terça-feira, 13 de setembro de 2011
Agora Jefferson diz não ter havido mensalão e o PIG vai cortar os pulsos?
Saiu no twitter da Hildegard Angel
“Jefferson declara que o tal mensalão não é fato é “pura retórica”, isto é, não existiu!Uma farsa.O “tenor” queria apenas as luzes da ribalta”
“Quem deu credibilidade ao inacreditável Jefferson? Uma imprensa e uns políticos preocupados com suas conveniências e não com fatos.Vergonha!”
A seguir, trechos da defesa de Roberto Jefferson ao Supremo
Certo é que as acusações contra o Defendente não se sustentam e são claramente improcedentes e destituídas de qualquer fundamento fático.
Com efeito e isso a todo tempo ficou dito e mostrado, sem contraste, que o Defendente andou sempre nos limites que a lei garante.
Como Presidente de partido político, o PTB, formulou acordo para a campanha eleitoral de 2004, eleição de vereadores, vice-prefeitos e prefeitos, com o Partido dos Trabalhadores – PT.
Não se tratava aí de apoio ao Governo Federal. A eleição era municipal.
No âmbito federal, o PTB apoiou, desde o 2º turno da eleição presidencial, em 2002, o candidato e a coligação que elegeu o Presidente Lula, detendo um ministério do governo, o do Turismo e compondo a base parlamentar de apoio, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Isso é notório.
O acordo político para as eleições municipais de 2004 com o PT, envolveram, sim, doação financeira deste para o PTB, da ordem de R$ 20 milhões.
Essa doação aprovada por ambos os partidos tem apoio em lei e, naquele pleito, estava regulada pelas Resoluções do egrégio Tribunal Superior Eleitoral.
Era a Resolução nº 21.609/04, art. 3º, parágrafo único, inciso I, que considerou recurso, dinheiro em espécie e, a Resolução nº 20.987/02, art. 10, inciso IV, que indica doação de partido político como fonte de arrecadação.
Assim, os R$ 4 milhões pagos pelo PT, como parte do dito acordo, nada têm de irregular, dirá criminoso.
A origem desse recurso, que não se poderia presumir ilícita - como, de resto, a própria denúncia afirma que “ainda não foi identificada” (fl. 10) - segundo o PT, é fruto de recursos próprios seus e de empréstimos bancários.
Não se trata, portanto, como dito na denúncia, de propina.
É recurso lícito, fonte de arrecadação prevista em lei e destinada à eleição municipal de 2004.
Com o governo federal iniciado com a eleição vitoriosa de 2002, de que fazia e faz parte o PTB, suas bancadas, na Câmara e no Senado, desde então sempre votaram e conformaram sua base parlamentar de apoio.
E isso é conceitual e rudimentar na prática parlamentar e política, que aqui se quer criminalizar.
Mas crime não é.
Assim, nada de incomum, estranho ou ilícito, do Defendente, então Líder do PTB na Câmara, defender e votar a favor da reforma da previdência - como já pregava desde a Constituinte e da indispensável e urgente reforma tributária.
Nem de novo, desde que essa é a postura programática do PTB e de notória defesa, antes mesmo da Constituinte de 1987.
E se não sabe o acusador a origem daquele recurso, como afirmar que é ilícito e, por isso, atribuir ao Defendente que empenhou-se no seu branqueamento ou lavagem ? Non sense !
Black Power século XXI
Foto: Reuters
A vitória do Miss Universo pela angolana Leila Lopes faz dela a segunda africana a ganhar o título em seis décadas de concurso e ressalta a força da cultura e da beleza negras no mundo
13 de Setembro de 2011 às 20:02
Natália Rangel_247 - Pela segunda vez nos 59 anos de história do Miss Universo, uma mulher africana se saiu vitoriosa. Leila Lopes, 25 anos, nascida em Angola, foi coroada nesta segunda-feira 12 com o tradicional título. Antes dela, em 1999, a jovem de Botsuana Mpule Kwelaboge venceu o concurso e proferiu um discurso engajado, em que mencionou Nelson Mandela.
Nesta edição, apenas 13 anos depois, Leila comemorou mandando um beijo para a mãe e depois disse em entrevista que “o racismo não a afeta”. Meia verdade, já que ontem mesmo se noticiou que alguns sites fizeram menções racistas às candidatas afroamericanas e vale lembrar que Leila vem de um dos países mais pobres do continente, com expectativa de vida de 41 anos de idade. Ainda assim, a postura afirmativa e orgulhosa de Leila está em sintonia com um mundo em que o poder da cultura e da beleza afroamericanas é cada vez mais forte – e isto também tem relação com o sucesso de personalidades do showbiz, da política, da moda e das artes em todo o mundo.
A eleição de Barack Obama há dois anos desencadeou um sem fim de reflexões sobre o impacto que um líder negro de uma nação importante como os EUA teria sobre a auto-estima afrocamericana, o chamado “Efeito Obama” no mundo. Mas bem antes disso, muitas personalidades conquistaram o seu espaço e enviaram a milhões o seu recado. Nestes últimos dez anos, a apresentadora americana Oprah Winfrey tornou-se uma das figuras mais populares, poderosas e influentes dos EUA – depois de anos à frente de um programa de auditório, hoje Oprah é dona de seu próprio canal de entretenimento e informação no país. Em pesquisa recente Oprah foi escolhida como a comunicadora mais admirada entre os americanos.
Na área musical, o universo dos rappers, que surge como expressão da cultura e do pensamento das comunidades negras, movimenta milhões no showbizz. Entre os dez mais elencados pela Forbes nenhum deles ganha menos de dez milhões de dólares por ano. O americano Jay-Z está no topo da lista em dois rankings consecutivos realizados pela Forbes com uma fortuna de US$ 37 milhões.
E Beyoncé, que é casada com o rapper, também está entre as popstars mais bem sucedidas da atualidade. Em levantamento da Forbes junto a 20 astros de hip-hop, Jay-Z deixou para trás outros rappers que também faturam alto: Diddy, que ganhou US$ 36 milhões, Kanye West, US$ 16 milhões e Lil Wayne, com US$ 15 milhões. Eminem e Snoop Dogg ganharam US$ 14 milhões.
A força da cultura negra se revela em todas as áreas e movimenta bilhões em todo o mundo, ainda que o preconceito persista e que a pobreza e miséria de gerações de afroamericanos necessistem mais tempo e ação política para serem corrigidas. E neste sentido a expressão "Black Power", criada por Stokely Carmichael, militante radical do movimento negro nos EUA, em 1966, não envelheceu, mas ganhou novos significados. Carmichael disse há quase meio século: "Estamos gritando liberdade há seis anos. O que vamos começar a dizer agora é poder negro". E assim foi. E só por isto, hoje, em pleno século XXI, a vencedora Leila Lopes pode se dar ao luxo de dizer, com ar blasé, que "o racismo já não me afeta".
Dez anos do golpe nos EUA
Adriano Benayon |
*Adriano Benayon - 11.09.2011
1. Há dez anos foi perpetrada a implosão das Torres Gêmeas em Nova York. No mesmo dia foi lançado míssil sobre uma ala do Pentágono, em Washington.
2. Está comprovado – exceto oficialmente, é claro - que esses crimes só podem ter sido mandados cometer por gente com poderes sobre as forças de defesa e segurança dos EUA, com autoridade sobre o território dos EUA, tendo à disposição recursos materiais e tecnológicos dos mais avançados.
