segunda-feira, 30 de abril de 2012

Revelações do blog levam Cabral ao desespero e a fazer ameaças



Vejam a mordomia de Cabral e companhia em Cannes


Recebi hoje de vários emissários do governador Sérgio Cabral uma mensagem propondo uma trégua e fazendo ameaças. Dizem os seus emissários que ele está em pânico com a possibilidade de ser obrigado a sentar no banco da CPI. Um deles afirmou que Cabral disse textualmente: ”Vou me vingar do Garotinho. Vou destruí-lo a qualquer custo”.

Ora, isso não é nenhuma novidade. Todos sabem no Rio de Janeiro que desde o seu primeiro dia no governo, Cabral fez de tudo para me destruir com o apoio da Globo, da Veja, dos banqueiros, e até com alguns integrantes da banda podre do Judiciário fluminense e do MP Estadual. Todos sabem os ataques, as perseguições e as injustiças que armaram contra mim. É verdade que produziram algum desgaste na minha imagem, me prejudicaram, mas não provaram nada do que disseram. Aliás, por conta disso ganhei várias indenizações das Organizações Globo, da Veja, entre outros, por causa das mentiras que lançaram contra mim no caso das ONGs, do avião traficante e outras calúnias.

Só quero avisar aqui Cabral que ameaças não me amedrontam. Quem me conhece sabe que sou um homem de coragem, que sempre enfrentei adversários e inimigos poderosos. Se não recuei até hoje, não será por mais essas ameaças de Cabral que vou me acovardar. Digo mais para que todos saibam:

Tudo o que já mostrei e o que ainda vou revelar aqui no blog é aperitivo perto do que vou levar para a CPI.

Agora não há dúvida que Cabral, Côrtes e Cavendish têm bom gosto em suas escolhas. Só vão a restaurantes sofisticados e caros. Nas fotos abaixo eles estão na cidade de Cannes, mundialmente conhecida por sediar o festival do cinema em que o prêmio concedido é a Palma de Ouro. Por coincidência o restaurante em que estão jantando é o mais famoso da região, o LA PALME D'OR, localizado no Hotel Martinez, na Boulevard de la Croisette. É em Cannes que muitos aristocratas, membros da realeza européia e outros milionários têm mansões cinematográficas onde passam o verão e dão festas monumentais.




Não posso deixar de fazer uma comparação que tem tudo a ver com Cannes, com Cabral e com o cinema. O Brasil até hoje só ganhou uma vez o prêmio máximo do Festival de Cinema de Cannes, a Palma de Ouro. Foi em 1962 com o filme “O pagador de promessas” de Anselmo Duarte. Pois, Cabral, Cavendish e Côrtes estão mais para outro filme nacional: “O assalto ao trem pagador”. Pensando bem, Cabral merece a Palma de Ouro do cinismo, da mentira e da improbidade.

Amanhã vocês vão se deliciar com Cabral dançando rap com o secretário Wilson Carlos, sendo aplaudido por Adriana e pelo cordão dos puxa-sacos numa farra em Paris. Aliás, aproveito para cobrar mais uma vez:Cabral mostre os recibos das suas viagens! 

Deputado obtém quebra de sigilo de 50 tuiteiros


Deputado obtém quebra de sigilo de 50 tuiteirosFoto: Edição/247

FERNANDO FRANCISCHINI, INTEGRANTE DA CPI DO CACHOEIRA, SE DIZ AMEAÇADO DE MORTE; ELE MONTOU EQUIPE PARA INVESTIGAR 50 PERFIS DO TWITTER CONSIDERADOS FALSOS; JUSTIÇA DO PARANÁ DECRETOU IDENTIFICAÇÃO REAL DOS REMETENTES; UM DELES ENVIOU A MARCHA FÚNEBRE AO PARLAMENTAR



Por Claudio Julio Tognolli _247 - A Justiça do Paraná decretou hoje a quebra de sigilo de 50 perfis do microblog Twitter. Esses perfis são considerados falsos, ou robôs, como se diz na gíria das redes sociais. Deles saíram, seriadamente, neste final de semana, ameaças de morte ao deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR). Membro da CPMI do Cachoeira, Francischini montou uma equipe para ajudar a Justiça a investigar os 50 perfis do twitter, que segundo ele o ameaçam de morte há 3 dias. A equipe é composta de profissionais aposentados da PF, entre outros profissionais.
Francischini disse, em entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira, que foi grampeado a pedido do governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT-DF). No entanto, não conseguiu apresentar provas da sua afirmação. De acordo com Francischini, Carlinhos Cachoeira foi o financiador do grampo. "O mais próximo que eu vou chegar de Carlinhos Cachoeira e Dadá é pra colocar algema no braço deles. Na verdade, essa é mais uma tentativa de desmerecer meu trabalho novamente", disse o deputado. Para ele, a ameaça de morte em série “constrangeu a minha família, mas não me constrangeu. Estou acostumado a mexer com grandes traficantes. Não são políticos borra-botas e de colarinho branco que vão me constranger".
“Nunca estive com o Dada. Estou rindo muito com essa história. Sou casca grossa, estou acostumado a tomar porrada. E estão me atacando porque sabem que devem fazê-lo preventivamente. Porque vem uma bomba por aí. Estão usando a técnica de melar tudo para envolver caluniosamente o investigador, no caso eu, nos crimes que ele investiga”.

