domingo, 22 de julho de 2012

100 atletas para ver em Londres - Parte 1



Iziane, Mayra Aguiar, Leandro Guilheiro, Anderson Varejão, 

Marílson dos Santos, Giba, Maurren Maggi, Cesar Cielo, Robert 

Scheidt, Marta, Oscar, Alison/Emanuel, Diego Hypólito e mais 87 

competidores... vão atrair os holofotes nos Jogos de Londres

Por Amauri Segalla, Mariana Barboza e Rodrigo Cardoso
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Eles são as estrelas maiores de um evento planetário, protagonizado por 10,5 mil atletas de quase 200 países, que terá uma audiência televisiva global estimada em cinco bilhões de pessoas. Nas páginas a seguir, você encontrará o perfil de 100 grandes atletas olímpicos – brasileiros ou não –, seu histórico de conquistas e as chances de vitória de cada um. Fazem parte da lista gênios como Usain Bolt, o homem mais rápido de todos os tempos, e Michael Phelps, que pode se tornar em Londres o recordista de medalhas olímpicas. Mas não estão presentes apenas os supercampeões. Você conhecerá a saga de um judoca da Palestina, a trajetória de um cavaleiro japonês que, aos 71 anos, é o atleta mais velho dos Jogos, e a irlandesa que divide sua vocação entre os ringues de boxe e os gramados de futebol. 

