domingo, 31 de maio de 2009
Reflexões sobre o terceiro mandato
A mídia comprometida com o projeto conservador da direita insiste em vender a idéia de que o terceiro mandato presidencial para Lula seria um golpe nas instituições e um projeto antidemocrático que, portanto, deve ser combatido. Se a idéia que depende de uma emenda constitucional viesse a vigorar, quem de fato seria chamado a decidir se o atual presidente é merecedor ou não de governar o país pela terceira vez seguida seria o povo. Ora, a democracia não é o regime segundo o qual por meio do voto direto da maioria se escolhe àqueles que irão compor o legislativo e o executivo? Portanto, nada mais do que absolutamente democrático do que o povo ir as urnas dizer se ainda quer uma gestão Lula ou se a rejeita. No entanto, para essa mídia que não engole um presidente com origem trabalhista, acha democrático que membros das cortes superiores de justiça permaneçam lá, sem terem sido eleitos, ou mesmo submetidos ao escrutínio das categorias das quais originaram-se, até a expulsória. Não entendo esta tese de alternancia de poder incidindo tão-somente sobre pessoas e não sobre partidos, programas e ideologias. Quer dizer que para grande mídia, o PT até poderia ficar cem anos no poder desde que alternasse, entre seus membros, o governo do Brasil, a semelhança do que ocorreu no México e Paraguai , uma mesma pessoa porém nem sequer imaginar um terceiro mandado. Ocorre que homens públicos com a sensibilidade e intuição aguçadas do presidente Lula é algo muito raro e difilcimente encontraremos outro igual nos próximos anos. Insusbstituível é claro que não é. Mas o que não pode acontecer é tirar o direito do povo se pronunciar, em sede de plebescito, se aceita ou não que o atual presidente concorra a um terceiro mandato.
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