terça-feira, 10 de julho de 2012

Mari é cortada da seleção feminina de vôlei e está fora dos Jogos Olímpicos

Mari em ação pela seleção brasileira; jogadora não terá a oportunidade de brigar pelo ouro de novo
Mari em ação pela seleção brasileira; jogadora não terá a oportunidade de brigar pelo ouro de novo




A ponteira Mari está fora dos Jogos Olímpicos. A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) anunciou, nesta terça-feira, que a jogadora está fora dos planos do técnico José Roberto Guimarães e não vai a Londres tentar a segunda medalha de ouro da carreira.
A notícia foi divulgada pela assessoria de imprensa da entidade. A seleção segue concentrada no CT da CBV em Saquarema, mas agora com apenas 14 jogadoras. Até a próxima semana, mais duas devem ser cortadas até que se forme o grupo que vai viajar a Londres. 
O corte repentino é o ápice de uma má fase técnica que se estende desde o fim do ano passado. Mari não foi bem na Copa do Mundo do ano passado e fez uma Superliga ruim pelo Unilever. Antes de reunir a seleção, José Roberto Guimarães chegou a criticar o rendimento da jogadora. 
Mari ficou fora do Pré-Olímpico de São Carlos (SP) por conta de uma lesão no ombro. No início do Grand Prix, foi testada como oposto para que não tivesse tantas obrigações com o passe. Ela chegou a brilhar em alguns momentos, mas não foi regular e voltou a sofrer com as críticas do treinador.

No desembarque em São Paulo após o vice do Grand Prix na China, Zé Roberto já havia adiantado que ainda não estava satisfeito com Mari, que seguia com dores no ombro. "Ela ainda tem de mostrar muito mais, e o tempo é curto", disse o treinador, que naquele dia dispensou a levantadora Fabíola e Juciely. 
Conhecida pelo estilo mais contido, Mari está na seleção brasileira desde 2002, quando chegou ao time na renovação promovida à força pelo então técnico Marco Aurélio Motta. Em 2004, ela ficou marcada por erros consecutivos na semifinal contra a Rússia, que acabaram eliminando a seleção brasileira dos Jogos de Atenas. Apontada como culpada, ela deu a volta por cima quatro anos depois, em Pequim, quando ajudou a equipe a conquistar o inédito ouro feminino. 

Sem Mari, José Roberto fica com Tandara e Sheilla como opções de opostas. Além delas, as levantadoras Fernandinha e Dani Lins, as centrais Adenízia, Thaisa e Fabiana, as ponteiras Paula Pequeno, Fernanda Garay, Jaqueline, Natália e Sassá e as líberos Camila Brait e Fabi seguem treinando em Saquarema. 
Como o Brasil só pode levar 12 atletas para Londres, duas vagas estão em disputa. Recuperando-se de lesões, Natália e Sassá são as candidatas naturais ao corte. Caso Natália se recupere, Zé Roberto pode utilizá-la como oposta para evitar que ela tenha de passar demais. Neste caso, Tandara pode ficar fora. 

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