terça-feira, 24 de julho de 2012

Dora está preocupada com abordagens da PM aos policiais federais


Dora está preocupada com abordagens da PM aos policiais federais Foto: Divulgação

Além de Wilton Tapajós, executado no dia 16, Fábio Alvarez também precisou dar explicações aos militares durante a Operação Monte Carlo; Dora Cavalcanti, advogada de Carlinhos Cachoeira, mostrou irritação com o depoimento



Brasília 247 – O depoimento do agente da Polícia Federal Fábio Alvarez está preocupando a defesa do contraventor Carlinhos Cachoeira. Dora Cavalcanti, advogada do bicheiro pediu mais detalhes sobre a abordagem de policiais militares ao agente executado na semana passada, Wilton Tapajós.
Confira detalhes na matéria de Josie Jeronimo, do Correio Braziliense:

A advogada do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Dora Cavalcanti, mostrou preocupação com a repercussão da fala do agente Fábio Alvarez, testemunha de acusação no processo que apura as denúncias contra o contraventor. Ela solicitou ao juiz Alderico Rocha que pedisse ao depoente um detalhamento da abordagem de policiais militares ao agente Wilton Tapajós. Ele foi assassinado, em circunstâncias ainda não esclarecidas, no dia 16.

Dora reclamou que a declaração da testemunha relacionava a abordagem sofrida por Tapajós a homens da PM supostamente ligados a Cachoeira sem que o agente tivesse certeza sobre a identificação dos policiais militares. Tapajós foi um dos investigadores da Operação Monte Carlo, que culminou na prisão do contraventor.

O juiz solicitou que Fábio Alvarez detalhasse o episódio e o agente afirmou que o próprio Wilton Tapajós relatou a abordagem a ele. "Eu não estava no local no momento da abordagem, ela foi relatada por ele próprio. Ele estava parado em um veículo da investigação e nesse momento foi abordado. Tapajós se utilizou de uma historia cobertura para preservar a investigação e não correr risco da integridade dele."

De acordo com o agente, os policiais perguntaram o que Tapajós estava fazendo parado perto da casa de Sandra Regina, ex-servidora da prefeitura de Luziânia. O agente respondeu que esperava telefonema do chefe. "Ele utilizou uma história de cobertura e que estaria esperando o chefe dele ligar. Por coincidência, houve uma ligação da base nossa que deu um ar de veracidade à história dele. Não foi tomada nenhuma diligência no momento para identificar o policial". Alvarez contou que também foi abordado por PMs quando fazia vigilância de José Olímpio Queiroga, em Goiânia, e precisou se identificar como agente da Polícia Federal para se ver livre dos homens da força de segurança de Goiás.

Confira a matéria publicada anteriormente:

Brasília 247 – Durante o primeiro depoimento das testemunhas de acusação na audiência que avalia os crimes do contraventor Carlos Cachoeira, o agente da Polícia Federal, Fábio Alvarez, disse que seu colega Wilton Tapajós foi abordado por policiais militares enquanto trabalhava na investigação da Operação Monte Carlo.
Segundo Alvarez, Tapajós acompanhava a movimentação na casa da ex-servidora da prefeitura de Luziânia, Sandra Regina, policiais militares perceberam sua presença e fizeram perguntas ao policial federal assassinado. O agente Alvarez disse que seu colega não revelou sua identidade policial para não prejudicar as investigações.

Wilton Tapajós foi assassinado no Cemitério Campo da Esperança no último dia 16, enquanto visitava o túmulo dos pais. Tapajós foi atingido por dois tiros e a Polícia Federal tenta esclarecer a morte.

A testemunha disse ainda que outra equipe da operação Monte Carlo também foi abordada por policiais que trabalhavam em conjunto com a organização de Cachoeira. De acordo com Alvarez, os carros foram monitorados em cadastros policiais. O agente salientou que Cachoeira perseguia agentes de estado que atuavam contra interesses do grupo.

Com informações do Correio Braziliense.

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