Esta edição especial também preparou uma surpresa: produzimos um ensaio fotográfico exclusivo com os brasileiros que têm mais chances de conquistar medalha. O trabalho é inovador. Pela primeira vez, os atletas foram retratados como praticantes de esportes diferentes daqueles que os consagraram. A ideia foi transmitir o sentido coletivo da Olimpíada: é como se todos fossem um só. Mais do que lutar por uma conquista individual, eles vão às piscinas, aos tatames, às pistas de corrida e aos ginásios defender uma nação. Fotografamos Cesar Cielo, campeão olímpico da natação, como um judoca. Esportista mais vitorioso da história olímpica do Brasil, o velejador Robert Scheidt vestiu roupas de boxe. A saltadora Maurren Maggi se transformou em uma ciclista. Que esse espírito contamine a delegação brasileira e que os atletas voltem de Londres carregados de medalhas.
1
Natação
Cesar Cielo 
(Brasil)
Concentração para o ouro
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O homem mais rápido do mundo nas piscinas tem sido discreto nos últimos dias. Ele pouco fala sobre as perspectivas para a Olimpíada, se refere aos adversários com fartos elogios e evita ao máximo a exposição gratuita. Em outras palavras: está concentrado como nunca. Cielo deve disputar quatro provas em Londres, os 50 e 100 m livre, o revezamento 4x100 m livre e o revezamento 4x100 m medley. Nas provas individuais, são grandes suas chances de medalha. Mais do que isso: nos 50 m, será surpresa se não subir ao pódio, mas o que ele espera mesmo é o bicampeonato olímpico. Atual recordista mundial da distância, não tem encontrado adversários capazes de rivalizar com ele nessa prova. Nos 100 m, a história é diferente. Embora detentor do recorde mundial – obtido com os trajes tecnológicos, que melhoram sensivelmente a performance – Cielo está atrás do australiano James Magnussen, que tem dominado com certa facilidade as competições. Mas é bom não duvidar. Em Pequim, ninguém dava nada por ele nessa prova e mesmo assim o bronze veio. Cielo é Cielo. Quando ver: 29 de julho: 8h05 e 16h54 / 31 de julho: 6h e 15h30 / 1º de agosto: 16h17 / 2 de agosto: 6h e 15h30 / 3 de agosto: 8h04 e 16h09 / 4 de agosto: 16h27
2
Vela
Robert Scheidt 
(Brasil)
Prestes a ser o maior de todos
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O velejador Robert Scheidt nunca foi embora de uma Olimpíada sem levar medalha para casa. O paulista é dono de dois ouros (Atenas-2004 e Atlanta-1996) e duas pratas (Pequim-2008 e Sydney-2000). Em Londres, fará dupla com Bruno Prada na classe Star e disputa as regatas na condição de principal favorito da categoria. Se conquistar o tricampeonato olímpico, Scheidt coloca um ponto-final na discussão sobre o maior atleta da história do Brasil fora do futebol: ele, claro. Desde os 11 anos, quando foi campeão sul-americano de Optimist, no Chile, o velejador está acostumado a vencer. Hoje, acumula mais de 160 títulos na carreira. Daqueles tempos, guarda uma superstição: sempre carrega um peão de jogo de xadrez que encontrou antes de uma competição em Florianópolis, em 1984. Acostumado a treinar em Ilhabela, no litoral paulista, Scheidt não deve enfrentar problemas com as condições climáticas da raia britânica de Weymouth. O local é conhecido pelos ventos fortes, exatamente do jeito que ele gosta de velejar.Quando ver: 29 de julho: 8h / 30 de julho: 8h / 31 de julho: 8h / 2 de agosto: 8h / 3 de agosto: 8h / 5 de agosto: 9h
3
Atletismo / Salto em distância
Maurren Maggi
 (Brasil)
Isso é que é volta por cima
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Maurren Maggi vai a Londres de um jeito bem diferente do que chegou a Pequim, em 2008. Naquela época, a atleta voltava desacreditada de uma suspensão de dois anos por ter sido pega em um exame antidoping (foi flagrada, segundo alegou, pelo uso de uma substância presente em um creme cicatrizante). Na competição chinesa, atingiu a marca de 7,04 m no salto em distância e garantiu a medalha de ouro por 1 centímetro de vantagem sobre a russa Tatiana Lebedeva. Numa incrível reviravolta, saiu de Pequim carregando a bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento dos Jogos, com a promessa de chegar à Inglaterra como o nome mais importante do atletismo do País. Depois disso, Maurren, hoje com 36 anos, tornou-se tricampeã pan-americana e manteve o recorde sul-americano em sua categoria. Na preparação para a Olimpíada de 2012, sofreu uma lesão leve no quadril e desistiu de competir no Troféu Brasil e no Campeonato Ibero Americano. Mas está recuperada para lutar pelo bi. Quando ver: 7 de agosto: 15h05 /  8 de agosto: 16h05
4
Vôlei
Gilberto Godoy Filho (Giba) 
(Brasil)
O ato final de um craque
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Giba é o jogador mais carismático – e provavelmente o melhor – da história do vôlei brasileiro. Em sua lista de conquistas pela seleção constam duas medalhas olímpicas (ouro em Atenas-2004 e prata em Pequim-2008), três campeonatos mundiais (2002, 2006 e 2010) e oito ligas mundiais (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010). Em muitas dessas conquistas, era o capitão e alma do time de Bernardinho. Com um histórico de superações na vida – venceu até uma leucemia –, chega a Londres depois de uma sequência de contusões que quase ameaçaram sua participação na competição. Aos 35 anos, o esforço para voltar a jogar em alto nível tem razão de ser. Londres-2012 marcará a despedida de Giba da seleção após a presença em quatro Olimpíadas (sempre como destaque do time nacional) e 16 anos de dedicação permanente. A aposentadoria oficial do vôlei ainda não tem data, já que o atleta seguirá jogando no Cimed Esporte Clube, de Santa Catarina. Quando ver: 29 de julho: 18h / 31 de julho: 18h / 2 de agosto: 16h / 4 de agosto: 18h / 6 de agosto: 18h / Fase final: 8, 10 e 12 de agosto
5
Atletismo / Maratona
Marílson dos Santos 
(Brasil)
Corrida contra os africanos
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Bastam alguns minutos de conversa para simpatizar imediatamente com o maratonista Marílson Gomes dos Santos. Sujeito boa-praça, tímido e humilde nas declarações, ele não parece ser um gigante do esporte brasileiro. Mas nada mais justo do que o colocar nesta lista. Duas vezes vencedor da maratona de Nova York, em 2006 e 2008 (foi o primeiro sul-americano a alcançar o feito), e campeão pan-americano (em 2011), Marílson é o maior corredor de grandes distâncias fora do continente africano. Não é pouca coisa. Em uma modalidade dominada principalmente por quenianos (ele é o único não nascido neste país que está entre líderes do ranking mundial da maratona), o brasileiro tem o desafio de deter os homens que estão quebrando todos os paradigmas nas corridas de longa distância. Mas ele não se dá por vencido: alguns dos africanos escalados para Londres já foram derrotados por ele em outras competições. Quando ver: 12 de agosto: 7h