3. Que isso surpreenda a maioria das pessoas ilustra o poder tirânico da oligarquia financeira anglo-americana, que controla a grande mídia e os formadores de opinião que a esta tem acesso. Demonstra, ademais, que essa oligarquia está obtendo os resultados da desinformação massiva e os do abaixamento do nível cultural, dos valores éticos e da capacidade de discernimento dos povos, que promove, desde há mais de um século, em escala crescente, para submeter a humanidade á sua tirania.
4.Atentemos para os esclarecimentos da Associação Arquitetos e Engenheiros pela Verdade, formada nos EUA por 1.500 engenheiros e arquitetos, acessíveis em Truth-Out.
5. Em vídeo, mais de 20 engenheiros e arquitetos, altamente qualificados, expõem, com clareza, que as torres gêmeas - e o prédio ao lado, o WTC - ruíram verticalmente, em 7 segundos, por meio de implosão perfeita. O engenheiro brasileiro Thomas Fendel assinala que implosões convencionais não conseguem isso, nem em sonho.
7. Em 14.09.2009, o Prof. David Ray Griffin publicou artigo “The Mysterious Collapse of WTC Seven - Why NIST’s Final 9/11 Report is Unscientific and False” (Porque o Relatório Final do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia sobre o 11/9 é falso e não-científico). Cito: “Um relatório de cientistas, inclusive o químico Niels Harrit da Universidade de Copenhague, mostrou que a poeira do WTC continha nanothermite, explosivo de alto poder – diferente da thermite ordinária, que é só incendiária. O relatório, assinado, entre outros, por Steven Jones e Kevin Ryan, só foi publicado em 2009.”
8. Como consta do site dos engenheiros pela verdade, o coronel-aviador Razer, da Força Aérea dos EUA, está 100% convencido de que as três torres do WTC foram destruídas por demolição controlada, implodidas com explosivos. Ele é um dos pilotos de maior experiência, no mundo, em todo o tipo de aviões, e em matéria de destruição de edifícios de aço e concreto. Para Razer está claro que a implosão não foi orquestrada por um bando de amadores muçulmanos liderados por um sujeito metido numa caverna no Afeganistão (Bin Laden).
9. Ademais, só pessoas autorizadas podiam ter acesso às Torres, para realizar o serviço, o que, claro, não inclui islâmicos desempregados, que mal falam inglês e não têm como obter visto de entrada nos EUA (os brasileiros que fazem fila nos Consulados norte-americanos conhecem as exigências).
10. Os islâmicos acusados pelo atentado, presos e torturados, jamais teriam:
1) formação, especialização e experiência para montar e realizar a implosão;
2) acesso aos edifícios conduzindo explosivos (nem eles, nem qualquer pessoa sem o respaldo dos serviços inteligência do governo dos EUA);
3) sequer a possibilidade de ingressar nos EUA sem o patrocínio desses serviços;
4) a menor condição de pilotar os aviões nas manobras para atingir as Torres, com cursinhos de piloto na Flórida no esquema montado pela CIA de recrutar os bodes expiatórios.
11. Pilotos profissionais e experimentados, de jatos como o Boeing 754, afirmaram que nem eles conseguiriam fazê-lo. Como os aviões bateram nas torres é pergunta que fica no ar. Telecomando? Não sei.
12 Conforme peritos, o calor gerado por queima do carburante de aviões não é, nem de longe, capaz de fazer derreter as estruturas dos andares atingidos, para nem falar dos demais, e tudo ruiu em bloco. Além disso, ruiu também o WTC 7, sem ter sido tocado por qualquer aeronave.
13. Outro ponto é o seqüestro dos aviões: como tudo foi facilitado desde ao aeroporto etc.. Mais notável: os radares da Força Aérea dos EUA detectam o desvio de rota de qualquer avião e têm procedimento padrão para fazer imediatamente decolar seus caças supersônicos. Não corrigida a rota, depois do aviso, os pilotos dos caças o abatem.
14. Por que o desvio durou quase uma hora, até que os aviões se chocassem com as Torres Norte e Sul? Claro que os pilotos da Força Aérea receberam ordens para não sair do chão.
15. Isso se relaciona com a única das nove questões básicas da Comissão de Cidadãos dos EUA, respondida pelo governo estadunidense: “Everyone “goofed” that day, according to the Bush administration and the 9/11 Commission (todos bobearam, segundo a administração Bush e a comissão oficial).
16. Por essa resposta pode-se, sem muita ironia, dizer que o governo dos EUA nem precisa responder as demais. Se ele tivesse alguma seriedade e dissesse a verdade, os militares e civis responsáveis, no melhor dos casos, pela injustificável negligência teriam de ser submetidos à corte marcial e exemplarmente punidos.
17. Mas que aconteceu? Eles foram promovidos. Como não supor que foram recompensados? Por quê? Por terem sido cúmplices, cumprindo ordens contrárias aos regulamentos, às Leis e à Constituição de seu país. Pior que isso: ordens de traição a seu país, a não ser que se confundam os EUA com a oligarquia financeira que ali exerce sua tirania.
18. Eis, a seguir, perguntas da Comissão de Cidadãos dos EUA (omito as de ns. 5 e 7 por pouco acrescentarem ao dito acima):
1. Como poderiam ser sequestrados quatro aviões comerciais, que voaram no espaço aéreo dos EUA durante até 46 minutos sem envolvimento militar?
2. Como dois aviões comerciais poderiam causar implosão semelhante à das demolições planejadas nos dois edifícios mais altos do mundo, dotados de estruturas de aço?
3. Como o FBI identificou os 19 “sequestradores árabes”, se nenhum nome árabe aparece na lista de passageiros, nem da de tripulantes em qualquer das aeronaves?
4. O trabalho rápido do FBI em identificar os 19 “sequestradores” e a rede Al Qaeda de Bin Laden (sem provas) não sugere que o governo tinha conhecimento prévio de um ataque?
6. Por que empreiteiros começaram a retirar destroços antes de os investigadores estudarem a cena do crime?
8. Por que não foram achadas partes do Boeing 757 - asas, fuselagem, trem de aterrissagem, motores? Por que não havia restos de passageiros nem de suas bagagens?
9. Dúzias de câmeras de vigilância dentro e fora do Pentágono teriam gravado imagens de alta qualidade do que aconteceu. Por que nenhuma foi usada como prova para sustentar a teoria governamental do Boeing 757?
19. Em razão do que precede e à luz do que o governo dos EUA fez após os fatos de 11 de setembro de 2001, é lícito concluir que eles foram um golpe de Estado de terríveis consequências para quem mora nos EUA ou ali vai, e ainda piores no exterior. Isso será objeto de outro artigo.
20. Desde já, diga-se que o povo dos EUA vem sendo aterrorizado e ludibriado. Com a aprovação da Lei Patriot II (a Patriot I o fora na época de Clinton, após outro atentado), foi ainda mais radicalizado o estado policial, podendo ser presa qualquer pessoa sem ordem judicial, em função de simples suspeita por parte dos órgãos de segurança.
21. Que dizer dos países vitimados pelas bombas de urânio que mísseis e aviões dos EUA e de seus satélites lançaram, em seguida, no Afeganistão e logo no Iraque, depois em outros países e recentemente na Líbia, destruindo infra-estruturas e matando mais de um milhão de pessoas?
*Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”, editora Escrituras.
e-mail: abenayon@brturbo.com.br
Propina era distribuída com hotéis, carros e tanque cheio
Investigação sobre rombo no Dnit descobriu que construtoras bancavam hotéis, passagens aéreas, veículos e combustível para acusados
Buracos da BR-222 e o esforço do motorista flagrado fora da estrada. Lugar por onde o dinheiro do Dnit não passou (DEIVYSON TEIXEIRA)
Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
Nove empresas e 22 pessoas estão denunciadas em duas ações na Justiça Federal. O advogado de um dos réus disse que havia “previsão contratual” para o custeio de carros e combustíveis a servidores do Dnit-CE.
