terça-feira, 21 de outubro de 2014

A estratégia de Dilma e os resultados entre mulheres e no Sudeste


Jornal GGN - A edição da Folha de S. Paulo desta terça (21) informa que, para o instituto Datafolha, a probabilidade maior, a seis dias do segundo turno presidencial, é de que Dilma Rousseff (PT) vença a disputa contra Aécio Neves (PSDB). No estudo divulgado no dia anterior, Dilma aparece com 52% das intenções de votos válidos, ante 48% do tucano. Um empate técnico no limite da margem de erro, que é de dois pontos. É a primeira vez que a petista lidera a pesquisa, ainda que numericamente, desde que Aécio garantiu lugar no segundo turno. Na pesquisa anterior, ele tinha 51% e Dilma, 48%.
Analisando a pesquisa Datafolha, o jornalista Kennedy Alencar (SBT), em seu blog, avaliou que a estratégia de Dilma - de tentar pautar o debate presidencial para abrir vantagem - vem gerando frutos. A fórmula foi aplicada contra Marina Silva (PSB) - que perdeu muito tempo explicando o que queria dizer com “independência do Banco Central”, entre outros temas - e, agora, passa a ser usada com Aécio.
Desde que Aécio colocou o dedo em riste e chamou a presidente de “leviana”, além de covarde e mentirosa - mesmo que indiretamente - a campanha do PT vem martelando que o tucano tem dificuldade em respeitar mulheres. Lula, em comícios, disse que gostaria de ver se o presidenciável se comportaria como “machão” caso o adversário não fosse uma mulher.
A agressividade de Aécio no debate promovido pelo SBT culminou na queda de pressão de Dilma, ao final do programa, alvo de deboche indelicado por parte do próprio tucano. Coincidentemente ou não, após o episódio, o Datafolha mostra que Dilma cresceu quatro pontos entre o eleitorado feminino - foi de 42% das intenções de voto para 46%.
Na avaliação do cientista político Juliano Domingues, da Universidade Católica de Pernambuco, é difícil fazer um diagnótico nesse momento acerca de uma eventual virada de Dilma sobre Aécio. Mas, na visão dele, a postura do candidato no debate pode ter inflado a pontuação de Dilma.
“Tudo indica que a postura agressiva de Aécio, com ironias e deboches em excesso, ajudou em sua queda nesses dias. Mas o cenário ainda é imprevisível, e a pesquisa continua sugerindo que a disputa vai ser no voto a voto”, comentou.
Aécio cai nas cinco regiões
No Sudeste, onde Aécio lidera, Dilma fez a lição de casa e conseguiu reduzir a distância do tucano. No intervalo de 11 dias, ela cresceu cinco pontos na região, e possui a preferência de 40% do eleitorado. Aécio tem 49%, um ponto a menos do que detinha na pesquisa anterior.
A presidente ainda lidera no Nordeste (64% a 27%) e no Norte (55% a 39%), mas oscilou para baixo nas duas regiões, dentro da margem de erro.
No Sul, Aécio também caiu dois pontos, mas continua na frente com 53% ante 33% de Dilma. No Centro-Oeste, Dilma foi de 33% para 39% e Aécio, de 57% para 48%.
Nos recortes de renda, Dilma - que adotou como discurso que Aécio é o candidato da elite - continua vencendo com folga entre eleitores com até dois salários mínimos: o placar é de 55% para a petista contra 34% de Aécio, nos votos totais.
No grupo seguinte (2 a 5 salários), Aécio perdeu a vantagem de 11 pontos e agora tem 3 na frente (46% a 43%, um empate técnico). O tucano vence entre os grupos mais ricos.
A rejeição do tucano, pela primeira vez também, superou a de Dilma: 40% dos eleitores dizem que não votam nele de jeito nenhum. Com Dilma, a taxa é de 39%.
http://jornalggn.com.br/noticia/a-estrategia-de-dilma-e-os-resultados-entre-mulheres-e-no-sudeste

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