6
Futebol
Marta Vieira da Silva 
(Brasil)
A maior da história?
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Marta é um fenômeno. Nascida em Dois Riachos, pequena cidade de Alagoas, a atacante levou o futebol feminino a um patamar jamais conquistado no Brasil (País que, a propósito, ainda esconde um ranço machista no esporte da bola). Marta foi a primeira (e por enquanto única) mulher a ter sua marca no hall da fama do Maracanã e ser eleita nada menos que cinco vezes consecutivas a melhor jogadora do mundo pela Fifa, algo que nenhum marmanjo de chuteiras jamais conseguiu. Pela seleção, possui a incrível média de mais de um gol marcado por jogo, conquistou duas medalhas de pratas olímpicas e um vice-campeonato mundial. E isso tudo com apenas 26 anos. Reconhecida internacionalmente – ganhou da revista americana Time o apelido de “Pelé de saias” –, joga atualmente no Tyresö FF, da Suécia. Em Londres, terá a chance de, enfim, gravar seu nome na história da Olimpíada. Quando ver: Fase classificatória 25 de julho: 14h45 / 28 de julho: 10h30 / 31 de julho: 15h45 / Fase final 3, 6 e 9 de agosto
7
Judô
Leandro Guilheiro
 (Brasil)
Preparação com japoneses
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Pergunte a qualquer técnico de judô no Brasil e ele vai apontar o paulista Leandro Guilheiro como um dos maiores nomes do esporte no País. Dono de duas medalhas de bronze olímpicas (Atenas-2004 e Pequim-2008), Guilheiro pode quebrar uma marca em Londres: ser o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas na história dos Jogos. O judoca de 28 anos é favorito ao pódio – para muitos, ao ouro – na categoria até 81 quilos. E com uma vantagem: pela primeira vez, chega a uma competição olímpica sem sofrer com lesões. A equipe brasileira de judô jamais passou por uma preparação tão caprichada. Dois meses antes do início das competições em Londres, Guilheiro foi ao Japão, berço do judô, treinar com a equipe olímpica daquele país. Saiu de lá com a certeza renovada de que pode enfrentar qualquer atleta e está mais pronto do que nunca para chegar ao topo dos tatames. Quando ver: 31 de julho: a partir das 5h30
8
Vôlei de praia
Alison e Emanuel 
(Brasil)
A dupla mais temida
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Parceiros no vôlei de praia por acaso, Alison e Emanuel jamais estiveram juntos em uma competição olímpica. Maior vencedor da história do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, Emanuel, de 39 anos, participou de quatro edições dos Jogos com Ricardo e trouxe da experiência uma medalha de ouro (Atenas-2004) e uma de bronze (Pequim-2008). Em 2010, quando iniciava o ciclo de treinamentos para Londres, Emanuel se viu sem o companheiro de longa data, que sofreu uma séria lesão. Foi assim que Alison, 13 anos mais jovem, apareceu na história. A sintonia foi perfeita. Em 2011, os dois passaram a liderar o ranking mundial – e de lá não saíram mais. Todos os prognósticos apontam a dupla brasileira como o time a ser batido. Até os americanos Todd Rogers e Phil Dalhausser, atuais campeões olímpicos, declararam que os brasileiros estão alguns passos (ou cortadas) à frente dos rivais. Quando ver: 28, 29, 30 e 31 de julho: a partir das 5h / 1º de agosto: a partir das 5h / 2 de agosto: a partir das 7h / 3 e 4 de agosto: a partir das 5h / 6 e 7 de agosto: a partir das 14h / 9 de agosto: a partir das 15h
9
Ginástica / Solo
Diego Hypólito 
(Brasil)
Sangue nos olhos
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Uma das cenas mais dramáticas dos Jogos de Pequim foi protagonizada pelo ginasta paulista Diego Hypólito. Depois de cair nos exercícios de solo, erro que custou a medalha dada como certa, Hypólito arregalou os olhos, colocou as mãos na boca e mostrou para o mundo o tamanho de seu desespero. Desde o acidente de percurso, ele perdeu espaço na mídia e passou a ser considerado acabado para o esporte. Os resultados que se seguiram, porém, mostraram que os críticos foram severos demais. Ele continuou frequentando a lista dos melhores do mundo em sua categoria, subiu ao pódio em torneios importantes e, passados quatro anos, não encontrou rivais à sua altura no Brasil. Mais maduro e com a consciência limpa de quem não tem nada a perder, Hypólito sabe que Londres pode representar sua oportunidade definitiva. Aos 25 anos, idade considerada alta para o esporte, ele chega a Londres como sério candidato ao pódio.Quando ver: 5 de agosto: 10h
10
Basquete
Anderson Varejão
 (Brasil)
O maluco da NBA
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Estrela do Cleveland Cavaliers, da NBA, o capixaba Anderson Varejão é uma unanimidade entre a torcida. Não só pela habilidade com que desarma os adversários e consegue rebotes (foi o quarto maior reboteiro da temporada passada na liga profissional do basquete americano), mas pelo carisma marcante dentro das quadras. É da natureza de Varejão atrair os holofotes. A começar pela cabeleira encaracolada. O sucesso nos Estados Unidos é tanto que os torcedores do Cleveland até criaram o “Varejão Day”, dia em que lotam o ginásio vestindo perucas iguais ao cabelo dele – que é natural, por sinal. O pivô foi revelado no tradicional time do Franca Basquetebol Clube, no interior de São Paulo, em 1998. De lá, foi para a Espanha e para a seleção brasileira, até chegar à NBA. Para Londres, é um dos homens de confiança de Rubén Magnano, técnico argentino que tem reconduzido a seleção brasileira ao lugar que merece. Quando ver: 29 de julho: 7h15 / 31 de julho: 12h45 / 2 de agosto: 12h45 / 4 de agosto: 12h45 / 6 de agosto: 16h / Fase final: 8, 10 e 12 de agosto