LEIA AMANHÂCaminhos desfigurados O POVO mostra o estado atual das BRs 116 e 222
“Pequeno” quadro das propinas
R$ 34.337,85
Dinheiro e custeio de despesas diversas: oito pagamentos com três valores não detectados
R$ 25.262,52
Despesas com combustível: 56 pagamentos efetuados entre agosto de 2008 e junho de 2010
R$ 177.278,09
Locação de veículos: 33 contratos firmados (desde 2004)
R$ 13.108,70
Hospedagens em hotéis: 43 estadas (entre Fortaleza , Brasília e Recife, com 17 valores não detectados)
Fonte: CGU (relativo a uma das cinco construtoras investigadas)
Buracos da BR-222 e o esforço do motorista flagrado fora da estrada. Lugar por onde o dinheiro do Dnit não passou (DEIVYSON TEIXEIRA)
Os carros eram um agrado. Estavam sempre à disposição, de vários modelos e para qualquer fim. Tinham tanque cheio e reabastecimento garantido. Nos hotéis, bancados por fins de semana seguidos, hospedagens com a respectiva esposa ou alguma acompanhante, com a devida discrição. Passagens aéreas? Quando precisaram, foram dadas também. Almoços? Descobriram dois, mas talvez tenham sido mais.
Para tudo isso, que a Polícia Federal e os próprios relatórios da Controladoria Geral da União (CGU) chamaram de propina, houve o valor detalhado e onde foi obtida a prova do crime. É um mapa minucioso de todo o trajeto da corrupção estabelecida entre servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e as empreiteiras que realizavam obras nas BRs cearenses. Ontem, O POVO revelou, com exclusividade, que o rombo no Dnit-CE chegou a R$ 27,8 milhões, segundo a CGU. Valores contabilizados a partir de contratos fraudados ou mantidos sob irregularidades e em propinas que eram repassadas a quem ajudava no esquema.
A PF apreendeu muito mais desse propinoduto entre as agendas e bilhetes das secretárias das construtoras, nos pendrives, notebooks, HDs, CDs e DVDs e nas residências dos envolvidos com o escândalo. Um ano depois do caso descoberto, através da Operação Mão Dupla, todo esse material integra dois processos que tramitam na Justiça Federal: uma ação cível de improbidade administrativa, na 1ª Vara Federal, com 18 pessoas e nove empresas como denunciados; e uma ação penal, que corre na 11ª Vara Federal, com cinco réus.
Dinheiro vivo
Em relatórios da CGU, assinados pelo controlador regional (substituto) Alexandre Landim Fialho em fevereiro passado, é dito que as cinco construtoras investigadas praticavam o “pagamento de propinas em dinheiro e sob a forma de custeio de despesas diversas para os engenheiros do Dnit-CE”. Eram cédulas e benesses a quem fosse relevante no órgão. Oito servidores são citados, mas nem todos ainda estão incluídos como réus na ação penal. Por isso, nesse trecho da apuração, os nomes não serão revelados pelo O POVO para não atrapalhar as investigações.Nos pagamentos indevidos em cash, dinheiro vivo, valores rastreados que variavam de pouco mais de R$ 500 até R$ 12 mil. Denúncia confirmada pelas anotações nas agendas das secretárias das empreiteiras. Numa delas, datada de setembro de 2004: “Emergência BR-020 R$ 10.100,00” e o nome do engenheiro responsável (ou agraciado). Nesses papéis apreendidos, a polícia conseguiu comprovar pouco acima de R$ 34 mil repassados. Só de uma construtora.
Na lista das “despesas com combustível” – igualmente nominadas de propinas pela CGU e PF -, 56 pagamentos que somaram R$ 25.262,52. Somente no intervalo entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro de 2010, uma picape Hilux usada por um dos servidores chegou a ter um abastecimento bancado de R$ 1.421,85. O mesmo veículo (placa repetida 14 vezes no relatório) somou mais R$ 10.139,65 de combustível no período entre abril/2009 e junho/2010. Coisa para queimar muita quilometragem.
A investigação dá descrições de que a propina era mesmo parte da rotina dos acusados. Nos veículos que ficavam à disposição dos servidores assediados, foram descobertos pelo menos 33 contratos de locação de uma construtora. Nas faturas que puderam ser juntadas à documentação probatória, o valor totaliza R$ 177.278,09. Mas há várias locações sem valor apontado. A filha de um deles teve um veículo disponibilizado – por pelo menos duas semanas, em 2009.
A CGU relata que 43 hospedagens foram “oferecidas” para os servidores do Dnit-CE investigados. No saguão, chegavam sós, com familiares ou com “sua acompanhante” (termo usado no relatório). Numa estada de 4 a 6 de julho de 2010, o hóspede teve despesa de R$ 1.517,00. Só ele teve 25 dessas hospedagens cobertas pela construtora. Com e sem acompanhante. A maior delas durou cinco dias.
Reforma e pneus
Para outro servidor, as passagens aéreas pagas também para a esposa, ida e volta a Recife, estão na mesma data da entrada e saída no hotel da capital pernambucana, de 5 a 6 de junho de 2010. Outro achado nas agendas apreendidas. Um dos servidores denunciados, casado, chegou a ser rastreado em gastos indevidos com mais de uma amante – uma delas também seria funcionária da construtora. Uma reforma na casa da mãe de uma delas teve material de construção doado por uma das empreiteiras. E a namorada ganhou até pneus novos para o carro dados pela construtora.Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
Nove empresas e 22 pessoas estão denunciadas em duas ações na Justiça Federal. O advogado de um dos réus disse que havia “previsão contratual” para o custeio de carros e combustíveis a servidores do Dnit-CE.
LEIA AMANHÂCaminhos desfigurados O POVO mostra o estado atual das BRs 116 e 222
“Pequeno” quadro das propinas
R$ 34.337,85
Dinheiro e custeio de despesas diversas: oito pagamentos com três valores não detectados
R$ 25.262,52
Despesas com combustível: 56 pagamentos efetuados entre agosto de 2008 e junho de 2010
R$ 177.278,09
Locação de veículos: 33 contratos firmados (desde 2004)
R$ 13.108,70
Hospedagens em hotéis: 43 estadas (entre Fortaleza , Brasília e Recife, com 17 valores não detectados)
Fonte: CGU (relativo a uma das cinco construtoras investigadas)
Cláudio Ribeiro
claudioribeiro@opovo.com.br
claudioribeiro@opovo.com.br
Demitri Túlio
demitri@opovo.com.br
demitri@opovo.com.br
Felipe Araújo
felipearaujo@opovo.com.br
felipearaujo@opovo.com.br
Jarbas Soares: a vida de um Procurador de Justiça sem pudor
Investigado por abuso de autoridade e outros crimes, procurador Jarbas Soares, por critérios políticos, é nomeado por Dilma para o CNMP
O modelo de “Democracia representativa”, adotado em nosso País, realmente esgotou. Seja nos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. No Brasil, excepcionalmente, também no Ministério Publico. No Executivo e Legislativo é desnecessário informar os motivos, diante do comportamento da maioria dos deputados, vereadores, presidente, governadores e prefeitos do Brasil.
