domingo, 21 de setembro de 2014

O fantasma da fome já não assusta mais o Brasil

Em 1955, o escritor João Cabral de Melo Neto escreveu o livro Morte e Vida Severina(link is external), que retratava as agruras do retirante nordestino, que fugia do sofrimento da seca, da fome e da miséria, na luta pela sobrevivência. A situação, embora mostrada em um livro de ficção, era muito real. Mais de 40 anos mais tarde, em 1998, a reportagem "O Fantasma da Fome"(link is external), da Revista Veja reiterava o mesmo cenário de quando a fome estava "começando a torturar a barriga de milhares de vítimas da seca".
Hoje, essa já não é mais uma realidade no Nordeste brasileiro. Por meio das ações dos programas sociais que o governo federal tem capitaneado na região, nas gestões de Lula e Dilma, como o Bolsa Família e o Água Para Todos, a nova cara do Nordeste já não condiz mais com os estereótipos daqueles tempos.
Entre os anos de 2008 e 2011, a região Nordeste foi a mais beneficiada pelo programa Bolsa Família(link is external)com mais de R$ 30 bilhões em investimentos. Os resultados não tardaram a aparecer. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS)(link is external), de 2008 a 2012, as meninas ficaram 0,7 centímetro mais altas, e os meninos 0,8. A altura é o indicador considerado como mais confiável para constatar a melhora no nível de nutrição da população, já que, para além dos fatores genéticos, o crescimento também é determinado por uma boa alimentação.
Durante os recentes períodos de seca, por exemplo, o Nordeste contou ainda com o apoio substancial do programa Água Para Todos(link is external), do Ministério da Integração. Com abastecimento de água para consumo próprio e animal, e dinheiro para comprar alimentos, a fome é um cenário cada vez mais distante da realidade da região.
Mapa da Fome
Embora o Nordeste brasileiro seja uma das regiões mais expressivas no destino das ações do governo federal, as políticas sociais abrangem todo o país. Como resultado, o Brasil acaba de sair do Mapa da Fome(link is external). De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), entre 2002 e 2013, o número de brasileiros em situação de subalimentação caiu em 82%. Em outras palavras, isso significa que 98,3% da população hoje tem acesso a alimentos no Brasil.
O relatório ainda cita o programa Fome Zero, criado em 2003 e do qual o Bolsa Família é parte fundamental, como uma das grandes razões para o progresso nessa área. 
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