quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ainda tem juíz em Berlim


Gilson Dipp suspende liminar que poderia liberar Cachoeira

Gilson Dipp suspende liminar que poderia liberar CachoeiraFoto: Nelson Jr/TSE

DETERMINAÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) ANULA DECISÃO DO DESEMBARGADOR TOURINHO NETO EM FAVOR DO BICHEIRO CARLINHOS CACHOEIRA

21 de Junho de 2012 às 20:40
Agência Brasil - O ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), suspendeu hoje (21) a liminar que poderia soltar o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O ministro atendeu a uma reclamação do Ministério Público Federal (MPF) contra a conduta do desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que concedeu a liberdade a Cachoeira na última sexta-feira (15).
A assessoria de imprensa do STJ confirma a decisão, dada no final desta tarde, mas ainda não divulgou os argumentos do ministro. Dipp foi relator no STJ na primeira tentativa de soltar Cachoeira. Na época, ele entendeu que o empresário não poderia ser solto porque oferecia risco à ordem pública.
Cachoeira está detido desde 29 de fevereiro como resultado da Operação Monte Carlo, que apurou esquema de corrupção, tráfico de influência e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste do país. Apesar de ter conseguido liberdade neste caso, Cachoeira não pôde ser solto do Presídio da Papuda, em Brasília, porque há outro mandado de prisão contra ele.
Cachoeira também é suspeito de participar de um esquema de fraude na área de transporte público do Distrito Federal, que foi apurado pela Operação Saint-Michel. A investigação foi conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal e pelo Ministério Público local com informações que vieram da Operação Monte Carlo.
Outra derrota 
É o segundo grande golpe que a defesa do contraventor recebe num mesmo dia, já que a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios decidiu, também nesta quinta-feira 21, que Cachoeira deve permanecer preso. Com o resultado, os advogados de Cachoeira afirmaram que vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal, por considerarem injusta a decisão.

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