Foto: ANTÔNIO CRUZ/FOLHA DA MANHÃ/AE
JUSTIÇA DIZ QUE PRESIDENTE DA CÂMARA DEVE ASSUMIR A PREFEITURA EM ATÉ 24 HORAS E O VEREADOR NELSON NAHIM (DIR.) MARCA SUA POSSE PARA AS 15H, MAS A PREFEITA CASSADA ROSINHA GAROTINHO PERMANECE DENTRO DA SEDE DO GOVERNO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES (RJ) COM DEZENAS DE APOIADORES
247 – A Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes determinou que o presidente da Câmara de Vereadores, Nelson Nahim, deve assumir a prefeitura da cidade em até 24 horas. Nahim marcou a posse para as 15h desta sexta-feira. A prefeita eleita da cidade, Rosinha Garotinho, foi cassada por decisão da 100ª Zona Eleitoral da cidade na quarta-feira, mas permanece desde então aquartelada na sede do governo com centenas de apoiadores, que se instalaram com tendas e barracas no pátio e no estacionamento da prefeitura e se negam a deixar o local.
O expediente na prefeitura tem seguido como se nada tivesse acontecido e a prefeita diz aguardar para qualquer hora desta sexta-feira a decisão sobre o recurso apresentado por seus advogados pedindo a suspensão da cassação. A decisão sobre o recurso cabe ao desembargador Sérgio Schwaitzer, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Rosinha já disse que não deixa a prefeitura enquanto o recurso não for julgado, do contrário só deixa o local presa.
Em seu blog pessoal, o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) escreveu na manhã desta sexta-feira que se dirigia á prefeitura de Campos para “acompanhar tudo ao lado dela (Rosinha) e dos meus filhos”. Ele chegou à sede do governo por volta das 12h30. Assim como a esposa, Garotinho também foi condenado pela Justiça de Campos por abuso do poder econômico. A decisão foi baseada em entrevista concedida por Rosinha ao marido – que também é radialista – em 2008, na rádio Diário, pouco antes das eleições municipais daquele ano.
O deputado se defende: “A Oposição em Campos composta na sua grande maioria de políticos corruptos, alguns blogs e um jornal decadente tenta passar à opinião pública que estamos contra a Justiça. Isso não é verdade. O que estamos contra é uma sentença previamente anunciada, com mais de 15 dias de antecedência e cheia de erros”.
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