11
Tênis de mesa
Hugo Hoyama 
(Brasil)
O veterano da bolinha
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Praticamente uma instituição esportiva nacional, Hoyama está com 43 anos e já ganhou 15 medalhas em Jogos Panamericanos desde sua estreia em Indianápolis (1987) – dessas 15, 10 são de ouro, um número impressionante. Londres marcará sua quinta, e talvez última, participação em Olimpíadas. Até agora sua melhor colocação foi um 9º. lugar em Atlanta (1996) e mesmo que agora não tenha lá muitas chances de subir no pódio (tanto de individuais quanto de duplas), Hoyama quer pelo menos melhorar sua posição. Jogando e lutando sempre. Quando ver: (inviduais) 28 de julho: 05h45 e 12h / 29 de julho: 7h / 30 de julho: 6h e 15h / 31 de julho: 16h / 1º de agosto: 6h / 2 de agosto (fase final): 6h // (duplas) 3 de agosto: 15h / 4 de agosto: 6h / 5 de agosto: 6h / 6 de agosto: 10h30 e 15h / 8 de agosto (fase final): 7h
12
Judô
Mayra Aguiar
 (Brasil)
Ela treina com homens
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No Brasil, não é fácil a vida de uma judoca que é grande. Lutadora da categoria meio-pesados (para atletas até 78 quilos), a gaúcha Mayra Aguiar tem dificuldade para se exercitar com mulheres de seu tamanho – elas são poucas. Resultado: Mayra treina principalmente com homens do Clube Sogipa, em Porto Alegre. Mas isso está longe de ser uma desvantagem. Acostumada a encarar, nos treinamentos, atletas mais fortes, a brasileira passou a triturar adversárias no circuito mundial. Em 2010, fez história ao se tornar a primeira brasileira finalista de uma edição do Campeonato Mundial. Ficou com a prata, mas saiu com a certeza de que pode encarar qualquer uma. Em 2011, conquistou a medalha de bronze no mesmo torneio, mas ficou evidente que faltavam pequenos detalhes para chegar ao topo. Em 2012, assumiu a liderança mundial de sua categoria. E isso com apenas 20 anos. Quando ver: 2 de agosto: a partir das 5h30
13
Futebol
Oscar Emboaba Júnior
 (Brasil)
Chega de encrencas
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O ano de 2012 tem oferecido fortes emoções ao meia Oscar, do Internacional. Envolvido em uma disputa jurídica com seu ex-clube, o São Paulo, ele chegou a ficar dois meses sem jogar e até correu o risco de perder a temporada. Depois de uma dura do técnico da seleção, Mano Menezes, Oscar resolveu suas pendências com a equipe paulista e, como se estivesse com a motivação renovada, jogou como nunca com a camisa do Brasil. Em uma série de amistosos preparatórios para a Olimpíada, não só foi o destaque do time como ofuscou por completo o atacante santista Neymar, até então maior craque do futebol brasileiro. Aos 20 anos, vai para a Olimpíada com a missão de ajudar o País a conquistar um título que jamais conseguiu. Seu histórico em competições oficiais é altamente positivo: em 2011, foi o maestro da seleção campeã mundial sub-20. Quando ver:  Fase classificatória 26 de julho: 15h45 / 29 de julho: 11h / 1º de agosto: 10h30 / Fase final 4, 7, 10 e 11 de agosto
14
Basquete
Nenê 
(Brasil)
Um pivô de altos e baixos
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Primeiro jogador brasileiro a ser levado a sério na NBA, o paulista Maybyner Rodney Hilário, o Nenê, tem uma trajetória tão vitoriosa quanto conturbada. Pivô com excelente média de 14 pontos por jogo na liga profissional americana, ele jamais se destacou na seleção brasileira, tendo inclusive pedido dispensa de convocações em diversas oportunidades. Em 2008, afastou-se das quadras para operar um tumor nos testículos, recuperou-se e atingiu logo depois os melhores resultados da carreira. Agora com 29 anos, diz estar focado no sonho de conquistar uma medalha olímpica. Quando ver: 29 de julho: 7h15 / 31 de julho: 12h45 / 2 de agosto: 12h45 / 4 de agosto: 12h45 / 6 de agosto: 16h / Fase final: 8, 10 e 12 de agosto
15
Boxe
Everton Lopes
 (Brasil)
Romance nos ringues
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Ex-lavador de carros, Everton Lopes é o atual campeão mundial dos médios-ligeiros (até 64 kg) e promete se manter focado na briga por medalha – mesmo com a namorada por perto. A amada é a porto-riquenha Kiria Tapia, campeã pan-americana de boxe, que vai competir em Londres por seu país. Em sua segunda Olímpiada, o baiano, que começou a lutar aos 16 anos em São Paulo, quase foi para o Santos se dedicar ao futebol. Por um desses acasos do destino, a mãe não permitiu. Agora, além do treinamento pesado, a preparação inclui espalhar frases motivacionais pelos lugares por onde passa. Quando ver: 31 de julho: 10h45 / 4 de agosto: 10h30 / 8 de agosto: 17h30 / 10 de agosto: 10h30 / 11 de agosto: 17h15
16
Atletismo / Maratona
Paula Radcliffe
 (Inglaterra)
A última chance de um mito


