Declaração foi dada em depoimento nesta terça à CPI da Delta, em Goiânia.
Jornalista nega acusação e diz que quer depor na Assembleia Legislativa.
Jornalista nega acusação e diz que quer depor na Assembleia Legislativa.
Wladimir Garcez e o advogado Ney Moura Teles, na
CPI da Delta (Foto: Ricardo Rafael/O Popular)
CPI da Delta (Foto: Ricardo Rafael/O Popular)
O ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez, apontado pela Polícia Federal como braço político do contraventor Carlos Cachoeira, presta depoimento à CPI da Delta na manhã desta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa de Goiás. Aos parlamentares, ele disse que o jornalista Luis Carlos Bordoni chantageava Cachoeira para não expor as relações dele com o senador Demóstenes Torres (sem partido). Segundo Garcez, Bordoni teria pedido R$ 200 mil.
Ao lado do seu advogado, Ney Moura Teles, Garcez conta que em 2011, o jornalista procurou Cachoeira e fez a chantagem. O próprio ex-vereador teria passado a conta da filha de Bordoni ao contador da Alberto e Pantoja, apontada nas investigações como empresa fantasma de Cachoeira. Sem citar valores, ele disse que, além dos dois depósitos já noticiados, teria sido feito um repasse em dinheiro.
Moral
Em entrevista por telefone ao G1, na manhã desta terça, o jornalista Luis Carlos Bordoni, que no início de junho disse ter recebido pagamento de empresa fantasma ligada a Cachoeirapor serviço prestado à campanha do governador Marconi Perillo (PSDB), negou as afirmações de Garcez.
“Refuto qualquer acusação, de qualquer nível e de qualquer pessoa em relação à minha moral. Quem me conhece até acha graça nessa tentativa de jogar na lama um nome que há 50 anos se dedica ao jornalismo. Quarenta anos somente em Goiás”, defende-se.
Inicialmente, Bordoni disse que não perderia tempo comentando declarações de “quem roubou R$ 7 milhões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) da Câmara Municipal”. O ex-locutor dos programas de rádio da campanha eleitoral de Perillo, em 2010, disse que quem “o usou [Garcez] deveria ter escolhido alguém com mais qualificação para falar mal de mim”.
“Quero encontrar com ele [Garcez], com o Cachoeira, com a mulher e com o governador para resolver isso. Eu quero ser chamado para depor nessa CPI [da Delta]. É um direito meu ir lá e responder às calúnias que esse cidadão levantou”, provoca o jornalista.
Monte Carlo
Wladimir Garcez foi preso no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. O ex-presidente da Câmara dos Vereadores de Goiânia ficou encarcerado até o dia 15 de junho, quando o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu um habeas corpus a ele. Garcez pode então deixar o Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia.
A decisão pela soltura foi tomada pelo desembargador Tourinho Neto e valeria caso o suspeito não estivesse preso por outro motivo. Garcez foi favorecido indiretamente por uma decisão do magistrado, que havia concedido no dia 13 de junho um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de José Olímpio de Queiroga Neto, do grupo do contraventor.
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