Foto: MARCOS DE PAULA/AGÊNCIA ESTADO
ENTRE DETIDOS NO RIO E NO ESPÍRITO SANTO HÁ POLICIAIS MILITARES E ISRAELENSES; CARROS DE LUXO FORAM APREENDIDOS; ACUSAÇÕES INCLUEM CONTRABANDO E LAVAGEM DE DINHEIRO; OPERAÇÃO ACONTECEU EM 14 ESTADOS E DISTRITO FEDERAL
247 – Uma megaoperação da Polícia Federal, realizada nesta sexta-feira, resultou na prisão de treze pessoas no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Entre os dez detidos no Rio, há três policiais militares e dois israelenses. A operação “Black Ops” acontece em 14 estados e no Distrito Federal e tem o objetivo de prender integrantes de uma organização criminosa que atua em diversos países, inclusive no Brasil. De acordo com a assessoria da PF, foi pedido à Justiça o bloqueio de pelo menos R$ 50 milhões, que eram movimentados pelo grupo. A quadrilha é suspeita de crimes tributários, lavagem de dinheiro, contrabando e comércio ilegal de pedras preciosas, crime contra a economia popular, formação de quadrilha e exploração de máquinas caça-níqueis. Foram enviados 119 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão. Um veículo avaliado em R$ 1,3 milhão foi apreendido em Bauru, interior de São Paulo.
Em um comunicado divulgado pela PF, os agentes afirmam que é um grupo aliado a uma máfia israelense que estaria envolvida em esquemas ilícitos em diversos países. A investigação contou com o apoio de agências de inteligência de Israel, da Inglaterra e dos Estados Unidos. O superintendente da Polícia Federal no Rio, Valmir Lemos de Oliveira, disse também que o israelense, chefe do grupo, chegou a ser preso em 2006. À época, diversos mandados de prisão internacionais haviam sido enviados contra ele, mas a Justiça brasileira não concedeu a extradição. Em 2006, a PF informou que ele seria o maior traficante internacional de ecstasy, sendo procurado pelas polícias de Israel, Estados Unidos, Uruguai e Brasil. Nesta sexta-feira, ele foi preso num condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do estado. Os três policiais militares, presos no Rio, são suspeitos de fazer segurança para o israelense. Caso condenados pela justiça, os suspeitos podem pegar até 10 anos de prisão.
O nome da operação tem como origem um jogo de videogame de 2010, chamado Call of Duty: Black Ops.
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