A economista britânica Paula Radcliffe é uma das maiores atletas da história, detentora das três melhores marcas de todos os tempos da maratona e campeã mundial da distância. Apesar de ser um fenômeno do esporte, Paula enfrenta uma sina: jamais ganhou medalha olímpica. Nos Jogos de Atenas, em 2004, desistiu no meio da prova e as imagens dela sentada no meio-fio, aos prantos, correram o mundo. Em Pequim, decepcionou com o 23º lugar. Aos 38 anos, Paula tem em Londres uma última oportunidade de gravar seu nome na memória olímpica. Quando ver: 5 de agosto: 7h
17
Atletismo / Salto em distância
Mauro Vinícius da Silva 
(Brasil)
Virada na carreira
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Primeiro, ele tentou o futebol, mas não deu certo. De tão veloz, migrou para o atletismo e chegou a ser campeão do Troféu Brasil no revezamento 4x100 m. Mas a verdadeira vocação era outra – o salto em distância. O paulista Mauro Vinícius da Silva teve uma participação discreta em Pequim, em 2008 (ficou em 2º lugar) e parecia que ficaria por ali mesmo. Nada disso. Em março, surpreendeu com o título no Campeonato Mundial Indoor na Turquia, o suficiente para a Federação Internacional de Atletismo colocá-lo na lista dos candidatos a medalha em Londres. Quando ver: 3 de agosto: 15h50 / 4 de agosto: 15h55
18
Atletismo / 100 e 200 metros
Jamaica