O procedimento adotado para acesso as carreiras do Judiciário e Ministério Público é exclusivamente o concurso público. Sem duvida o melhor método. Porém ele atesta quando muito o conhecimento do candidato. Mas não tem como aferir através do certame, antecipadamente a ética e a moral futura de um candidato.
Principalmente, porque após o período probatório, juízes e promotores adquirirem a vitaliciedade e outros direitos. Afinal, trata-se de seres humanos, sujeito a mudanças no decorrer de suas carreiras. Exclui-se o quinto constitucional dos Tribunais, pertencente aos advogados. Neste caso o critério na maioria das vezes é apenas político.
Durante muitos anos a sociedade civil reclamou da impunidade dos membros do Judiciário e posteriormente do Ministério Público que em tese não estavam sujeitos a julgamentos e penalidade imposta por pessoas isenta do espírito corporativista que previsivelmente existem nas corregedorias.
Como os abusos eram e ainda é enorme, a sociedade civil exigiu mudanças. No intuito de preservar à autonomia dos Poderes, foram criados diversos conselhos para fiscalizar e penalizar os possíveis desvios de conduta de seus membros.
Assim como foi criado o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) foi instituído pela Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004, com atribuição de controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros.
O CNMP é composto por quatorze membros, incluindo-se o Procurador-Geral da República. Entre as competências do CNMP, conforme artigo 130-A, §2º, da Constituição Federal, está:
“- receber reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa”;
Suspeitava-se que desde a fundação do CMMP, o mesmo vinha sendo utilizado quase que somente para regulamentar pequenas questões administrativas e financeiras.
É que a impunidade aumentara. Tudo porque a composição do CNMP obedece unicamente a critérios políticos sejam da classe, de tendências ideológicas, doutrinárias ou partidos políticos.
Porém a anomalia e perversidade deste processo comprovaram-se com a escolha do procurador de justiça de Minas Gerais, Dr. Jarbas Soares, para integrar o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Dono de uma carreira construída através de acordos e subserviência a grupos políticos.
O início desta carreira ocorreu com sua nomeação pelo então procurador-geral da república, Aristides Junqueira, para o cargo de chefe de gabinete da Procuradoria da República de Minas Gerais.
Em 1992, quando já atuava como promotor em Ouro Preto, MG, novamente por critério político e iniciativa exclusiva do então procurador-geral eleitoral, Aristides Junqueira, Jarbas foi convocado para atuar junto à Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), onde ficou por oito anos.
Nomeação feita sobre encomenda por Aristides Junqueira, pois na época era o período do contestado segundo mandato de Hélio Garcia e posteriormente iniciava-se nova disputa eleitoral tendo como candidato de Helio Garcia, Eduardo Azeredo e seu vice- Walfrido dos Mares Guia. “Aristides na época companheiro”, hoje é advogado de Walfrido e de Eduardo Azeredo em diversos processos.
O “entendimento”, entre Aristides Junqueira e Walfrido dos Mares Guia, vem da época do primeiro Governo de Hélio Garcia, que comandou sua indicação para a Procuradoria Geral da República, presidente José Sarney em 1989, na época Garcia argumentava a favor de Junqueira: “Esta era uma das vontades de Tancredo”. Outras cobranças também foram feitas por Garcia a Sarney em nome de Tancredo, que já morto não podia confirmar ou negar a veracidade das mesmas.
O comportamento do então Procurador Geral da República Aristides Junqueira, foi tão criminoso no período de Garcia, favorecendo a corrupção implantada na época em Minas Gerais que foi motivo de uma denuncia perante o Senado Federal apresentada pelo Diretor Responsável do Novojornal, Marco Aurélio Carone, por crime de responsabilidade. Tratava-se de um enorme esquema de corrupção montado pelo governador Hélio Garcia, que culminou com a perda do controle acionário pelo Governo de Minas na Fiat Automóveis.
Aristides foi salvo pela posse do Senador José Sarney na Presidência do Senado, que determinou o arquivamento do processo. O mesmo Sarney que o indicara para exercer o cargo de procurador-geral da República, em 20 de junho de 1989, já na vigência da Constituição Federal de 1988.
A documentação e narração deste caso está descrita no livro “Cosa Nostra” de autoria de MA.Carone.
Toda violência e corrupção judicial ocorridas na eleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB), culminou com o fechamento do Jornal “Diário de Minas”, por não aceitar silenciar-se prosseguindo noticiando denuncias feitas pelo então vereador de Belo Horizonte, Rogério Correia (PT) de irregularidades praticadas pelo então candidato Azeredo na gestão do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), quando exercia o cargo de Prefeito de Belo horizonte. Denuncias estas que depois seriam conhecidas e comprovadas nacionalmente.
A decisão judicial pelo fechamento do jornal “Diário de Minas”, mais tarde foi reconhecida pelo próprio judiciário mineiro como um enorme erro. Tudo quando já não tinha o que ser feito, pois o jornal não teve como se manter sem circulação.
O fechamento do Diário de Minas só foi possível devido à participação ativa do então promotor Jarbas Soares. Na época ele sabia que o noticiado pelo Diário de Minas era a verdade, pois o vereador havia enviado para ele uma copia da denuncia acompanhada dos documentos que comprovavam as irregularidades.
Mesmo assim Jarbas Soares deu seu parecer pelo fechamento do “Diário de Minas”. Não se pode esquecer que Hélio Garcia fechara anos antes o “Jornal de Minas”, também pertencente a Marco Aurélio Carone. Garcia mandou suspender o pagamento de toda divida do Governo de Minas, e de suas empresas, na época maios anunciante do jornal. Marco Aurélio Carone relatara as corrupções ocorridas no primeiro governo de Garcia, que culminara com o fechamento da Minas Caixa, através do livro “Minas Caixa Queima de Arquivo” e o ocorrido no fechamento do “Diário de Minas” no livro; “ A justiça Tucana”.
Após anos de tramitação chegava ao fim uma ação contra Azeredo para provar que o noticiado correspondia à verdade. O que possibilitou que Jarbas Soares fosse denunciado pelo então diretor do “Diário de Minas”, hoje diretor de Novojornal, Marco Aurélio Carone, perante o STF Supremo Tribunal Federal, processo nº.158638/2007, por formação de quadrilha junto com Eduardo Azeredo (PSDB). Jarbas e Azeredo continuam até hoje sem qualquer punição, por direta interferência de Aristides Junqueira junto a PGR.
Com a vitória de Eduardo Azeredo para o Governo de Minas Gerais, em 1995 a carreira de Jarbas deslanchou, principalmente frente à Promotoria de Meio Ambiente.
A falta de fiscalização e até mesmo cumplicidade e conivência da área ambiental do Governo de Minas afloram agora, anos depois com a prisão do dirigente do IEF, participantes da “Gangue dos Castros”. Os TAC’s celebrados na época com imobiliárias e mineradoras, são peças que comprovam a irregularidades cometidas.
Devido a “serviços prestados”, na nova administração do PSDB, em 2001 alcançou o cargo de Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais, onde permaneceu por quase uma década, transformando a Procuradoria Geral em anexo do Palácio da Liberdade, amordaçando todos os membros do Ministério Públicos mineiro que ousavam apurar qualquer irregularidade Tucana.
Jarbas, abertamente, sem qualquer pudor perseguiu os opositores do governo Tucano. Avocou procedimentos investigatórios contra o Executivo e Legislativo, mantendo-os na gaveta em busca da prescrição. Montou uma central de escuta telefônica clandestina junto com a área de inteligência da PM, subordinada a secretaria da casa civil de MG, monitorando opositores do Governo Estadual. Igualmente tentou calar a imprensa que noticiava as irregularidades praticadas por ele frente à Procuradoria Geral de Justiça.
