha de S. Paulo. "Durante o processo surgem atritos naturais entre o cliente e seus defensores". Segundo advogados da equipe, não há previsão de pagamento por ressarcimento ao réu.

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