Esquadrão da velocidade
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Usain Bolt é um mito do esporte, dono das melhores marcas da história nos 100 e 200 m. Yohan Blake é o atual campeão mundial dos 100 m e detém a segunda melhor marca de todos os tempos nos 200 m. Asafa Powell é ex-recordista dos 100 m e faturou o ouro na prova de revezamento em Pequim, em 2008. O que eles têm comum? Todos são jamaicanos e, a não ser que surpresas aconteçam, devem colecionar medalhas nas competições de velocidade em Londres. Não estranhe se, na prova mais rápida do atletismo, os jamaicanos faturarem ouro, prata e bronze. Quando ver: 4 de agosto: 6h e 8h30 / 5 de agosto: 15h45 e 17h50
19
Atletismo / 110 metros com barreiras
Liu Xiang 
(China)
O pesadelo acabou


Nos Jogos de Pequim, em 2008, o corredor Liu Xiang comoveu a China ao desistir, por contusão, de disputar uma eliminatória dos 110 m com barreira. Campeão olímpico quatro anos antes e recordista mundial, Xiang era a maior estrela chinesa da competição. Depois, descobriu-se que sua lesão era grave e, para piorar, uma série de cirurgias colocou em xeque a continuidade de sua carreira. Em 2011, voltou, enfim, a apresentar a velha forma. Agora, chega a Londres com a melhor marca do ano, pronto para recuperar o título olímpico. Quando ver: 7 de agosto: 6h10 / 8 de agosto: 15h15 e 17h15
20
Handebol
Ana Paula Rodrigues 
(Brasil)
Explosão nas quadras
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Jogadora rápida e de grande explosão, Ana Paula Rodrigues deu os primeiros arremessos no handebol aos 12 anos, ao mesmo tempo em que jogava capoeira e futebol. A maranhense de São Luís, fã de Ayrton Senna, sagrou-se campeã pan-americana nos Jogos de Guadalajara, no México, e esteve na Olimpíada de Pequim-2008, quando o Brasil conquistou a nona colocação. Com a experiência de quem atua na Europa, Ana Paula, de 24 anos, é a líder da equipe brasileira que tenta a inédita medalha nesse esporte.Quando ver: Fase de classificação 28 de julho: 10h30 / 30 de julho: 15h30 / 1° de agosto: 12h15 / 3 de agosto: 12h15 / 5 de agosto: 7h15 / Fase final 7 de agosto: 6h / 9 de agosto: 13h e 16h30 / 11 de agosto: 13h e 16h30
21
Judô
Leandro Cunha 
(Brasil)
Dá-lhe, Coxinha!
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Coxinha, como ele é conhecido, detém o título de campeão da simpatia entre os integrantes da seleção brasileira de judô. Atual medalhista de ouro no pan-americano de Guadalajara e vice-campeão mundial em 2010 e 2011, o paulista Leandro Cunha criou o hábito de levar para o seu mestre no judô as coxinhas que sua mãe prepara em casa para vender. Daí o apelido do judoca. Experiente, aos 31 anos tem sua chance derradeira de medalha olímpica. É candidato forte ao pódio. Quando ver: 29 de julho: a partir das 5h30
22Atletismo / Maratona
Quênia
Favoritos ao ouro, prata e bronze