Em represália ao comportamento adotado por mais de uma década por Marco Aurélio Carone, em denunciar a corrupção e desmonte do Estado ocorrido no governo de Garcia e concluído no de Azeredo, Jarbas jurava vingança após a denuncia apresentada no STF e à manutenção da independência editorial de Novojornal dirigido por Marco Aurélio Carone, que prosseguia a linha de independência adotada pelo “Diário de Minas”.
Na condição de Procurado Geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares criou uma Promotoria Especializada apenas para impedir o funcionamento do Portal jornalístico, "Novojornal.com.br". Que só sobreviveu por ter um endereço na internet, registrado fora do Brasil. E devido o movimento em favor do Novojornal, ocorrido nacionalmente nos veículos independentes.
Denunciado perante o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por abuso de autoridade e autoria dos atos praticados no empastelamento do Novojornal.
Seguindo o parecer do Ministério Público presidido na época por Jarbas Soares o Tribunal de Justiça mineiro não aceitou a denuncia, Processo nº 1.0000.08.481736-0/000. O que motivou um recurso processo nº. Ag 1177860 ao STJ, Superior Tribunal de Justiça. Distribuído na época ao ex- Ministro Nilson Naves.
Novamente sem qualquer pudor, contando com a colaboração do Jornal “Estado de Minas” igualmente subserviente ao Palácio da Liberdade, Jarbas subscreveu editorial publicado no diário homenageando o Ministro do STJ encarregado de julgá-lo.
O recurso permaneceu parado no STJ, de Agosto de 2009 até a aposentadoria do ministro. Após foi distribuído para um ministro convocado oriundo do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Que negou seguimento. Só agora novamente anos depois Novojornal conseguia esgotar todos os recursos possíveis na esfera judicial.
Viabilizando assim a apresentação de denuncia contra Jarbas Soares junto ao CNMP, ao qual Jarbas tomara posse no dia 10 de Agosto de 2011. Apos 16 anos Jarbas Soares será finalmente julgado por seus pares a nível federal, pois a nível estadual seus colegas recusaram-se a fazê-lo.
Esta á a ética e o comportamento do procurado Jarbas Soares.
Os malefícios dos atos praticados pelo então Procurador Geral Jarbas Soares, através da mordaça, asfixia e silencio imposto ao MPMG, são agora, diante de fatos ocorridos recentemente, cobrados por toda Nação do Ministério Púbico mineiro.
A pergunta é: “Será que ninguém sabia do que estava acontecendo em Minas Gerais”.
Se apurado apenas os procedimentos investigatórios avocados e paralisados por Jarbas quando na função de Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais, assim como as irregularidades existentes nos diversos TAC’s, (Termo de Ajustamento de Conduta) celebrados por sua orientação. Seriam mais que suficientes para sua condenação e exclusão dos quadros do Ministério Público.
É de estranhar que em vez de punido ele seja escolhido para representar o Ministério Público de Minas Gerais no CNMP. Tudo através de um acordo celebrado no Senado Federal entre as bancadas do PT e PSDB.
A bancada do PSDB, em uma troca da aprovação de Jarbas, garantiu a aprovação da indicação de outros dois candidatos que atendiam ao interesse do PT.
Como visto, um acordo político. Basta dizer que o relator do parecer por sua aprovação foi o Senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-governador mineiro que indicou Jarbas duas vezes para Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais.
As irregularidades praticadas por Jarbas, não ocorrerão apenas em relação ao “Diário de Minas” e Novojornal, Jarbas impediu a aplicação da Justiça em diversos outros casos.
O mais escandaloso foi o do assassinato da modelo Cristiane ocorrido em Belo Horizonte.
Diante do indiscutível e eminente indiciamento de Walfrido dos Mares Guia pelo crime, Aristides Junqueira também sem qualquer pudor saiu de trás da cortina aparecendo como em um passe de mágica nos fundos da Procuradoria Geral de Justiça mineira, interferindo e impedindo o indiciamento, assim como o andamento posterior do processo.
Como relatado, Jarbas deve sua carreira a Aristides Junqueira que desde a década de 80 defendia abertamente os interesses de Mares Guia e só foi indicado por Sarney para o cargo de Procurador Geral da Republica, devido a interferência de Helio Garcia. Aristides Junqueira é de São Jaó Del Rey. Filho de Luiz de Melo Alvarenga conterrâneo e amigo de Tancredo Neves.
Hoje toda sociedade nacional sabe do comportamento corrupto além do envolvimento de Aristides Junqueira e de Walfrido dos Mares Guia no escândalo do “Mensalão”.
O pior sem qualquer pudor, Aristides Junqueira e o atual advogado de Eduardo Azeredo no processo do“Mensalão”, em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.
Agora, após mais de uma década, comprovando o que vinha sendo noticiado por Novojornal, em 20 de março de 2008, o advogado Dr. Joaquim Engler Filho, apresentou a Polícia Civil de Minas Gerais, denuncia da participação do então Procurador Geral Jarbas Soares em um enorme esquema, (no qual o advogado confessava ter participado), montado para subornar promotores, juízes e Desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Em função dos prejuízos causados pelo comportamento do Dr. Joaquim Engler Filho, seu cliente Nilton Antônio Monteiro representou contra o advogado perante a OAB/MG que instaurou o procedimento disciplinar nº 139/2009. Juntando a representação, diversos documentos dentre eles o relatório feito pelo Dr. Joaquim Engler Filho e entregue a Polícia Civil Mineira, que descreve a participação criminosa do então Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais Dr. Jarbas Soares.
Condenado por seu comportamento pelo Tribunal de Ética da OAB/MG, Dr. Joaquim Engler Filho recorreu ao Órgão Especial da OAB/MG através de um Recurso Ordinário, Em 14 de Dezembro de 2010, o Órgão Especial manteve em sua totalidade o julgamento da Terceira Turma do Tribunal de Ética da OAB/MG.
A pena aplicada ao Dr. Joaquim Engler Filho, foi de suspensão por 78 dias cumulada com uma multa de 10 anuidades.
Decisão esta que segundo a assessoria do Órgão Especial da OAB/MG, ainda não transitou em julgado. Desta forma sujeita a ser modificada pelo Órgão Especial da OAB nacional.
Porém em seu voto folha 1450, o relator Dr. Dalmar do Espírito Santo Pimenta deixa claro que:
“E de se destacar de antemão, que o processo disciplinar tem em sua bem delimitada e, no presente caso, presta-se a apurar o cometimento ou não de infração disciplinar cometida por integrante dos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil”.
No mesmo voto folha 1449 diz:
“... os presentes autos se encontram recheados de estórias e documentos impressionantes. É uma verdadeira “novela mexicana”, agregada por capítulos de “O Poderoso Chefão”. Acusações de corrupção; compra de Juiz e de sentença com altas somas em dinheiro; e, até mesmo, chegou-se a discutir nos presentes autos o “mensalão mineiro” e outras coisas mais.”
Prosseguindo, Folha 1452: “Apesar de veemente contestar a veracidade do documento, o recorrente, não apresenta qualquer prova que possa dar guarida a sua fala ficando apenas no campo da argumentação. Ao contrario de sua contestação, existe nos autos, laudo pericial juntado pelo próprio recorrente,”
Nas folha 1453 diz: “O Código Civil Brasileiro prescreve em seu artigo 219 que: “as declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos signatários.”
