Em reunião na noite desta quarta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, reiterou a Mahmoud Abbas, líder da ANP (Autoridade Nacional Palestina), que Washington vetará no Conselho de Segurança da ONU o pedido de adesão dos palestinos às Nações Unidas como Estado-membro.
"Nós teríamos quer nos opor a qualquer ação no Conselho de Segurança da ONU, incluindo, se necessário, o veto", afirmou o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, Ben Rhodes, aos repórteres após a reunião entre os dois líderes.
Obama reiterou a Abbas seu apoio ao estabelecimento de um Estado palestino que "deve surgir de conversas diretas com Israel e não através de iniciativas unilaterais nas Nações Unidas", acrescentou Rhodes.
Mandel Ngan/France Presse | ||
Obama reiterou durante reunião com Abbas que os EUA vetarão o plano palestinos de adesão às Nações Unidas |
"Estou convencido de que não há atalho para encerrar um conflito que dura décadas. A paz não virá por meio de resoluções na ONU. Se fosse fácil assim, já teria ocorrido", disse Obama diante dos membros das Nações Unidas, reforçando que entende que muitos estão frustrados com a aparente falta de progresso sobre o impasse.
"Paz é trabalho duro", afirmou. "No final das contas, são os israelenses e palestinos --não nós-- que precisam chegar a um acordo sobre as questões que os dividem: sobre fronteiras e segurança; sobre refugiados e Jerusalém".
Como exemplo de negociações bem sucedidas, o presidente americano citou o caso do Sudão, onde, segundo ele, o diálogo levou a um novo Estado independente. O Sudão do Sul estreou como Estado pleno da ONU nesta quarta-feira, após ter sua independência oficializada.
Spencer Platt/France Presse | ||
Presidente americano, Barack Obama, discursa durante abertura da Assembleia Geral da ONU |
"Só teremos sucesso nesse esforço [pela paz] se conseguirmos que os dois lados sentem e ouçam seus medos e seus desejos", disse Obama.
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