Foto: REUTERS/Fahad Shadeed
NA SEMANA EM QUE A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF ABRIU A ASSEMBLEIA GERAL DA ONU DIZENDO QUE ESTE É O SÉCULO DAS MULHERES, O REI ABDULLAH, DA ARÁBIA SAUDITA, ANUNCIA QUE AS MULHERES DO PAÍS PODERÃO, ENFIM, VOTAR E SE CANDIDATAR ÀS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DO PAÍS, EM 2015
247 - Na mesma semana em que uma mulher -- a presidente Dilma Rousseff -- abriu a Assembleia Geral da ONU pela primeira vez na história, dizendo que este será o século das mulheres, a Arábia Saudita anunciou mudanças revolucionárias para melhorar a vida delas. Um dos países árabes mais conservadores do mundo vai permitir que elas votem e, quem diria, até se candidatem a cargos eletivos.
O rei Abdullah, da Arábia Saudita, anunciou neste domingo que as mulheres poderão votar e também se candidatar às eleições municipais de 2015. A medida, sem precedentes, foi antecipada pelo rei durante seu discurso anual ao Conselho Shura, que é formado unicamente por homens e funciona como uma espécie de Parlamento, mas sem poderes legislativos. Outra novidade anunciada no discurso é que o rei também indicará mulheres sauditas para se juntarem ao Conselho Shura.
As únicas eleições na Arábia Saudita são justamente as locais. As próximas estão marcadas para esta quinta-feira, 29, quando estarão em disputa metade das 285 cadeiras da Shura -- a outra metade é constituída através de homens nomeados pelo próprio rei. Mas, nestas eleições, as mulheres ainda não poderão votar ou serem votadas. A Arábia Saudita teve sua primeira eleição municipal em 2005.
As mudanças anunciadas pelo rei Abdullah foram comemoradas por ativistas que reivindicam mais direitos às sauditas -- elas não podem dirigir ou viajar desacompanhadas -- e elogiadas pelo presidente americano, Barak Obama, como um importante avanço.
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