“Evidente que a presença do Procurador Jarbas Soares, no CNMP. Conselho Nacional do Ministério Público, devera ser analisada pelos demais integrantes”, afirma Marco Aurélio Carone, que aguarda apenas a posse de Jarbas para encaminhar a representação contra o mesmo.
Prosseguindo, Marco Aurélio afirma: “Será que o CNMP tomara em relação a Jarbas a mesma decisão tomada em relação ao procurador e a promotora de Brasília.”. Estas e uma indagação que só o tempo dirá.
Porém torna-se necessário outra pergunta.
Será o Procurador Jarbas Soares é a cara do Ministério Público Mineiro?
Decisão no processo disciplinar contra o Dr. Joaquim Engler Filho na OAB/MG
Imagem divulgada pelo MPMG quando da retirada da internet do portal jornalístico Novojornal.com.br
Jarbas Soares apresentou declaração falsa no Senado
Indicação de Jarbas poderá ser anulada no STF
Procuradoria de Justiça de Minas amordaça Google
É assim que se compra o silêncio da imprensa e consegue-se uma cobertura favorável
feira, 13 de setembro de 2011
Alckmin: 9 milhões pela fidelidade da 'Proba Imprensa Gloriosa'
- E seu Barão assina os jornais e revistas para as Escolas Públicas.
Interrompemos nossas saudáveis férias nas paradisíacas selvas de Bornéu para informar que a chuva é molhada, o sol é quente, a grama é verde e a Educação de São Paulo continua a mesma, embora sob completa nova direção.
O Barão de Taubaté, ou melhor, o Sr. José Bernardo Ortiz Monteiro é o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) desde sua nomeação pelo Governador Geraldo Alckmin, em janeiro deste ano. Pois não é que depois de ferrenha labuta nas negociações, Ortiz acatou ordem superior e assinou milhares de exemplares de jornais e revistas do PIG (Proba Imprensa Gloriosa) – para as melhores escolas públicas do mundo, cujos professores são também os mais bem remunerados do planeta? Sim. Exatamente como fizeram seus antecessores, o ex-governador José Serra e o finado Paulo Renato Costa Souza, ex-secretário de Educação de SP, o Barão de Taubaté fechou com a Folha de SP, Estadão, Revista Veja, IstoÉ e Época. Tudo, como sempre, sem licitação.
Desnecessário dizer que, mais uma vez, a Carta Capital não aparece no rol dos favorecidos.
Eis os contratos, datas e seus valores, de acordo com o Diário Oficial:
Você pode comparar os valores e quantidades dos anos anteriores nas tabelas deste texto.
Extenuado de tanto firmar tão bons acordos pedagógicos, o presidente da FDE, José Bernardo Ortiz Monteiro, como faz qualquer funcionário público, foi ter uns dias de férias lá na Europa.
Oh là là!
Alvíssaras, confrades.
Interrompemos nossas saudáveis férias nas paradisíacas selvas de Bornéu para informar que a chuva é molhada, o sol é quente, a grama é verde e a Educação de São Paulo continua a mesma, embora sob completa nova direção.
O Barão de Taubaté, ou melhor, o Sr. José Bernardo Ortiz Monteiro é o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) desde sua nomeação pelo Governador Geraldo Alckmin, em janeiro deste ano. Pois não é que depois de ferrenha labuta nas negociações, Ortiz acatou ordem superior e assinou milhares de exemplares de jornais e revistas do PIG (Proba Imprensa Gloriosa) – para as melhores escolas públicas do mundo, cujos professores são também os mais bem remunerados do planeta? Sim. Exatamente como fizeram seus antecessores, o ex-governador José Serra e o finado Paulo Renato Costa Souza, ex-secretário de Educação de SP, o Barão de Taubaté fechou com a Folha de SP, Estadão, Revista Veja, IstoÉ e Época. Tudo, como sempre, sem licitação.
Desnecessário dizer que, mais uma vez, a Carta Capital não aparece no rol dos favorecidos.
Eis os contratos, datas e seus valores, de acordo com o Diário Oficial:
- 27/julho/2011 – Época
- Contrato: 15/00628/11/04
- Empresa: Editora Globo S/A
- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas da "Revista Época" - 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo - Projeto Sala de Leitura.
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 1.203.280,00
- Data de Assinatura: 26/07/2011
(*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)
- 29/julho/2011 – Isto É
- Contrato: 15/00627/11/04
- Empresa: Editora Brasil 21 LTDA
- Objeto: Aquisição pela FDE, de 5.200 (cinco mil duzentas) assinaturas da "Revista Isto É", 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo - Projeto Sala de Leitura.
- Prazo: 365 dias
- Valor: 1.338.480,00
- Data de Assinatura: 25/07/2011.
(*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)
- 3/agosto/2011 – Veja
- Contrato: 15/00626/11/04
- Empresa: Editora Abril S/A
- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas da “Revista Veja”, 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo
- Projeto Sala de Leitura
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 1.203.280,00
- Data de Assinatura: 01/08/2011.
(*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)
- 6/agosto/2011 – Folha
- Contrato: 15/00625/11/04
- Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.
- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas anuais do jornal “Folha de São Paulo”, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo - Projeto Sala de Leitura
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 2.581.280,00
- Data de Assinatura: 01/08/2011.
(*Primeiro comunicado no DO em 23/julho/2011)
- 17/agosto/2011 – Estadão
- Contrato: 15/00624/11/04
- Empresa: S/A. O Estado de São Paulo
- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “O Estado de São Paulo”, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo - Projeto Salas de Leitura.
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 2.748.616,00
- Data de Assinatura: 01-08-2011.
(*Primeiro comunicado no DO em 23/julho/2011)
Você pode comparar os valores e quantidades dos anos anteriores nas tabelas deste texto.
Extenuado de tanto firmar tão bons acordos pedagógicos, o presidente da FDE, José Bernardo Ortiz Monteiro, como faz qualquer funcionário público, foi ter uns dias de férias lá na Europa.
Oh là là!
Alvíssaras, confrades.
PS - Agradeço ao gentil comentarista desta casa,
em texto sobre os contratos do Estado (leia-se José Serra via Prodesp)
com a empresa de escutas/grampos e que tais,
Fence Consultoria, que escreveu o seguinte:
em texto sobre os contratos do Estado (leia-se José Serra via Prodesp)
com a empresa de escutas/grampos e que tais,
Fence Consultoria, que escreveu o seguinte:
Para achar coisa do PSDB é uma aranha,
mas contra o petismo é mosca morta
A ele nossa inteira concordância.
Há mesmo seres mutantes em todas as esferas.
Por exemplo, caro comentarista:
por vezes alguns são uma araponga, mas em outras também um tucano.
Ler mais: http://namarianews.blogspot.com/2011/09/alckmin-9-milhoes-pela-fidelidade-da.html#ixzz1XrFeXc95
Rebeldes terão ajuda de FMI e Banco Mundial para reconstrução líbia
O Banco Mundial reconheceu oficialmente nesta terça-feira o CNT (Conselho Nacional de Transição) como governo legítimo da Líbia e disse ter recebido pedidos para ajudar a restabelecer os serviços vitais do país e desenvolver programas para criação de empregos, no momento em que a Líbia tenta voltar ao normal após seis meses de guerra.
"À medida que a Líbia começava a se recuperar do conflito, o Banco Mundial recebeu pedidos para liderar os esforços nas áreas de gastos públicos e administração financeira, recuperação da infraestrutura, criação de empregos para jovens e entrega de serviços", disse a instituição, que tem como objetivo o combate à pobreza.
