quarta-feira, 11 de junho de 2014

Quando o STF deixa de ser a casa do direito para se transformar em um boteco de esquina.





Em mais um de seus muitos gestos de fria crueldade, Joaquim Barbosa, em desrespeito a advocacia, manda seguranças do STF retirarem advogado de Genoíno do plenário por sentir-se atacado em sua decisão de protelar até não mais poder os recursos que repousam nos escaninhos de seu gabinete, em face de decisões monocráticas por ele tomadas que mantém condenados da ação penal 470 presos em regime fechado.

O advogado de José Genoíno nada mais fez do que chamar a atenção da presidência imperial de Joaquim Barbosa, vulgo A Lei Sou Eu, que há um regimento no STF no qual consta que em se tratando de matérias penais, execuções penais, a precedência é para  tais.

Joaquim Barbosa que faz o que bem entende e que simplesmente ignora esta regra regimental, sob o tacão de um autoritarismo repulsivo com a conivência do silêncio dos demais membros da corte que sempre gostam de opinar acerca de tudo quanto é assunto, neste caso permanecem sem fazer nenhuma manifestação, ainda que estejam sendo solenemente ignorados, tratados, como meros espectadores de um teatro de horrores, como homens cujas decisões não devem ser levadas a sério tão somente porque não se coadunam com o manual e os protocolos adredemente preparados por Barbosa que simplesmente não consegue lidar com o contraditório, conviver com a diferença de opinião, se submeter a decisão majoritária do colegiado do qual faz parte, demonstrando ter um comportamento antissocial, enormes dificuldades em ser parte de um grupo.

Sem argumentos para refutar as considerações do advogado, Barbosa exerceu seu poder para calar o advogado, ameaçando-o de que se continuasse a falar mandaria cortar o som do microfone. Como o advogado corajosamente o desafiou a fazê-lo, dizendo que falaria mesmo sem som, Barbosa chamou os seguranças para retirarem o advogado do plenário do STF.

Nunca isso aconteceu em toda a história do STF. Daí percebam o quão nefasto é  esse sujeito. Atendido em seus desejos incontestáveis, Barbosa completa: "A república não pertence a vossa excelência, nem a sua Grei. Saiba disso". A que grei pertence então senhor Barbosa? A sua e de seus cupinchas?

O STF ficou reduzido a uma comédia pastelão, capturado a uma visão de mundo particular de um sujeito completamente desequilibrado, onde o que vale é contar com o aplauso fácil de uma claque que expele ódio pelas narinas ao dá apoio a esses atos que enxovalham a Suprema Corte que abdicou do direito, como norma universal para solução dos conflitos, prevalecendo os poderes individuais de um tirano, conquistados pelo favor de uma opinião pública seduzida por fazer justiçamento, e que não tem a mais comezinha noção do que seja os valores de um Estado Democrático de Direito em detrimento da hermenêutica e do debate jurídico para o convencimento na tomada de decisões dos ministros daquela corte que se sentem acossados, intimidados, acovardados, perante os atos tresloucados desse desequilibrado jamais confrontados para que as idiossincrasias da turba não sejam feridas.

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