Conforme noticiado aqui há três dias, Dilma Rousseff encomendou ao ministro Brizola Neto (Trabalho) a “conquista” do PDT. A presidente quer apear do comando do partido o ex-ministro e atual desafeto Carlos Lupi.
O neto de Leonel Brizola tomou a sério o pedido da chefe. Movia-se abaixo da linha d’água. Nesta segunda (9), emergiu para declarar que planeja medir forças com Lupi pela presidência do PDT, em 2013.
“Acho que sim, devo concorrer. A gente tem defendido nos fóruns internos que o PDT precisa avançar no seu processo de democratização. Não é possível que uma burocracia partidária se apodere de todos os instrumentos partidários.”
Na contramão de Lupi, que flerta com projetos alternativos para 2014, Brizola Neto declara-se, desde logo, fechado com Dilma. “O PDT tem uma aliança muito clara com o governo Dilma.”
Esforçou-se para enquadrar o desejo em moldura lógica: “É para nós um resgate histórico, porque faz uma ponte entre o trabalhismo que surgiu com a redemocratização e o PT e com o trabalhismo histórico de João Goulart, de Getúlio Vargas, de Leonel Brizola.”
Beleza. Agora, falta saber com quantas divisões conta o infante na guerra contra o velho general. Muita gente torce o nariz para Lupi no PDT. Mas pouca gente parece enxergar em Brizola Neto uma alternativa. Torça-se para que o orçamento do Ministério do Trabalho não seja levado ao front. Não é justo que, nessa troca de tiros, o contribuinte seja convidado a entrar com o peito.
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