O que Ernani de Paula tem a contar na CPI



O que Ernani de Paula tem a contar na CPIFoto: Montagem/247

TESTEMUNHA CHAVE DO MODO DE AGIR DA QUADRILHA GOIANA, O EX-PREFEITO DE ANÁPOLIS, QUE APONTOU AS DIGITAIS DE CACHOEIRA NA DENÚNCIA QUE DEU ORIGEM AO MENSALÃO, PRETENDE REVELAR A CONEXÃO ENTRE MARCONI PERILLO E JOSÉ SERRA NA ÁREA DA EDUCAÇÃO; SEGUNDO ELE, A CAIXA-PRETA DA POLÍTICA BRASILEIRA

30 de Abril de 2012 às 20:04
247 – Ernani de Paula, empresário, dono da Faculdade São Marcos e ex-prefeito da cidade de Anápolis (GO), concedeu, um mês atrás, ao 247, uma entrevista bombástica. Disse, com todas as letras, que a denúncia que deu origem ao processo do mensalão, sobre o pagamento de propina dentro dos Correios, foi produzida pela quadrilha liderada pelo bicheiro Carlos Cachoeira (leia mais aqui). Assim como em várias produções dos estúdios Cachoeira, o filme foi feito pelo araponga Jairo Martins, publicado por Policarpo Júnior, em Veja, e reverberado pelo senador Demóstenes Torres, na tribuna do Senado. O objetivo, segundo Ernani de Paula, era constranger o governo Lula a nomear Demóstenes como secretário Nacional de Justiça. Ernani sabia do plano porque sua ex-mulher, Sandra Melon, era suplente do senador Demóstenes e ocuparia sua cadeira caso a iniciativa vingasse.
Observador atento da realidade goiana, Ernani de Paula conviveu de perto com vários personagens da crise atual. Entre eles, Carlos Cachoeira, que é de Anápolis, Demóstenes, que se elegeu com os votos da cidade, Marconi Perillo, que, como governador, decretou intervenção no município, e Marcelo Limírio, dono de laboratório e sócio de Demóstenes numa faculdade.
Limírio, que é dono da Neoquímica e já contratou diversos assessores de imprensa, temendo ser o próximo alvo da Operação Monte Carlo, comprou uma fazenda que pertencia a Ernani de Paula, na cidade de Anápolis. “A minha antiga fazenda, chamada Barreiro, se tornou um ponto de encontro entre Cachoeira, Demóstenes e Limírio”, diz Ernani de Paula ao 247. “E isso apareceu até no inquérito da Polícia Federal”.
Dos remédios à educação
Anápolis, que já foi governada por Ernani de Paula, se tornou a capital nacional dos remédios genéricos, quando o ministro José Serra, na Saúde, aprovou a lei que permitiu a produção desses medicamentos. “Foi assim que o Carlinhos Cachoeira começou a migrar para o ramo das atividades legais”, diz Ernani de Paula.
Em Anápolis, o bicheiro se tornou dono do laboratório Vitapan, que hoje é controlado por sua ex-mulher Adriana Aprígio. E foi na condição de empresário do ramo farmacêutico – e não mais como “empresário de jogos” – que Cachoeira passou a se apresentar às autoridades.
Antes de ser prefeito, como fazendeiro e morador de Anápolis, Ernani de Paulo fundou o Instituto Melon, que foi o terceiro do Brasil a fazer a certificação de remédios genéricos. Depois de sua entrada na prefeitura, em 2001, o Instituto Melon foi repassado para o Instituto de Certificação Farmacêutica, controlado por Walterci de Melo, do Laboratório Teuto, Marcelo Limírio, da Neoquímica, e Carlos Cachoeira, da Vitapan.
Neste momento, teve início a aproximação empresarial – e depois familiar – entre Cachoeira e Limírio. Um filho de Limírio, por exemplo, é casado com uma sobrinha de Cachoeira. Depois dos negócios farmacêuticos, os dois começam a olhar com carinho para um setor que começava a explodir em Goiás e no Brasil inteiro: a educação superior.
As Faculdades Padrão e Nova Capital
No auge da crise deflagrada pela Operação Monte Carlo, o Brasil se surpreendeu com a influência exercida pelo senador Demóstenes Torres no Conselho Nacional da Educação, um órgão do MEC. Em apenas 14 dias, ele obteve, do conselheiro Paulo Spiller, autorização para abrir a Faculdade Nova Capital, em Contagem (MG). No papel, Demóstenes é sócio de Marcelo Limírio. Mas, na sociedade goiana, especula-se que Cachoeira seja sócio oculto da faculdade.
O interesse de Cachoeira pela educação também se revelou num outro episódio: o da Faculdade Padrão, do empresário Walter de Paula. Oficialmente, Walter de Paula foi o comprador da casa onde o governador Marconi Perillo residia e também onde foi preso o bicheiro Carlos Cachoeira. Num grampo divulgado neste domingo pela Folha de S. Paulo, Cachoeira determina a um de seus assessores que entregue o dinheiro do imóvel ao governador – Perillo se defendeu afirmando que vendeu a casa, no condomínio de Alphaville, a Walter de Paula, e não a Cachoeira.
Da mesma maneira em que pode ser sócio oculto da Faculdade Nova Capital, Cachoeira também tem grandes interesses na Faculdade Padrão. Num grampo da Polícia Federal, ele ordena ao senador Demóstenes Torres que interceda junto ao Conselho Nacional de Educação para que reverta o parecer contrário à instalação de uma escola de medicina na Faculdade Padrão – o conselheiro, no caso, também era Paulo Spiller.
A educação se tornou um grande negócio em Goiás porque Marconi Perillo criou, em 1999, um programa chamado Bolsa Universitária, dirigido pela primeira-dama Valéria Perillo. O programa bancava, com recursos do Estado, bolsas de estudo de ensino superior a jovens carentes. “Este programa é uma caixa-preta, de difícil fiscalização sobre a real concessão de bolsas e a boa aplicação dos recursos”, diz Ernani de Paula. “A Faculdade Padrão, por exemplo, foi uma das mais beneficiadas”.
De Goiás para São Paulo
Quando José Serra assumiu o governo de São Paulo, em 2007, uma de suas primeiras medidas foi ampliar um projeto semelhante no Estado de São Paulo. No mesmo ano, Ernani de Paula passou a trabalhar com o pai na Universidade São Marcos, que existe há 41 anos. E começou a monitorar, com lupa, os recursos que eram transferidos pelo governo paulista às instituições de ensino – mais de R$ 700 milhões, desde 2004.
“Grupos educacionais que eram irrelevantes, mas que construíram boas conexões políticas com o PSDB, receberam verdadeiras fortunas”, diz Ernani de Paula. O caso que mais chama a atenção, segundo ele, é o da Faculdade Sumaré, que já soma quase R$ 70 milhões em repasses. Em seguida, há o do grupo Uniesp, que recebeu pouco mais de R$ 60 milhões.
A São Marcos, ao contrário da Sumaré e da Uniesp, não recebeu repasses do governo estadual e, recentemente, foi colocada sob intervenção pelo mesmo conselheiro Paulo Spiller. “Quem recebia recursos do estado era o Instituto Cidadania Global, criado por minha irmã, Luciane de Paula, e que tinha como conselheiros algumas figuras próximas ao alto tucanato como Andrea Matarazzo, Mônica Serra e Gilda Portugal Gouvêa”.
Ernani encaminhou todos os documentos à 6ª Vara do Patrimônio Público, em São Paulo. Sua suspeita: a educação superior se transformou na maior caixa-preta da política brasileira. Que nasceu em Goiás e chegou a São Paulo. “E enquanto Demóstenes e Limírio prosperavam, a São Marcos era esmagada”, diz ele.

Governos tucanos de Alckmin e Serra fecharam contrato de quase 1 bi com a Delta


São Paulo fez contratos de quase um bi com a Delta; Paulo Preto assinou o maior deles, no governo Serra



por Conceição Lemes
Nesta semana começam efetivamente os trabalhos da CPI que investigará as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários. Um dos alvos, a Delta Construções, de Fernando Cavendish. Suspeita-se, com base em informações da Operação Monte Carlo, realizada pela Polícia Federal (PF), do envolvimento da empresa com Cachoeira.
No dia da instalação da CPI do Cachoeira, 19 de abril, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), ao ser questionado sobre os contratos da Delta com o Estado de São Paulo, disse não estar preocupado com eles, segundo a Folha de S. Paulo: “Nem sei se tem [contratos], se tem são ínfimos ”.
E verdade é outra. Levantamento feito pelo blog Transparência SP revela que, de 2002 a 2011, a Delta fechou pelo menos 27 contratos (incluindo participação em consórcios) com empresas e órgãos públicos do governo do Estado de São Paulo.
Na lista de contratantes,  Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Somam cerca de R$ 800 milhões em valores nominais. Em valores corrigidos (considerando a inflação do período) chegam a R$ 943,2 milhões.
Desses R$ 943,2 milhõesR$ 178, 5 milhões foram celebrados nas gestões Alckmin (2002 a março de 2006 e de janeiro de 2011 em diante) e R$ 764,8 milhões no governo de José Serra (janeiro de 2007 a abril de 2010).
DERSA CONTRATOU DELTA PARA A NOVA MARGINAL DO TIETÊ POR  R$ 415.078.940,59
O maior contrato da Delta com órgãos e empresas do governo do Estado de São Paulo foi com a Dersa para executar a ampliação da marginal do rio Tietê: R$ 415.078.940,59 (valores corrigidos)
Apesar de condenada por ambientalistas, geólogos e urbanistas, a Nova Marginal do Tietê foi anunciada em 4 de junho de 2009, com bumbos e fanfarras, pelo então governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (hoje PSD, na época DEM).
Na época, o portal do governo do Estado de São Paulo informou: Investimento de R$ 1,3 bilhão prevê, além de novas pontes e viadutos, plantio de cerca de 83 mil árvores e implantação de ciclovia.
“irá o tempo das viagens em cerca de 35%; “tráfego para as rodovias Castelo Branco, Ayrton Senna, Dutra, Fernão Dias, Anhanguera e Bandeirantes terá fluxo mais rápido”; junto com o Rodoanel e o Complexo Anhanguera, a Nova Marginal pretende aliviar o trânsito nas principais interligações de bairros de São Paulo e evitar o trânsito de veículos de passagem por bairros e o centro da cidade”.
Serra ainda afirmou:
“É uma obra que é financiada com recursos do Tesouro e com dinheiro público das concessionárias, que é dinheiro do pedágio, segundo projeto e orientação do próprio Governo”.
 ”é uma obra que está tendo todo o cuidado ecológico, o que não é tradição em São Paulo, pois as obras e a devastação andavam de mãos dadas, mas isso acabou nos tempos atuais”.
A obra tinha dois lotes: 1 e 2. A concorrência do chamado lote 2 foi vencido pelo consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta (participação de 75% a 80%).
Extrato do contrato assinado em 13 de maio de 2009 e publicado no dia seguinte no Diário Oficial Empresariarevela o valor da obra: R$ 287.224.552,79.
PAULO PRETO E DELSON AMADOR ASSINAM O CONTRATO  PELA DERSA COM A DELTA
O consórcio da Delta venceu a licitação para o lote 2 da Nova Marginal do Tietê com uma diferença de R$ 2,4 milhões em relação ao segundo colocado, o Consórcio Desenvolvimento Viário (EIT – Empresa Industrial Técnica S/A — e Egesa Engenharia), que, por sinal, ganhou o lote 1.
Curiosamente 1: 1 ano 4 meses depois, o consórcio da Delta conseguiu um “aditamentozinho” de R$ 71.622.948,47 no contrato.
Curiosamente 2: Na época da licitação, Paulo Vieira de Souza era diretor de Engenharia da Dersa, e seu presidente Delson José Amador, que acumulava a superintendência do DER.
Paulo Vieira de Souza é o Paulo Preto, ou Negão, como é mais conhecido. Até abril de 2010 foi diretor da Dersa. Com uma extensa folha de serviços prestados ao PSDB, foi apontado como arrecadador do partido e acusado pelos próprios tucanos de sumir com R$ 4 milhões que seriam destinados à campanha do então presidencial José Serra. O dinheiro teria sido levantado principalmente junto a empreiteiras com as quais ele possuía relações estreitas.
O nome de Paulo Preto apareceu ainda na investigação feita pela Polícia Federal que resultou na Operação Castelo de Areia. Na ação, executivos da construtora Camargo Corrêa são acusados de comandar um esquema de propinas em obras públicas.
Delson Amador também apareceu na Operação Castelo de Areia. Assim como Paulo Preto, seu nome constava da apreendida pela Polícia Federal na Camargo Corrêa.
Em 1997, durante a presidência de Andrea Matarazzo, Amador virou diretor da Cesp. Aí, foi responsável pela fiscalização de obras tocadas pela Camargo Corrêa, como a Usina de Porto Primavera, e a Ponte Pauliceia, construída sobre o Rio Paraná para ligar os municípios de Pauliceia, em São Paulo, e Brasilândia, em Mato Grosso do Sul. Amador foi ainda chefe de gabinete de Matarazzo na subprefeitura da Sé.
HERALDO, O FORAGIDO, É QUEM ASSINOU PELA DELTA O CONTRATO DA NOVA MARGINAL
Curiosamente 3: Certidão emitida pela Junta Comercial de São Paulo mostra que o representante legal do Consórcio Nova Tietê é Heraldo Puccini Neto, diretor da Delta Construções para São Paulo e Sul do Brasil.
Escutas realizadas com autorização judicial revelam que é um dos interlocutores mais próximos de Cachoeira. Documentos disponibilizados na internet referentes ao processo contra Carlinhos Cahoeira no Supremo Tribunal Federal (STF) mostram a proximidade  de Heraldo com o bicheiro e como a quadrilha preparava editais para ganhar licitações.
É possível que esse mesmo modus operandi tenha sido aplicado pela Delta em várias licitações como as feitas pelo governo do Estado de São Paulo.
Heraldo teve a prisão decretada pela Justiça Federal na semana passada. Foi a partir de investigações realizadas no âmbito da Operação Saint Michel, braço da Monte Carlo.
Um grupo de policiais civis de Brasília chegou às 6 horas da última quarta-feira 25 ao apartamento dele, no Morumbi, em São Paulo. Heraldo não estava nem foi localizado pela polícia. É considerado foragido da Justiça.
Curiosamente 4: Num despacho de setembro de 2011 do Tribunal de Contas de São Paulo (TCE-SP) referente ao contrato da Nova Marginal, aparecem juntos Paulo Preto, Delson Amador e Heraldo Puccini Neto. Os dois primeiros como contratantes. O último como contratado.
DEPUTADOS PEDEM AO MP QUE APURE INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES
A essa altura algumas perguntas são inevitáveis:
1. Considerando que o senador Demóstenes Torres é sócio oculto da Delta e apoiou José Serra em 2010, será que dinheiro da Nova Marginal do Tietê irrigou a campanha do tucano à presidência?
2. Entre os R$ 4 milhões que teriam sido arrecadados por Paulo Preto e não entregues ao PSDB, haveria alguma contribuição da Delta?
3. Paulo Preto ou Delson Amador teve algum contato direto com Cachoeira?
Na sexta-feira 27, parlamentares paulistas protocolaram representação no Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP) para que investigue indícios de irregularidades, ilegalidades e improbidades nos contratos formalizados pela Dersa com empresas e consórcios, entre os quais o Consórcio Nova Tietê, capitaneado pela Delta.
Encabeçada pelo deputado estadual João Paulo Rillo e assinada por Adriano Diogo, ambos do PT-SP, a representação pede que o MP apure possíveis atos de improbidade administrativa praticados por José Serra, Paulo Preto e Delson Amador, diante de sinais de superfaturamento das obras de ampliação da Marginal Tietê.
A propósito. Lembram-se que, em 2009, durante o lançamento da Nova Tietê, José Serra disse: “é uma obra que está tendo todo o cuidado ecológico, o que não é tradição em São Paulo, pois as obras e a devastação andavam de mãos dadas, mas isso acabou nos tempos atuais”?
Na ocasião, a propaganda do governo estadual indicava que as pistas seriam cercadas por frondosas árvores e arbustos. E a secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena (atualmente preside a Sabesp), ressaltou a importância de recuperar o espaço das margens do Tietê com uma via parque, uma ciclovia e o plantio de 65 mil mudas.
Pois bem, dois anos após o término das obras, a marginal Tietê ainda está à espera das 65 mil mudas que deveriam ter sido plantadas pelo governo paulista como compensação ambiental, em 2010.  Ainda árvores morreram ou não se desenvolveram no solo árido das margens do rio.  A falta de árvores foi conStatada em perícia realizada pelo Sindicato dos Arquitetos. A entidade move ação civil pública contra a Dersa, que, como responsável pela obra, é obrigada a repor cerca de 30% dos espécimes.
Será que a Nova Marginal do Tietê, além de mãos dadas com a devastação, também se banhou na cachoeira preta?

Desmascarando a mentira que Cabral divulgou em nota oficial





Na sua primeira nota oficial na tentativa de justificar o injustificável, Cabral apelou para mais uma mentira, o que, aliás, é o recurso que ele mais usa. Afirma que as fotos divulgadas pelo blog são de uma viagem oficial nos dias 14 e 15 de setembro de 2009. Pois bem conforme podem ver abaixo, o show do U – 2 em Paris aconteceu no dia 11 de julho de 2009, portanto dois meses antes da data que Cabral diz que estava em viagem oficial. Ainda por cima mente mal.




Conforme está destacado na pulseira de Sérgio Côrtes, os três casais compraram ingresso para a chamada Red Zone, cujos ingressos custavam US$ 1.000, mas que se esgotaram em 15 minutos quando Cabral nem estava em Paris. Na mão dos cambistas saía até por US$ 4 mil.

Aliás, outra prova da mentira da nota oficial de Cabral é que no vídeo que mostrei onde Cabral marca a data do casamento de Fernando Cavendish, em um determinado momento uma voz feminina diz: “Faltam dez minutos para a meia-noite. Está chegando o dia 17, aniversário da Adriana”. A esposa de Cabral faz aniversário em 17 de julho.


O roubo no apartamento de Pezão no Leblon


Reprodução do Globo online
Reprodução do Globo online


Pode ser uma tremenda coincidência, mas soa muito estranha essa história do roubo ao apartamento do vice-governador Pezão justamente neste momento em que Cabral e seu governo estão no corner, mais acuados do que jamais estiveram. É bom ficar de olho para ver se não estão tramando alguma jogada para ser usada depois.

Segundo as informações da assessoria de Pezão ele viajou e está fora do Rio, não quiseram informar o seu destino, mas como dizem que ele só chega amanhã para ver o que foi furtado do apartamento onde mora no Leblon, presume-se que esteja fora do país.

Eu já fui governador, conheço os protocolos de segurança. Só não me venham com conversa fiada de que quando o vice-governador viaja, a sua residência fica sem proteção, sem seguranças, porque eu sei que isso não acontece. Por isso aumenta a estranheza. Como arrombaram o apartamento e a segurança não tomou conhecimento? Vamos aguardar. Pezão só chega amanhã para informar o que foi furtado. Mas que essa história está esquisita, lá isso está.


Em tempo (18h30m): Já está confirmado que Pezão está de férias na Itália. É mais um a esbanjar o dinheiro do povo levando vida de milionário mundo afora. Mas confesso que fiquei boquiaberto com o que está no site O Dia online que faço questão de reproduzir. Só amanhã quando chegar ao Rio, Pezão poderá informar o que realmente foi roubado, mas a polícia encontrou em cima da cama 15 caixas de jóias abertas. Não foi uma, nem duas, nem três. Foram 15 caixas de jóias e nem se sabe quantas peças havia em cada caixa. Isso é coisa de magnata. Aliás, Beltrame a esta hora deve estar arrancando os cabelos porque os policiais divulgaram essa informação para a imprensa. Queria saber como Pezão arruma dinheiro para encher sua mulher de jóias? É uma verdadeira orgia com o dinheiro público.


Reprodução do site O Dia online
Reprodução do site O Dia online
http://www.blogdogarotinho.com.br/lartigo.aspx?id=10754

Vidas paralelas: Rupert Murdoch e Roberto Marinho



MURDOCH E MARINHO DIVIDIRAM, ACIMA DE TUDO, O AMOR PELO PODER, PELA INFLUÊNCIA, PELA MANIPULAÇÃO – POR TODAS AQUELAS COISAS, ENFIM, ADVINDAS DA PROPRIEDADE DE UM IMPÉRIO DE MÍDIA

30 de Abril de 2012 às 14:15

Paulo Nogueira

(este artigo foi publicado originalmente no blog Diario do Centro do Mundo)
Rupert Murdoch e Roberto Marinho têm muito mais que as iniciais em comum. Ambos perderam o pai cedo, uma tragédia pessoal que, paradoxalmente, acabou por empurrá-los vigorosamente na indústria da mídia.
Os dois herdaram, jovens ainda, um jornal, Murdoch em sua Sidney, na Austrália, Marinho no Rio de Janeiro. Isso foi determinante para estabelecer nos dois um amor invencível pelos jornais. Mesmo quando já tinham construído, cada qual do seu jeito, um império de mídia diversificado, o jornal continuaria no centro da atenção dos dois.
A língua foi determinante para estabelecer a maior diferença. O inglês facilitou a Murdoch montar um grupo mundial: da Austrália foi para a Inglaterra, nos anos 1960, e acabaria depois incluindo espetacularmente os Estados Unidos no mapa de seus negócios. Sua News Corp, baseada em Nova York, onde Murdoch mora, é dona de marcas como a Fox e o Wall Street Journal. Roberto Marinho, até por não falar inglês, ficou essencialmente restrito ao Brasil até morrer, em 2003, aos 98 anos. Por isso a influência de Murdoch – ainda vivo e ativo, aos 81 anos — é global, e a de Marinho foi nacional.
Como típicos barões da imprensa, deixaram sempre evidente que a voz de seus jornais e demais mídias era a deles e de mais ninguém. “Se alguém quer saber minhas opiniões, basta ler os editoriais do Sun”, diz Murdoch. Sun é seu tablóide londrino, um campeão de vendas e de controvérsias. Marinho não disse isso, mas nem precisava: estava patente.
Cercaram-se de jornalistas que sabiam que jamais deveriam brilhar tanto a ponto de ofuscar o dono. Quando Murdoch comprou o lendário Times na década de 1960, um passo essencial no seu ganho de poder na Inglaterra, sabia-se que os dias do grande editor Harold Evans no jornal estavam contados. O editor Evandro Carlos de Andrade, que dirigiu o Globo por longos anos e depois o telejornalismo do grupo, fez questão desde o início de deixar claro a Roberto Marinho que era papista. Fazia o que o Papa mandava. Muito mais que o talento, foi esse traço de pragmática servilidade que explicou a duração da carreira de Evandro nas Organizações Globo.
Murdoch e Marinho sempre disseram ter em vista, acima de tudo, o interesse público. Mas jamais deixaram de ser objeto de suspeita de que, fora da retórica, colocaram invariavelmente seu interesse pessoal acima de quaisquer outros.
Em torno deles se construiu a imagem – exagerada — de homens capazes de fazer ou destruir governos. Ninguém acreditou mais nisso que os politicos no Brasil e na Inglaterra, e por isso adularam Murdoch e Marinho para além da abjeção. Buscavam sempre apoio, o que às vezes receberam – acompanhado, quase sempre, de uma merecida dose de desprezo. No código de etiqueta e de poder de Murdoch e Marinho, competiu sempre aos políticos ir atrás deles, e não o inverso.
Lutaram, como todos os barões da imprensa, por estabelecer uma dinastia. As chances de êxito de Murdoch, nisso, são pequenas. Três filhos seus – uma mulher e dois homens – já estiveram na condição de herdeiros aparentes. O último deles, James, 39 anos, renunciou a seu posto depois que sua reputação foi destruída no escândalo das escutas ilegais telefônica de um tablóide do grupo, o News of the World. Murdoch tem dois filhos pequenos de Wendi, sua bonita mulher chinesa, mas é difícil imaginar que Murdoch vá estar vivo quando os dois estiverem em condições de tocar uma empresa.
Roberto Marinho teve mais sorte aí. Seus três filhos, Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto, conseguiram até aqui manter o vigor – econômico, pelo menos — da Globo. São discretos, têm noção de suas limitações e, juntos, estabeleceram uma maneira de trabalhar em conjunto com a qual a Globo se manteve competitiva sem Roberto Marinho. Diferentemente do pai, parecem menos interessados em influenciar presidentes e mais focados no negócio em si. Não inovaram, mas já mostraram entender que o futuro é digital e saber que, se a Globo não transferir sua potência para a internet, o declínio é inevitável. Todos os três estão na faixa dos 50 anos, o que significa que a Globo não enfrentará tão cedo um novo teste de troca de geração.
Pessoalmente, Murdoch e Marinho compartilharam uma vaidade que os fez claramente ficar incomodados com algumas características físicas. Murdoch durante boa parte da vida tentou esconder a calvície com um penteado em que fios longos eram estrategicamente dispostos de um lado ao outro da cabeça. Apenas recentemente desistiu do expediente. Roberto Marinho não se orgulhava de sua estatura, ampliada por saltos, e de sua tez mulata, na qual passava pó de arroz.
Em suas vidas paralelas, Murdoch e Marinho dividiram, acima de tudo, o amor pelo poder, pela influência, pela manipulação – por todas aquelas coisas, enfim, advindas da propriedade de um império de mídia.

A casa é de Cachoeira; a conta da água, de Marconi



A casa é de Cachoeira; a conta da água, de MarconiFoto: Edição/247

A CONTA FOI CORTADA E IRRITOU O CONTRAVENTOR. A INFORMAÇÃO ESTÁ EM O GLOBO, QUE MOSTRA TAMBÉM QUE OS DOIS QUASE BRIGARAM. OS FATOS SÓ REFORÇAM A LIGAÇÃO ESTREITA ENTRE OS DOIS, EMBORA MARCONI ADMITA APENAS ENCONTROS OCASIONAIS

30 de Abril de 2012 às 13:21
Goiás 247 – Reportagem de O Globo deste domingo reforça que a Polícia Federal vê ligações entre Cachoeira e o governador Marconi Perillo (PSDB), e traz uma informação no mínimo curiosa: a conta de água da casa onde morava Andressa, a namorada de Cachoeira – e onde ele foi preso –, estava no nome de Marconi. Mostra ainda O Globo que a relação entre os dois esteve por um fio. Tudo por conta da Delta.
A revelação só reforça o que o governador vem tentando de todos os meios negar: uma relação próxima e de negócios com Cachoeira. A ponto de Marconi ter chamado Cachoeira de “liderança” e até amigo (“Faz festa e não chama os amigos?”), e Cachoeira, por sua vez, o ter denominado de “amigo”.
Uma olhada no volume 7 do anexo do relatório da Polícia Federal deixa claro como eram naturais as relações do grupo de Cachoeira com o governador e como agiam no governo. O 247 publicou com exclusividade a íntegra do inquérito do STF contra o senador Demóstenes Torres.
Abaixo, a reportagem de O Globo.

PF vê ligações entre Cachoeira e governador
A relação entre Carlinhos Cachoeira e Marconi Perillo remonta à conta de água da casa onde a mulher do contraventor morou provisoriamente em Goiânia. Em agosto de 2011, Carlinhos Cachoeira liga indignado para o seu braço direito, o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez, para reclamar do corte do fornecimento de água na casa onde Andressa estava morando — segundo a PF, uma residência que “pertencia ao governador em sociedade com Carlinhos Cachoeira”. A casa foi vendida ao professor Valter Paulo, empresário de renome no estado.
A gravação começa com Wladimir relatando ao bicheiro as providências:
— Ô chefe. Ele tá ligando lá pro menino pra mandar religar (a água). Vai ligar pro gerente lá pra ver como é que faz. Conversei com próprio Julinho (Júlio Vaz, diretor financeiro da Saneago). Mas deixa eu te falar, não é só tirar o lacre lá, não?.
Cachoeira diz que não vai mexer com isso, mas diz que o comunicado de corte pode até provocar demissões na companhia de água:
— Outra coisa: R$ 40, rapaz, (na) casa do governador. E emite um papel de corte ... pega um papel desse aqui, demite todo mundo lá.
De acordo com a PF, a conta de água continuava em nome de Marconi Perillo, mesmo com a mulher de Cachoeira já morando lá.
No inquérito encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirma, como uma censura, que o governador Perillo mantém amizade com pessoa “que já foi alvo de escândalo nacional, cuja atuação no ramo de exploração ilegal de jogos de azar não é nenhum segredo”.
Escutas telefônicas feitas pela PF revelam que era forte e cotidiana a ligação do grupo de Cachoeira com funcionários do governo de Goiás, levando à demissão de três servidores ligados a Marconi: a sua ex-chefe de gabinete Eliane Pinheiro; o presidente do Detran, Edivaldo Cardoso; e o procurador-geral do estado, Ronald Bicca.

Carlinhos Cachoeira ameaçou romper com Marconi Perillo
Em meados do ano passado, contrariado com a perda de contratos da Delta no entorno do Distrito Federal, Carlinhos Cachoeira ameaçou romper a aliança que dizia ter com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Avisado por um interlocutor de ambos, Marconi teria tentado marcar uma audiência privada com o contraventor para resolver o impasse
Os diálogos, gravados pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, ocorreram em julho. Após afirmar, em discurso na companhia de saneamento de Goiás (Saneago), que iria acabar com o monopólio da Delta, Marconi provoca a ira de Cachoeira e Demóstenes Torres, que o chamam de “maluco” e “vigarista” e asseguram que jogarão duro com ele. Dias depois, Marconi teria mandado dizer a Cachoeira que houve um mal entendido.
O bicheiro demonstra indignação em 14 de julho, após saber do discurso de Marconi pelo vereador de Goiânia Santana Gomes (PMDB). A indignação é compartilhada com o ex-diretor da Delta Cláudio Abreu, o ex-presidente da Câmara de Goiânia e braço direito de Cachoeira, Wladimir Garcez, e Demóstenes, que orienta sobre o tratamento que deve ser ado ao governador.
— Professor, você não fraqueja aí não, pô. Os caras têm que mandar um recado duro pra ele. Manda o Edvaldo (Edvaldo Cardoso, ex-presidente do Detran) entregar o cargo, que ele (Marconi) vai ficar doido nesse trem. Esse cara não tem jeito, não. Ele cada hora fala um trem, pô. Joga leve não. Joga pesado, não deixa barato esse trem não. Ele é desqualificado demais. Essa foi de pé no saco — explica Demóstenes, que se diz estupefato com as declarações de Marconi contra a Delta: — Tem que ter respeito né rapaz... esse cara... É maluco, né? Só pode... porque bêbado naquela hora da manhã não tava.
— A gente tem que explodir esse vigarista — responde o bicheiro.
Após a conversa, Cachoeira segue os passos de Demóstenes. Após duas audiências agendadas e desmarcadas, Marconi teria recebido Edvaldo no gabinete. Na saída, Edvaldo liga para Cachoeira:
— Me recebeu lá na salinha lá... Falou que houve um mal entendido aí, que não foi dessa forma (o discurso), e que quer falar é com você. (...) Ele quer falar com você quinta-feira. Ele quer só você e ele, na minha casa.
Mas, seguindo a orientação de Demóstenes de jogar duro, no dia 21 de julho Cachoeira manda Edvaldo informar que não poderá ir ao encontro:
— (Para o governador) sentir que tô contrariado.
Mais tarde, Cachoeira quer saber a reação de Marconi. Edvaldo responde:
— Ele quer falar com você. Que quer te atender, que gosta de você, tal e tal. Ele quer uma conversa ele e você.
Governador de Goiás nega compromisso com bicheiro
Por meio de sua assessoria de imprensa, o governador de Goiás, Marconi Perillo, afirmou que “nunca teve nenhum tipo de compromisso, com ele ou com quaisquer pessoas que não fosse de interesse público, e dentro de um projeto de governo em favor dos goianos e aprovado nas urnas numa disputa contra tudo e contra todos os poderosos de Goiás e do Brasil”.
Marconi Perillo ainda diz que “não confirma” os recados atribuídos a ele nas conversas entre Carlinhos Cachoeira e Edvaldo Cardoso, ex-presidente do Detran. “Essa pergunta deve ser endereçada ao senhor Edvaldo Cardoso”, diz a assessoria.