Troy Davis havia sido condenado à morte pelo assassinato de um policial em 1989
Efe
WASHINGTON - Após quatro horas de deliberação, a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou na quarta-feira, 21, um pedido da defesa de Troy Davis, condenado à morte pelo assassinato de um policial em 1989. O réu foi executado à 0h08 desta quinta, 22, (horário de Brasília), no estado da Geórgia.
Tami Chappell/Reuters
Manifestante segura cartaz contra a execução de Troy Davis
Centenas de manifestantes se concentraram nos arredores da prisão de Jackson para pedir clemência para Davis diante das dúvidas sobre sua culpabilidade, segundo mostraram as emissoras de televisão.
O caso de Davis, apresentado por sua defesa como um negro condenado injustamente pela morte de um branco, reabriu o debate sobre a pena de morte nos Estados Unidos.
Entre os que pediram pela comutação da pena máxima contra Davis estão o papa Bento XVI e o ex-presidente americano Jimmy Carter, assim como 1 milhão de pessoas no mundo todo em uma campanha de assinaturas.
Davis, de 42 anos, que evitara a execução em três ocasiões desde 2007 e buscava fazer o mesmo ontem, foi condenado à morte em 1991 pelo assassinato de Mark MacPhail, policial da localidade de Savannah, na Geórgia.
Sete das nove testemunhas que se declararam contra Davis no julgamento se retrataram posteriormente, segundo sua defesa. No entanto, os promotores se baseiam em um relatório de balística para assegurar que Davis realmente tenha assassinado o policial.
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