Não sou daqueles que se utiliza do erro alheio para justificar o dos outros. No Brasil, a partidarização da mídia que costuma defender o direito de ser fiscal da sociedade, expondo seletivamente os desvios éticos dos adversários, leia-se PT e base aliada, ao passo que encobre ou faz que não enxerga as centenas de casos de corrupção dos governos tucanos, especialmente os últimos do Estado de São Paulo, ensejou um tipo de comportamento surrealista presente nas discussões atuais quando o tema é a descoberta de algum caso de corrupção envolvendo figuras ilustres da república.
Os mais politizados que acompanham o cenário político do país e a cobertura facciosa da mídia, amiúde, se saem pela tangente sob a alegação de que no governo tal era ainda pior. Como se isso fosse argumento suficiente para anular o desvio ético praticado. Quando me decidi pelo o PT, desde o inicio, o fiz na concepção de que pelo menos nesta questão de zelo com a coisa pública, teríamos um governo mais cuidadoso.
E estou convencido de que não me enganei. Poderão haver inúmeras discussões, debates acirrados, mas os governos do PT são de longe os mais honestos, em que pese a escandalização midiática, o foco permanentemente voltado para realçar casos pontuais de corrupção nas administrações petistas que são excessões que fogem à regra.
Muitas vezes me vi defendendo a corrupção de determinados membros do governo que apóio estabelecendo como parâmetro a corrupção praticada por membros de governos que considero meus adversários. Percebi que não devemos entrar por esse caminho de relativizar a má conduta daqueles que costumam confundir o público com o privado. O errado tem de ser combatido, seja do PT ou de qualquer outro partido.
Mas é preciso ter um pouco de sobriedade para não cairmos na tentação de querer ser a consciência moral do mundo, um varão de plutarco. Essa coisa de moralismo, de agir como vestal é perigosa e não raro desemboca na hipocrisia.
Sérgio Cabral e Jorge Picciani são figuras conhecidas das antigas. Hélio Fernandes vem de há muito tempo denunciando na tribuna da imprensa essas duas figuras nefastas da política carioca. Portanto, o ex governador garotinho sabia bem quem era Sérgio Cabral. Não obstante, o escolheu para ser candidato a governador do Estado do Rio de Janeiro.
Agora ele não pode simplesmente cobrar do PT que seja ativo em engrossar o côro contra Cabral se eximindo da responsabilidade de ter contribuido decisivamente para que Cabral se tornasse governador do Rio.
Primeiro, Garotinho, faça uma mea culpa, explique a população do Rio porque o senhor escolheu Cabral como para suceder-lhe. Não fuja de sua responsabilidade. O senhor também tem participação mesmo que indiretamente com o que está acontecendo no Rio de Janeiro. Não venha dá uma de Catão.
Por um lado é bom que isso aconteça para que conheçamos a fundo esse jogo político sujo, suas entranhas e como funciona. Por outro, mais pessoas se afastam da política, das discussões importantes que definem os rumos da nação, enojadas com toda essa imundície.
Pena que somente os maus políticos saem ganhando. Quanto menos politização houver dos temas nacionais melhor para eles. Assim poderão agir com mais fisiologismo, mais chantagem e praticar a política pequena do to-ma-lá--dá-cá, do é dando que se recebe, como quando inescrupulosamente chantageiam a presidenta ameaçando de trancar a pauta do congresso se não tiverem suas benesses garantidas em forma de liberação de verbas de emendas parlamentares.
Os cidadãos de bem não podem e não devem ser passivos com a corrupção Esse mal tem de ser combatido diuturnamente no Brasil. Não é possível que milhões de reais escoem pelo ralo da corrupção, enquanto serviços essenciais estão à beira do colapso, quase que completamente sucateados.
Aqui continuarei a postar toda informação sobre os desvios do governo Cabral. Onde houver informações extrairei. Do blog do Garotinho, da Tribuna da Imprensa, do PIG , da extrema direita, da direita, enfim, o blog é um espaço aberto à discussão dos fatos relevantes que estão em debate.
Cada um faça sua parte. O pequeno unido, pode tornar-se grande, um gigande.
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