quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Serra critica gestão de hospitais universitários e petista defende Enem


Campanha do PSDB apontou falhas na gestão de hospitais.


Haddad disse que exame enfrentou 'atos criminosos e isolados'.


O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, criticou no horário eleitoral gratuito desta quarta-feira (17) a gestão de seu adversário, Fernando Haddad (PT), à frente do Ministério da Educação apontando falhas em hospitais universitários. 
Em seu programa, Haddad defendeu o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), dizendo que ele sofreu “atos criminosos e isolados”, mas que hoje é referência entre processos seletivos para universidade. 
Ele afirmou que, quando governador, dobrou o número de Faculdades de Tecnologia e a quantidade de vagas nas escolas técnicas. 
“Agora eu quero dar um passo adiante. Vou fazer o sistema municipal de ensino técnico e profissional para oferecer novas vagas.” Ele acrescentou que pretende criar o Protec. 
“Uma bolsa em dinheiro para os alunos que quiserem fazer cursos técnicos, mas não conseguem vagas nas escolas públicas. Quem quiser estudar vai encontrar no prefeito Serra um incentivador e um apoio.”
Nos dez minutos reservados ao PSDB, o programa de Serra citou feitos no governo, principalmente na educação. 
O programa cita a criação de 27 Etecs e 23 Fatecs, que beneficiaram milhares de estudantes. “Pela lei, ensino técnico nem é obrigação do prefeito. Mas, para mim, vai ser. Quando eu fui ministro, nós fiemos cursos para formar 250 mil técnicos e auxiliares de enfermagem”, disse o tucano.
No fim do programa, foram apontados problemas surgidos na gestão de Haddad no Ministério da Educação. “Vai somando: abandono dos hospitais universitários, crise no Enem três anos seguidos, greve e falta de condições nas universidades federais, aumento de jovens fora da escola no ensino médio”, afirma o locutor.

Entre os hospitais universitários, a primeira crítica foi dirigida ao Hospital do Fundão, apontando salas abandonadas, banheiros imundos, teto desabando e móveis quebrados. Outro hospital alvo de críticas é o da Universidade Federal de Minas Gerais. O programa ainda citou a greve de servidores que fez com que o hospital da Universidade de Pernambuco limitasse o atendimento apenas a casos de emergência.
Haddad
O programa do PT concentrou-se no Enem. “O presidente Lula me propôs os maiores desafios que um presidente já havia colocado para um ministro da Educação. Trabalhei duro. E Graças a Deus respondi a altura”, disse Haddad. “Sem Fernando Haddad eu não conseguiria ser o presidente que mais implantou universidades e escolas técnicas no Brasil. Que triplicou a verba da educação e o que mais colocou estudantes pobres nas universidades”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O candidato petista diz que não teve medo de “transformar o Enem, que antes era um teste de avaliação sem grande utilidade em um dos maiores exames do mundo de ingresso na universidade.” Com base em números do Censo da educação, o programa afirma que as matriculas das universidades federais cresceram 10% de 2010 para 2011 e que o número de jovens negros matriculados, que era de apenas 1,8% em 1997 e de 5% em 2004, agora chega a 8,8%.
Haddad cita os “atos criminosos e isolados” enfrentados pelo Enem nos últimos anos, mas ressalta que “os culpados foram prontamente identificados e respondem a processos na Justiça, inclusive com condenação”.
“O curioso disso tudo é que esses críticos do Enem nunca questionaram o elitismo do velho vestibular, que aliás sempre foi muito mais vulnerável a todos os tipos de falhas. Será que esses críticos estão incomodados com o fato do Enem aumentar as chances de um jovem de baixa renda entrar na universidade? Será que eles estão criticando apenas para tirar um proveito eleitoral? Ou as duas coisas?”, acrescentou Haddad.

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