quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Programa eleitoral do Aécio: uma furada atrás da outra

E mais uma vez o senador Aécio Neves abusou no desconhecimento sobre a situação do Brasil real. Disse ele que o Brasil vive hoje uma situação pior que em 2010, que a inflação está batendo na porta, que a economia brasileira parou de crescer e tanto blá blá blá que os pouco mais de quatro minutos pareceram uma eternidade e, de boa,a impressão que dá é que até ele, se assistir o seu programa eleitoral novamente, vai votar em Dilma.
E Aécio falou: “A verdade é que hoje o Brasil está pior do que estava há quatro anos atrás. (...) algumas das principais conquistas que nos trouxeram até aqui hoje estão em risco”
Mas essa é a realidade: A situação do país é tão ruim, mas tão ruim que, hoje, 75% da população brasileira está nas classes A, B e C, contra 45% em 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso. Mais: a população nas classes D e E recuou de 55% em 2002 para 24% neste ano.
E mais, mesmo diante de um cenário grave de crise econômica mundial,  com desemprego e o fim de garantias de trabalhadores em todo o mundo, o governo Dilma foi na contramão. Vem crescendo acima do resto do mundo, o processo de redução de desigualdades sociais se intensificou e o desemprego atingiu as menores taxas de sua história (5%).
E disse Aécio: “A inflação já está aí de novo batendo na sua porta”
Ai ai ai, Aécio! Não sabe o que é o IPCA? Durante o governo Dilma, a inflação sempre esteve dentro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional, nem um pontinho percentual acima. O teto é de 6,5% e a expectativa para este ano é de uma taxa média anual de 6,2%. Quer mais? O percentual ainda é inferior a média de 8 anos do governo FHC: 9,24%.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecido como inflação oficial do país, mostra desaceleração. Em julho ficou em 0,01%.
Tem mais, desde que o sistema de metas foi criado, em 1999, a inflação só ficou acima do teto em três ocasiões, sendo duas no governo FHC: em 2001, quando a inflação foi de 7,67% (acima do teto de 6%), e em 2002, quando chegou a 12,53% (bem acima do teto de 5,5%).
Aécio diz: “Na economia, o Brasil parou de crescer. E quando a economia não cresce, ninguém mais cresce e a vida não melhora”
Mas deveria dizer: O governo Dilma cresce em linha com o resto do mundo (excluída a China) e acima dos países desenvolvidos, ao contrário do governo FHC, que cresceu sistematicamente abaixo da média mundial (excluída a China) e dos países desenvolvidos.
Nos três primeiros anos do governo Dilma, a taxa média de crescimento do PIB (2,1%) foi superior à média das economias avançadas, da Zona do Euro e de países como Reino Unido, Japão, França, Espanha e Itália. Em 2013, o PIB brasileiro superou o PIB médio das economias avançadas(link is external), da Zona do Euro e de países como Estados Unidos, Canadá, México, Reino Unido, Japão, Rússia, Alemanha e França.
E mais: no governo do PT, o Brasil passou a ser a sétima maior economia do mundo. Além disso, foi o país que teve a 5ª maior taxa média de crescimento anual do PIB e da renda per capita, entre as dez maiores economias do mundo. Por último, o Brasil obteve a 4ª maior taxa de crescimento entre as grandes potências econômicas do mundo em 2013 e está mantendo a 7ª maior taxa neste ano.
E Aécio apela: “Os empregos começam a desaparecer”
A verdade é essaNos governos de Lula e Dilma, foram criados 20,8 milhões de empregos formais no país – dos quais 5,5 milhões apenas no governo Dilma (até junho). Ou seja, em apenas três anos e meio do governo Dilma foram criados mais empregos do que nos oito anos de FHC (5 milhões). Só no período da crise, de 2008 até agora, foram criados 11,9 milhões de empregos com carteira assinada.
E Aécio viaja... “O Brasil que vinha bem, que vinha avançando, perdeu o rumo. (...) O problema é a forma como o Brasil vem sendo governado. E quando o governo vira problema, aí sim, tudo vira problema”
….e esquece do Brasil sem Miséria, Pronatec, Mais Médicos: A “forma” como o Brasil vem sendo administrado no governo Dilma garantiu, entre outras coisas, que 22 milhões de pessoas saíssem da miséria; que fossem criadas 8 milhões de vagas em cursos de formação e qualificação profissional por meio do Pronatec; que fossem criadas 208 novas escolas técnicas; que fosse criado o Mais Médicos, beneficiando 50 milhões de pessoas; e que grandes obras de infraestrutura iniciadas no governo Lula avançassem.
E Aécio continua: “Hoje, o que depende do brasileiro vem dando certo, mas aquilo que depende do governo, vem dando errado”
E esquece que esse é um governo participativo: o senador esquece que esse é um governo do povo, para o povo e pelo povo. Talvez por isso seja tão contrário a maior participação do povo no governo. E mais, há muitas políticas em andamento muito bem avaliadas. Por exemplo, a habitação –, o governo Dilma deu continuidade e ampliou o Minha Casa Minha Vida. Dos 3,5 milhões de moradias contratadas nos governos Lula (1 milhão) e Dilma (2,5 milhões), ela já concluiu e entregou 1,75 milhão. E outras 1,75 milhão de moradias estão sendo construídas.
E Aécio apresenta o desemprego e o arrocho salarial: “O Brasil precisa de (...) um governo que tenha coragem, que planeje, que tenha prioridades, metas, que gaste menos com ele mesmo, pra poder gastar mais com as pessoas.”
A verdade dessa fala: Esse é o mote do choque de gestão implantado por Aécio em Minas, que além de não equacionar o grave problema do endividamento do estado (Minas é o segundo estado mais endividado do País, com 15,5% da dívida pública estadual brasileira) também não gastou o suficiente para melhorar a vida das pessoas. Prova disso é que Minas ostenta hoje menor Índice de Desenvolvimento Humano de toda a Região Sudeste e ocupa a nona posição no ranking nacional, entre todos os estados brasileiros.
No governo Dilma, o crescimento dos gastos nos últimos anos está ligado à área social (ou seja, aos gastos com as pessoas). Só os programas tradicionais de transferência de renda às famílias (como aposentadorias, pensões, auxílios, seguro-desemprego, abono salarial e benefícios a idosos e deficientes), sem contar o Bolsa Família, saltaram de 6,7% em 2002 para 9% do PIB em 2013. Já os gastos do governo “com o governo” não apresentam sinais visíveis de elevação no período. Os gastos com pessoal ativo e inativo, por exemplo, caíram de 4,8% para 4,2% do PIB.
http://www.mudamais.com/divulgue-verdade/programa-eleitoral-do-aecio-uma-furada-atras-da-outra

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