O Banco disse ter recebido pedidos para reparar os serviços nos setores de água, energia e transportes. Em cooperação com o FMI (Fundo Monetário Internacional), deve ajudar a preparar o orçamento do país e recuperar o setor bancário.
"Estamos prontos para apoiar o povo da Líbia", disse a diretora-geral do Banco Mundial, Sri Mulyani Indrawati. "Nossos especialistas já começaram a entrar em coordenação com seus parceiros e estamos caminhando rapidamente para começar o trabalho."
A organização irmã do Banco Mundial, o FMI, disse no sábado que apoiava o conselho de transição e que enviaria uma equipe à Líbia assim que as condições de segurança permitirem.
O reconhecimento das antigas forças rebeldes da Líbia como governo oficial pelo FMI e o Banco Mundial é visto como um sinal de que doadores e investidores irão se envolver com o país e uma garantia de supervisão independente.
"À medida que a Líbia começava a se recuperar do conflito, o Banco Mundial recebeu pedidos para liderar os esforços nas áreas de gastos públicos e administração financeira, recuperação da infraestrutura, criação de empregos para jovens e entrega de serviços", disse a instituição, que tem como objetivo o combate à pobreza.
O Banco disse ter recebido pedidos para reparar os serviços nos setores de água, energia e transportes. Em cooperação com o FMI (Fundo Monetário Internacional), deve ajudar a preparar o orçamento do país e recuperar o setor bancário.
"Estamos prontos para apoiar o povo da Líbia", disse a diretora-geral do Banco Mundial, Sri Mulyani Indrawati. "Nossos especialistas já começaram a entrar em coordenação com seus parceiros e estamos caminhando rapidamente para começar o trabalho."
A organização irmã do Banco Mundial, o FMI, disse no sábado que apoiava o conselho de transição e que enviaria uma equipe à Líbia assim que as condições de segurança permitirem.
O reconhecimento das antigas forças rebeldes da Líbia como governo oficial pelo FMI e o Banco Mundial é visto como um sinal de que doadores e investidores irão se envolver com o país e uma garantia de supervisão independente.
Finalmente, um Banco Central independente
Yoshiaki Nakano é professor e diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas.
E escreveu nesta terça-feira, no Valor, artigo primoroso sobre a furiosa reação na imprensa à ultima decisão do Banco Central:
E escreveu nesta terça-feira, no Valor, artigo primoroso sobre a furiosa reação na imprensa à ultima decisão do Banco Central:
Finalmente a independência do BC
“O Banco Central (BC) tomou a decisão de reduzir em 0,5 ponto percentual a sua taxa de juros, o que surpreendeu o mercado financeiro. Os seus “porta vozes”, por meio da imprensa, falaram em quebra de “protocolo”, da “liturgia” e na subversão aos “princípios mais valiosos” do sistema de metas de inflação. Isso teria deixado o mercado “perplexo” segundo a imprensa. Mas, afinal, qual era esse protocolo ou liturgia a que o mercado estava acostumado? Quais eram esses “princípios mais valiosos do sistema de metas de inflação” que o BC teria abandonado?
De fato, o BC, que não tem na sua diretoria atual funcionários de bancos privados, como tivemos nas diretorias anteriores, surpreendeu os tesoureiros e economistas dos bancos privados, que estavam acostumados a uma relação, no mínimo, promíscua. Nessa relação, o Banco Central reagia às expectativas de inflação dos economistas dos bancos privados, materializadas na pesquisa Focus e nas taxas de juros futuras das operações efetuadas pelas tesourarias.
Na véspera das reuniões do Copom, a imprensa fazia a pesquisa informando o Banco Central, qual o aumento ou redução em que a maioria dos bancos e empresas de consultoria apostavam. Lógico que a maioria sempre acertava. Esse era o protocolo ou a liturgia seguidos pelas diretorias anteriores do Banco Central sempre ocupados por funcionários do sistema bancário. Na última reunião de agosto, esse protocolo foi de fato abandonado. Daí a grande surpresa e perplexidade do mercado financeiro. A rigor, o BC finalmente tornou-se independente do mercado.”
Nesse protocolo ou liturgia prevaleciam, evidentemente, os interesses dos mercados financeiros.
Amigo navegante, quem seriam esses “porta-vozes, por meio da imprensa”, a que se refere o professor Nakano ?
Este ansioso blogueiro tem um palpite: será a Urubóloga e todos os wannabes da Urubóloga na Globo ?Sobre a Urubóloga e seu séquito de seguidores (loucos para tomar o lugar dela …), cabe ler, também no Valor, artigo de Delfim Netto sobre o “aumento da incerteza” na Teologia dos neolibelês (*).
É inacessível para os não iniciados, mas termina de forma, sempre, divertida, ao tratar dos Urubólogos:
“Trata-se apenas de uma nova versão da piada dos três náufragos: um físico, um químico e um economista, que numa ilha deserta encontram uma lata de feijão e precisam abri-la. O físico propõe abri-la com um golpe de pedra; o químico propõe esquentá-la e fazê-la explodir sob a pressão interna, ambos com riscos de perder o conteúdo. O economista logo corrige os dois. É simples e seguro, suponham que temos um abridor de latas…
A “ciência” monetária ainda não é. Por enquanto, é apenas um festival de magnífica imaginação expressa em linguagem matemática. Isso implica que devemos tomá-la com cuidado e precaução para o exercício da política monetária, mesmo com o “dernier cri” modelo do nosso Banco Central.”
Em tempo: este ansioso blogueiro defende uma tese: os jornalistas de Economia do PiG (**) – com exceções, como, por exemplo, o Celso Ming, do Estadão – escrevem para banqueiro ler o que banqueiro está careca de saber. Banqueiro acha ótimo. E jornalista de Economia fica feliz da vida. Ainda mais quando vai jantar na casa do Banqueiro. O Delfim Netto tem outra tese (que ele invariamente desmente): que jornalista de Economia não é um nem outro.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Morre professor Expedito Parente, pai do biodiesel
Expedito Parente, em entrevista à TV O POVO
(Foto: Mauri Melo, em 17/01/2009)
Atualizada às 10h11min
Morreu, no início da manhã desta terça-feira, 13, aos 70 anos, o engenheiro químico e professor Expedito Parente, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Expedito era reconhecido no mundo inteiro como o pai do biodiesel.
Segundo informações da instituição, o professor estava internado no Hospital São Carlos e morreu por complicações de uma cirurgia de diverticulite (inflamação no intestino grosso). O velório será a partir das 13 horas, na funerária Ethernus, na rua Padre Valdevino. O corpo deverá ser cremado na manhã desta quarta-feira, 14, em local e horário ainda a ser informado pela família.
Além do biodiesel, Expedito concebeu e desenvolveu o bioquerosene. A primeira patente mundial do biodiesel foi registrada em 1980, mas o professor perdeu o registro do produto, hoje de domínio público.
O pesquisador atuava ainda em vários projetos, tendo recebido inúmeras homenagens em forma de comendas, troféus e diplomas de honra ao mérito no Brasil e no exterior.
O biodiesel é produzido por meio de uma reação química denominada de transesterificação, aplicada ao óleo vegetal ou animal, matérias-primas para o combustível.
Veja Páginas Azuis com Expedito Parente
Os Verdadeiros Inimigos de Poeta
Muito já se falou, "facebookeou", "tweeteou" e "blogou" a respeito da entrevista que a presidente Dilma concedeu ao Fantástico do último domingo, que foi reeditada - com cortes - para o Bom Dia Brasil do dia seguinte. Permitam-me, no entanto, "testar algumas hipóteses" com base em perguntas levantadas ao longo do dia de ontem.
