LIDERADOS POR MICHEL TEMER, CACIQUES DO PARTIDO, COMO RENAN E SARNEY, TRABALHAM NOS BASTIDORES PARA IMPEDIR CONVOCAÇÃO DO GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO, QUE MANTINHA RELAÇÃO DE AMIZADE COM FERNANDO CAVENDISH, DONO DA DE
247 – Vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer está preocupado com os rumos da CPI sobre a Operação Monte Carlo. O partido, que até agora assistia de camarote ao duelo entre PT e PSDB relacionado aos casos de Marconi Perillo e Agnelo Queiroz, teme que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, também seja arrastado para o centro da crise. Tudo em função das fotos postadas pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) revelando encontros festivos entre Cabral e Fernando Cavendish na Europa. Cabral não nega a amizade com o dono da Delta, mas diz não misturar relações privadas com decisões de governo.
Seja como for, Temer determinou aos principais caciques do partido, Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-MA), que monitorem de perto junto ao presidente da CPI, senador Vital do Rego (PMDB-PB), todos os requerimentos apresentados pela oposição. A convocação de Cabral, que é o terceiro governador com a melhor avaliação do País, atrás apenas de Eduardo Campos, de Pernambuco, e Beto Richa, do Paraná, poderia ser prejudicial aos planos eleitorais do PMDB no Rio, onde o partido é quase hegemônico.
A intenção dos governistas é focar a CPI nas relações entre o senador Demóstenes Torres (sem partido/GO) e o bicheiro Carlos Cachoeira. Se não for possível conter a investigação relacionada à construtora Delta, a intenção é que este capítulo da CPI fique restrito ao Centro-Oeste e não desça para o Rio de Janeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário