O impasse sobre a saída do ditador líbio continua, e a coalizão investe em armas para forçar a queda de Kadafi
A insurgência líbia, que completou 100 dias ontem, voltou a insistir que a renúncia de Muammar Kadafi é condição inegociável para solucionar o conflito no país. O presidente sul-africano, Jacob Zuma, seguiu ontem para Trípoli com a meta de apresentar ao ditador uma "estratégia de saída".
"Passados 100 dias do começo desta revolução abençoada, vemos vitórias em níveis nacional e internacional", comemorou o presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdeljalil.
"Temos que celebrar o que nossos filhos heróicos fizeram em Misrata e nas montanhas de Nefusa", afirmou, referindo-se aos dois enclaves da oposição situados a leste e sudoeste de Trípoli, que há semanas resistem às tropas leais ao regime.
"Da mesma forma, temos que aplaudir o amplo apoio internacional à nossa revolução", que começou em fevereiro em Benghazi e Al-Baida, a leste, após a derrubada dos regimes vizinhos no Egito e na Tunísia.
Um mês depois, uma coalizão internacional, agindo sob um mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), lançou uma campanha de ataques aéreos, que ainda continua, contra Kadafi, sob o pretexto de proteger a população civil.
Entretanto, à medida que a operação militar avança no tempo e o ditador parece decidido a permanecer o poder, que mantém há 42 anos, a solução aponta cada vez mais por um rumo diplomático, e não militar.
A Rússia, tradicional aliado de Trípoli, surpreendeu na sexta-feira (27) ao declarar, durante a cúpula do G8 em Deauville, França, que se unia às potências ocidentais na opinião de que Muammar Kadafi deve mesmo abandonar o poder.
"Gostaria de saudar a posição adotada pelo G8", declarou Abdeljalil, insistindo que "nenhuma negociação é possível antes da renúncia (de Kadafi) e de seu regime".
O presidente sul-africano Jacob Zuma deve se reunir hoje com o ditador, para discutir com ele uma estratégia de saída honrosa.
Para o governo, porém, nenhuma mediação é possível a não ser da União Africana (UA), que já apresentou um "mapa do caminho" aceito pelo regime, mas rejeitado pelo CNT.
Ao mesmo tempo, o governo líbio rejeitou a proposta de mediação feita por Moscou na sexta, alegando que não aceitará nada que deixe de lado o plano de paz elaborado pela UA.
Combates
Enquanto permanece o impasse sobre a saída de Muammar Kadafi e o futuro político do país, os combates continuam.
No sábado (28), o bairro de Bab Al Aziziya, onde fica o complexo residencial de Kadafi, foi alvo de mais bombardeios da coalizão, que, segundo a Otan, foram dirigidos contra um centro de comando e controle.
O Reino Unido declarou, ontem, que vai acrescentar as chamadas bombas "bunker-busting" ao arsenal que os seus aviões estão usando na Líbia. A arma é uma mensagem clara a Kadafi de que é hora de desistir.
As "bunker-bustings" (destruidora de edificações) pesam uma tonelada cada uma e podem penetrar no interior de prédios. Elas já teriam chegado na base italiana de onde os aviões britânicos partem para a Líbia.
Os britânicos e outros países da Otan intensificam a ação militar contra a Líbia para tentar terminar com o impasse atual, pelo qual Kadafi se mantém no poder apesar de semanas de ataques aéreos e ações de rebeldes.
"Não estamos tentando atingir fisicamente pessoas do círculo de Kadafi, mas estamos enviando mensagens cada vez mais claras", disse o ministro da Defesa britânico, Liam Fox.
A insurgência líbia, que completou 100 dias ontem, voltou a insistir que a renúncia de Muammar Kadafi é condição inegociável para solucionar o conflito no país. O presidente sul-africano, Jacob Zuma, seguiu ontem para Trípoli com a meta de apresentar ao ditador uma "estratégia de saída".
"Passados 100 dias do começo desta revolução abençoada, vemos vitórias em níveis nacional e internacional", comemorou o presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdeljalil.
"Temos que celebrar o que nossos filhos heróicos fizeram em Misrata e nas montanhas de Nefusa", afirmou, referindo-se aos dois enclaves da oposição situados a leste e sudoeste de Trípoli, que há semanas resistem às tropas leais ao regime.
"Da mesma forma, temos que aplaudir o amplo apoio internacional à nossa revolução", que começou em fevereiro em Benghazi e Al-Baida, a leste, após a derrubada dos regimes vizinhos no Egito e na Tunísia.
Um mês depois, uma coalizão internacional, agindo sob um mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), lançou uma campanha de ataques aéreos, que ainda continua, contra Kadafi, sob o pretexto de proteger a população civil.
Entretanto, à medida que a operação militar avança no tempo e o ditador parece decidido a permanecer o poder, que mantém há 42 anos, a solução aponta cada vez mais por um rumo diplomático, e não militar.
A Rússia, tradicional aliado de Trípoli, surpreendeu na sexta-feira (27) ao declarar, durante a cúpula do G8 em Deauville, França, que se unia às potências ocidentais na opinião de que Muammar Kadafi deve mesmo abandonar o poder.
"Gostaria de saudar a posição adotada pelo G8", declarou Abdeljalil, insistindo que "nenhuma negociação é possível antes da renúncia (de Kadafi) e de seu regime".
O presidente sul-africano Jacob Zuma deve se reunir hoje com o ditador, para discutir com ele uma estratégia de saída honrosa.
Para o governo, porém, nenhuma mediação é possível a não ser da União Africana (UA), que já apresentou um "mapa do caminho" aceito pelo regime, mas rejeitado pelo CNT.
Ao mesmo tempo, o governo líbio rejeitou a proposta de mediação feita por Moscou na sexta, alegando que não aceitará nada que deixe de lado o plano de paz elaborado pela UA.
Combates
Enquanto permanece o impasse sobre a saída de Muammar Kadafi e o futuro político do país, os combates continuam.
No sábado (28), o bairro de Bab Al Aziziya, onde fica o complexo residencial de Kadafi, foi alvo de mais bombardeios da coalizão, que, segundo a Otan, foram dirigidos contra um centro de comando e controle.
O Reino Unido declarou, ontem, que vai acrescentar as chamadas bombas "bunker-busting" ao arsenal que os seus aviões estão usando na Líbia. A arma é uma mensagem clara a Kadafi de que é hora de desistir.
As "bunker-bustings" (destruidora de edificações) pesam uma tonelada cada uma e podem penetrar no interior de prédios. Elas já teriam chegado na base italiana de onde os aviões britânicos partem para a Líbia.
Os britânicos e outros países da Otan intensificam a ação militar contra a Líbia para tentar terminar com o impasse atual, pelo qual Kadafi se mantém no poder apesar de semanas de ataques aéreos e ações de rebeldes.
"Não estamos tentando atingir fisicamente pessoas do círculo de Kadafi, mas estamos enviando mensagens cada vez mais claras", disse o ministro da Defesa britânico, Liam Fox.
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