Por que a Patrícia Poeta? Porque ela é apresentadora do programa e tem por hábito fazer entrevistas com personalidades, desde que voltou de Nova Iorque para assumir o Fantástico. Assim como ela, seu parceiro, Zeca Camargo, também o faz sempre que tem opoturnidade, sobretudo com o pessoal da música, que é sua praia.
Portanto, não foi uma escolha da direção como muitos especularam. Foi uma conquista exclusiva dela e da produção do programa que, infelizmente, pode ter sido útil para um jogo de bastidores bastante sujo.
Explico: não haveria necessidade alguma em expô-la daquela maneira sendo destratada por Dilma, o que me faz acreditar que houve segundas intenções de alguém, cujo interesse era atingí-la e, ao fazê-lo, atingir outras pessoas com quem ela tenha contato ou relacionamento.
Já contei aqui que é comum, sempre que se noticia queda da audiência no domingo, ilustrar a informação com fotos dela, o que sugere ao leitor - intencionalmente - que o desempenho do programa tem relação com a apresentação, quando todos nós sabemos que não é assim que as coisas acontecem.
Mas a maldade interna vai além. É tão grande que já chegaram a plantar notinhas em colunas e revistas de fofocas dizendo que havia preocupação da emissora com seu ganho de peso e aparência, justo ela uma mulher invejada de tão esbelta e elegante que é.
Portanto, tenho razões de sobra para dizer que Poeta foi solta na arena com a leoa e, por não estar habituada ao jogo retórico da política, virou presa fácil. Como depois houve manipulação na edição (e disso entendo bem, vai por mim) ela foi surpreendida com o resultado no ar e reclamou, com razão. O que justifica a versão reeditada do dia seguinte.
Tudo isso para dizer que, às vezes, interpretamos uma entrevista com sangue nos olhos e nos esquecemos de que, por trás daquilo tudo, pode ter um jogo de interesses sórdido e mesquinho, bem ao estilo de muitos que lá se perpetuam, na base da desonestidade e traição.
Deus me livre!
Talvez você queira saber também das dificuldades de Dilma em encarar essa turma. (Clique aqui)
Ou lembrar de uma pisada na bola recente do Fantástico (aqui)
Pesquisa: islamofobia se transmite pela TV
Islamofobia se transmite pela TV
Por Jim Lobe, no Envolverde/IPS
Dez anos depois dos atentados terroristas em Nova York e Washington, a maioria dos norte-americanos diz respeitar a diversidade e a liberdade de religião, embora nem sempre apliquem esses princípios ao Islã e aos imigrantes. Os meios de comunicação desempenham um papel fundamental em sua opinião. Uma pesquisa intitulada “O que significa ser norte-americano: atitudes e um cada vez mais diverso Estados Unidos dez anos depois do 11 de Setembro” concluiu que os telespectadores da rede de TV conservadora Fox News são muito menos tolerantes e mais desconfiados dos muçulmanos do que o público em geral.
O estudo também afirma que os autodeclarados simpatizantes do movimento ultradireitista Tea Party, em sua maioria do opositor Partido Republicano, são significativamente mais hostis com os imigrantes e seus filhos, bem como contrários a legalizar seu status. Os dois grupos tendem a crer que a discriminação contra os brancos na sociedade consiste em um grande problema, tanto quanto a discriminação contra negros e outras minorias, segundo o estudo, divulgado no dia 6 pela Brookings Institution e o Instituto Público de Pesquisa sobre Religião (PRRI).
A pesquisa – realizada por meio de entrevistas telefônicas, em inglês e espanhol, com 2.450 adultos durante a primeira metade de agosto – também concluiu que os consultados mais jovens, entre 18 e 29 anos, geralmente tendem a ter opiniões mais favoráveis sobre as minorias (inclusive os muçulmanos) do que os mais velhos, em parte devido a uma significativa maior interação em sua vida diária com pessoas de outras culturas. A maioria dos mais velhos (52%), por exemplo, responderam que o Islã estava “nas antípodas dos valores norte-americanos”, enquanto a maioria dos jovens (54%) discordou. Dos jovens, 64% disseram acreditar que os imigrantes fortalecem a sociedade norte-americana, e 51% dos adultos afirmaram que eles ameaçam os valores e costumes nacionais.
“A pesquisa revela que o país está em meio a uma discussão que já ocorreu uma ou outra vez sobre a diversidade e a imigração, e este debate tem hoje fortes dimensões partidárias e ideológicas, quando não era assim”, disse E. J. Dionne, pesquisador do Brookings e coautor doe estudo. “Os padrões por geração – os jovens em geral são mais favoráveis à imigração e à diversidade do que os mais velhos – sugerem que, no longo prazo, resolveremos esta discussão, como fizemos no passado, a favor da inclusão. Mas, no curto prazo, será um debate difícil e às vezes divisionário”, afirmou Dionne.
De fato, a pesquisa sugere que os Estados Unidos estão mais polarizados, especialmente entre partidos e gerações, do que estavam às vésperas dos atentados de 11 de setembro de 2001, que teriam incrementado a islamofobia e a hostilidade contra os imigrantes, especialmente entre os mais velhos e autodeclarados republicanos. Dez anos depois, “parecemos menos unidos como nação”, segundo o informe.
A vasta maioria dos consultados, segundo o trabalho, defendeu os princípios da tolerância religiosa do país. Quase nove em dez entrevistados (88%) disseram que os Estados Unidos estão baseados na ideia de liberdade de culto para todos, e 95% afirmaram aceitar que “todos os textos religiosos devem ser tratados com respeito, ainda que sem compartilhar as crenças que contêm”. No entanto, 47% concordam que os valores do Islã estão “nas antípodas dos valores norte-americanos” e 48% discordam.
O estudo encontrou significativas diferenças neste tema entre grupos políticos e demográficos. Embora uma maioria de autodeclarados simpatizantes do governante Partido Democrata, independentes e telespectadores da rede de TV CNN e da televisão pública discordem dessa afirmação, cerca de dois terços dos republicanos, seguidores do Tea Party e telespectadores da Fox News disseram concordar que os valores islâmicos estão distantes dos princípios norte-americanos.
Da mesma forma, enquanto 30% de todos os consultados (contra 23% em fevereiro) concordaram com a afirmação de que os “muçulmanos norte-americanos querem estabelecer a lei islâmica” no país – tema favorito dos islamofóbicos –, 45% de todos os entrevistados republicanos concordaram, como fizeram 54% dos simpatizantes do Tea Party e 52% dos telespectadores da Fox News. “Os canais de notícias têm um papel poderoso em influenciar as opiniões” sobre a fé islâmica, disse Daniel Cox, diretor do PRRI. “Os norte-americanos que dizem confiar na Fox News são mais inclinados a ter opiniões negativas sobre o Islã e os muçulmanos”.
A pesquisa também constatou um duplo discurso no público em geral na hora de avaliar a violência cometida por pessoas autodefinidas como cristãs ou muçulmanas. Mais de oito em cada dez (83%) disseram que os que se definem com cristãos e cometem atos de violência em nome da religião “não são realmente” representantes dessa fé. Entretanto, quando a mesma pergunta foi feita sobre o Islã, menos da metade (48%) disseram que os que cometiam violência não são realmente muçulmanos. O duplo discurso, no entanto, foi mais pronunciado entre republicanos e partidários do Tea Party (55%) do que entre democratas (40%) e independentes (39%).
* O blog de Jim Lobe sobre política externa dos Estados Unidos está em www.lobelog.com.
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