Em 2011, as 20 melhores marcas da maratona foram obtidas por quenianos. O recorde mundial é do Quênia. Nos Jogos de Pequim, em 2008, o ouro foi para um atleta daquele país. Quais as chances de um esportista de outra nacionalidade vencer os 42.195 m em Londres? Convenhamos: poucas. Para alguns especialistas, nenhuma. Daí a expectativa para a convocação dos três quenianos para a Olimpíada. Wilson Kipsang (vencedor da última Maratona de Londres, em 2012), Abel Kirui (bicampeão mundial) e Emmanuel Mutai (recordista da Maratona de Londres) foram os eleitos. O anúncio trouxe surpresas: a confederação local se deu ao luxo de esnobar o recordista mundial Patrick Makau.Quando ver: 12 de agosto: 7h
23
Badminton
Lin Dan 
(China)
Até agora, ele foi imbatível
Ok, badminton (espécie de vôlei jogado com raquetes) não é um esporte popular no Brasil, mas se você gosta de ver craques em ação vale a pena assistir aos jogos do chinês Lin Dan. Tetracampeão mundial e campeão olímpico em Pequim, é o único jogador da história a ter vencido os nove principais torneios de badminton do planeta. Dan detém ainda a impressionante marca de 75 vitórias consecutivas, algo jamais repetido na modalidade. Considerado o maior jogador de todos os tempos, vai tentar ser em Londres, aos 29 anos, o primeiro bicampeão olímpico. Quando ver: 5 de agosto: a partir das 5h
24
Esgrima
Valentina Vezzali 
(Itália)
Em guarda
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A Itália é celeiro de belas e sedutoras mulheres – no esporte não é diferente. Habituée das listas de musas olímpicas, a esgrimista Valentina Vezzali, de 38 anos, prova que beleza também pode conviver com força. Olhos claros, cabelos tratados e corpo esguio formam o conjunto da atleta, que tem em seu currículo cinco medalhas de ouro. Mais: ela foi a primeira na história a conseguir três medalhas de ouro na esgrima individual (Sidney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008). Casada com um jogador de futebol, é mãe de dois filhos. Quando ver: 1º de agosto: a partir das 9h10
25
Vôlei
Destinee Hooker 
(EUA)
Ela bota para quebrar


Para ela, cortar uma bola acima do bloqueio é uma ação tão corriqueira quanto uma enterrada  para um pivô de basquete. Destinee Hooker herdou  a impulsão do berço: A ponteira-oposto é filha de um ex-jogador da NBA e praticou salto em distância antes de se firmar no vôlei. Em 2012, Hooker, que nasceu na Alemanha e se naturalizou americana, foi campeã da Superliga pelo Sollys/Osasco. Também foi notícia ao lesionar a mão direita após dar um soco na mesa de casa em discussão por telefone com o namorado. Na quadra ou fora dela, essa craque de 24 anos bate forte. Quando ver:Fase classificatória 28 de julho: 16h / 30 de julho: 12h45 / 1, 3 e 5 de agosto: 16h / Fase final 7, 9 e 11 de agosto
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