quinta-feira, 8 de maio de 2014

Polícia vazou conteúdo para Veja, diz blogueiro hostilizado por Aloysio Nunes


Jornal GGN - Rodrigo Grassi, o ex-assessor que foi preso após abordar Aloysio Nunes (PSDB) e perguntar sobre seu envolvimento na formação do cartel dos trens paulista, afirma que a polícia do Senado Federal continua em posse de seu aparelho celular e vazou conteúdo pessoal a um repórter da revista Veja.

Nesta quinta (8), Grassi publicou um novo vídeo em seu canal no Youtube, o Botando Pilha, para "desmentir a reportagem da Folha de S. Paulo". O jornal manchetou que o blogueiro foi preso na terça-feira após lançar uma garrafa de água contra o senador tucano. Imagens de segurança foram disponibilizadas com exclusividade ao veículo. Nelas, Grassi aparece, já depois da confusão nos corredores do Senado, no estacionamento. Ocasião em que aborda Aloysio Nunes novamente.

"Nessa hora, eu disse: senador, o senhor está tão bravo com apenas três perguntas. Imagina a população de São Paulo, que pode ficar sem água. Joguei a garrafa de água no chão e saí correndo com medo de que a polícia fizesse o que tentou fazer depois: me coagir a apagar o vídeo", afirmou Grassi.

No vídeo em questão, Grassi pergunta a Aloysio o que ele pensa a respeito de CPIs. O senador cita o caso da Petrobras e sustenta que é prerrogativa do Legislativo investigar os atos do Executivo. O blogueiro rebate perguntando o que o tucano achava, então, do PSDB em São Paulo ter impedido dezenas de CPIs contra o governador Geraldo Alckmin. E, na sequência, pergunta o que Aloysio tem a dizer sobre sua participação no caso Alstom. O senador reagiu com palavrões e ameaças.

Leia mais: As reações de Aloysio e Genoíno diante de perguntas espinhosas

Grassi revelou que postou o vídeo com a confusão quando já estava dentro da delegacia. Ele disse que deixou em posse da polícia do Senado mais três clipes de três segundos cada, que não foram publicados por serem irrelevantes.

O blogueiro afirma que foi abordado por um jornalista da Veja nesta quarta (7), que teve acesso a um desses vídeos. "Como pode um vídeo eu não publiquei estar no WhatsApp [aplicativo de celular] de um repórter sendo que o meu aparelho está em posse da Polícia do Senado?", indagou.

"Outra coisa série é que, na casa de uma amiga, depois de ter sido solto, eu acessei minhas contas de e-mail. Todas elas tinham um alerta de tentativa de adulteração de senha a partir do dispositivo. Ou seja, já estavam violando o meu celular. Na 'perícia' que a polícia do Senado fazia no meu celular tentaram violar", frisou o blogueiro, que prometeu ainda entrar com todas as "providências cabíveis" contra a polícia.

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