A uma semana após o fim das eleições e a ofensiva oposicionista ao governo reeleito da presidenta Dilma avança despudoradamente tentando colocar em discussão uma agenda que foi derrotada nas urnas para impedir que o governo reeleito dê continuidade ao programa de mudanças que o eleitor escolheu para os próximos quatro anos.
O PSDB tenta com base em suspeitas genéricas de militantes que trafegam no submundo das redes sociais, fazendo a política rastaquera, de assassinato de reputações, baseada em mentiras e sofismas, melar o processo eleitoral ao requerer com o apoio do candidato derrotado Aécio Neves, a recontagem de todos os votos, sem apresentar especificamente em que casos houve eventuais fraudes que justifiquem colocar sob suspeição a votação por meio das urnas eletrônicas.
O TSE considera que o pedido é um ataque a todo sistema eleitoral e a democracia brasileira, além de levar a imagem do país a um imenso desgaste internacional. Os tucanos não questionam a votação em primeiro turno obtida por Aécio em São Paulo, algo de extraordinário e histórica que entrará para os anais como a mais espetacular virada já conhecida no sistema de votação brasileiro desde de sua implantação.
Se fraudes podem ter havido seguramente essa votação de Aécio em primeiro turno e no reduto da alta tucanagem não deveria passar a salvo de suspeitas já que os tucanos querem questionar o sistema. Contudo não se trata especificamente dessa votação de Aécio em primeiro turno mas da votação em geral no segundo turno ainda que não seja apresentado um fato lastreado em indícios verossímeis de que tenha havido fraudes comprováveis.
Isso faz parte do jus esperniand dos derrotados.
A postura do PMDB, aliado do governo em tese, é que salta aos olhos pelo tamanho do desavergonhamento, da falta de pudor em querer abertamente chantagear o governo ao impor-lhe uma derrota na câmara que é um ataque a uma das mais legítimas reivindicações das manifestações de Junho de 2013 por mais participação popular nas decisões de governo que seria atendida pela presidenta Dilma mediante um decreto que regulamentaria o processo de participação popular já existente e previsto na constituição, rechaçado pelo congresso por inadvertidamente achar que o elemento de chantagem seria subtraído de suas mãos, sempre que uma negociação dependesse de votação dos congressitas, substituído por tais conselhos, um erro groteco de avaliação por não corresponder ao propósito central de atender as aspirações populares por mais participação que se refere a formulações de políticas públicas e não votação dessas políticas que compete ao congresso.
Há um cerco conservador ao governo reeleito que precisa ser rompido para que aquilo que foi apresentado e discutido na campanha eleitoral da presidenta Dilma ganhe forma e contornos nítidos quanto a materialização por meio de negociações que permitirão que se realizem. O eleitor votou na proposta que foi consagrada nas urnas e temos que encontrar meios que assegurem que seja efetivamente implementada.
O PMDB tem que entender que o Brasil clama por mudanças e está cada vez mais impaciente com as práticas retrógradas de se fazer política baseada em chantagem, no fisiologismo que não olha o interesse geral da nação mas apequena-se em busca de nichos de poder, nos quais campeia a corrupção e mergulha o Estado permanentemente num suspense institucional com repetidos escândalos de corrupção pautando o noticiário, impedindo o governo de sair das páginas policiais para ter a tranquilidade de fazer o debate do Novo Brasil que emerge das urnas.
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