Com Haddad, Palocci prepara volta à política
Foto: DIDA SAMPAIO/AGÊNCIA ESTADO_PADUARDO/AGÊNCIA ESTADO
RETORNO SERÁ DISCRETO, COMO TESOUREIRO INFORMAL DO CANDIDATO DO PT À PREFEITURA DE SÃO PAULO; MISSÃO É ABRIR PORTAS JUNTO A GRANDES EMPRESÁRIOS PARA FACILITAR ARRECADAÇÃO DE RECURSOS POR UM CANDIDATO QUE AINDA É APOSTA ARRISCADA
247 – Empresários são animais pragmáticos. Gostam de apostar em cavalos ganhadores. E, no cenário atual da disputa à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, candidato do PT, ainda parece ser um azarão, com os 3% que ostenta nas pesquisas de intenção de voto. Natural, portanto, que enfrente dificuldades para arrecadar recursos de campanha.
No entanto, Haddad acaba de ganhar um reforço de peso. Trata-se do ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que será tesoureiro informal da campanha de Haddad, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Palocci, que é consultor de grandes empresas e caiu da Casa Civil do governo Dilma Rousseff por se recusar a abrir a relação de sua clientela, tem livre trânsito entre o PIB nacional. Sua missão agora é a de abrir portas, recomendando que barões da indústria e das finanças nacionais recebam Emídio de Souza, ex-prefeito de Osasco e tesoureiro oficial da campanha de Haddad.
Nessa função, Palocci começa a voltar discretamente à cena política. Ele, que havia sido o principal ministro do primeiro mandato de Lula, caiu quando surgiu o caso Francenildo Costa. Teve sua segunda chance com Dilma, mas também caiu após a descoberta de que havia comprado um apartamento avaliado em mais de R$ 6 milhões nos Jardins, bairro nobre de São Paulo.
Um fator que despertou a ira de petistas foi a percepção de que Palocci, ex-coordenador da campanha de Dilma, não estaria arrecadando apenas para o partido. Portanto, a escolha de Haddad pode trazer bons resultados práticos, mas é também arriscada.
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