sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mução deve ser transferido para Recife nesta sexta


Defesa irá solicitar à Justiça pernambucana, por meio de habeas corpus, a liberdade do humorista

Material apreendido por agentes federais na operação DirtyNet / Foto: agência PF
O radialista e humorista Rodrigo Vieira Emerenciano, o "Mução", será transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Recife (PE), nesta sexta-feira, 29. Ele  foi preso durante uma operação da PF denominada "DirtyNet" (internet suja), de combate à pedofilia e pornografia infantil.

O advogado do humorista, Waldir Xavier, disse que o escritório de advocacia na capital pernambucana irá solicitar à Justiça daquele estado, por meio de habeas corpus, a liberdade de seu cliente.
Para o advogado, tudo não passou de um engano e que a investigação da Polícia Federal vai provar que Mução não tem nada a ver com o caso. De acordo com Waldir Xavier, foram terceiros que teriam usado os computadores pessoais do humorista para acessar imagens de pedofilia.

Mução apresenta um programa diário que é transmitido para vários estados. Além dele, outros dois suspeitos foram presos em flagrante em Fortaleza em cumprimento a um mandado de prisão e quatro de busca e apreensão.
Os outros dois suspeitos foram presos em flagrante durante as buscas nos imóveis investigados pela PF, onde policiais apreenderam dois HDs, diversos CDs e DVDs, além de tablets e notebooks.
Além do Ceará, o trabalho dos policiais aconteceu nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. 
 
Investigação
 
Há seis meses a PF monitora redes privadas de compartilhamento de arquivos na internet, onde foram detectadas intensas trocas de material de cunho sexual envolvendo crianças e adolescentes. Os suspeitos, valendo-se da suposta condição de anonimato na rede, trocavam milhares de arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual.
 
Além da troca de arquivos foram identificados ainda relatos de outros crimes praticados pelos envolvidos contra crianças, inclusive com menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.
 
Os brasileiros investigados compartilhavam material de pornografia infantil ainda com outros usuários da internet em mais 34 países - Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Iran, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela.
 
A Polícia Federal já comunicou através da Interpol os países envolvidos para que os seja dado prosseguimento às investigações a fim de identificar todos os envolvidos.
 
 
http://www.cnews.com.br/conteudo_noticias.aspx?id=153506

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