domingo, 8 de julho de 2012

Grupo de Gabrielli prepara troco contra Graça



Grupo de Gabrielli prepara troco contra GraçaFoto: Edição/247

PRÉ-CANDIDATO AO GOVERNO DA BAHIA EM 2014 E EX-PRESIDENTE DA PETROBRAS, JOSÉ SERGIO GABRIELLI ESTÁ IRRITADO COM AS CRÍTICAS DA SUCESSORA, GRAÇA FOSTER; NOTA PLANTADA EM VEJA NESTE FIM DE SEMANA FALA EM “HERANÇA MALDITA”; DOSSIÊ INSINUA LIGAÇÕES COM EIKE; GRAÇA TAMBÉM TEM UM PONTO FRÁGIL: SEU MARIDO

08 de Julho de 2012 às 12:10
247 – Amigo pessoal do ex-presidente Lula, de José Dirceu e até recentemente comandante da empresa mais poderosa do Brasil, José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, está a ponto de explodir. Sua revolta tem um alvo: a sucessora Graça Foster, que, nas últimas semanas, tem feito críticas diretas e indiretas ao passado da estatal.
Primeiro, Graça criticou as “metas não realistas” da Petrobras e reduziu de 3,1 milhões para 2,6 milhões a estimativa de produção de barris/dia em 2016, além de ter cancelado projetos de várias refinarias. Isso deu espaço para que críticos da era Lula apontassem uma suposta “herança maldita” deixada pelo ex-presidente na estatal.
Agora, as acusações de “herança maldita” vêm sendo dirigidas ao próprio Gabrielli. Nota publicada na coluna Radar deste fim de semana usa esta expressão para se referir ao ex-presidente. Diz o texto:
“Cinco meses já se passaram desde que a Petrobras anunciou o resultado para a construção de 26 sondas de perfuração de petróleo. Um investimento monstro de 70 bilhões de reais. De lá para cá, no entanto, nada aconteceu. Os contratos, com as duas empresas vencedoras – a Sete Brasil (21 sondas) e a Ocean Rig (cinco sondas) – ainda não foram assinados. A demora, que impacta diretamente a capacidade de produção da Petrobras, está ligada a problemas com a Sete Brasil. É mais uma herança maldita deixada por José Sergio Gabrielli que está explodindo no colo de Graça Foster.”
Gabrielli está convencido de que essas notas têm sido plantadas por aliados de Graça Foster. Mais grave do que isso é um dossiê apócrifo, que começou a circular entre jornalistas, dando conta de que Gabrielli teria uma parceria informal com Eike Batista, dono da OGX – o que parece ser improvável, uma vez que, ao iniciar sua produção, Eike elegeu como alvo prioritário o próprio Gabrielli. “Ele disse que nunca iríamos tirar uma gota de petróleo”, disse o bilionário.
Hoje secretário de Planejamento do governo da Bahia, Gabrielli teme que o festival de críticas comprometa sua candidatura ao Palácio da Ondina, em 2014, na sucessão de Jaques Wagner. Outra decisão de Graça foi o corte de patrocínios na área cultural, como se, com Gabrielli, houvesse uma farra de distribuição de recursos, com critérios políticos.
Apreensivo, Gabrielli tem mantido reuniões com aliados e alguns já adiantam, na Bahia, que ele já prepara o troco contra Graça Foster. O ponto fraco da presidente da estatal tem nome e sobrenome. É Colin Foster, que, além de seu marido, é consultor na área de energia e já assinou mais de 40 contratos com a estatal.

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