terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cristina destaca proximidade com Dilma ao comentar vitória


Cristina destaca proximidade com Dilma ao comentar vitória
 
Foto: Reuters

 

Presidente argentina, que recebeu mais da metade dos votos nas eleições primárias do domingo, quer levar ao G-20 posição comum sobre crise mundial


Por Agência Estado

15 do 08 de 2011 às 16:53

Agência Estado
Após a esmagadora vitória nas eleições primárias de ontem, com mais de 50% dos votos, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse hoje que o triunfo foi "um grande reconhecimento" à sua administração. A presidente defendeu o uso das reservas do Banco Central (BC) para pagar os compromissos da dívida e recomendou aos países com problemas financeiros a receita argentina para enfrentar a crise de 2001/02, que incluiu default (não pagamento) de mais de US$ 100 bilhões e reestruturação com um corte de mais de 60% do valor principal. Também disse que vai buscar uma posição comum com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para levar ao G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo).

"Vai haver uma reunião muito importante em novembro do G-20, em Cannes, sobre a crise global. A ideia é falar com a companheira presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para levar uma posição ao G-20 sobre como vemos a situação internacional e os instrumentos que acreditamos que devam ser adotados para enfrentar a crise internacional", afirmou, em sua primeira entrevista coletiva à imprensa, desde fevereiro de 2010.

Cristina ressaltou que "no mundo se menciona o caso da Argentina como solução (para os países europeus endividados), uma reestruturação da dívida com corte importante." "Somos um modelo. Estão mirando para nós porque o que está passando no mundo se parece muito a Argentina de 2001".
"Vamos ver como se desenvolve a crise nesse mundo. Fomos muito heterodoxos, com medidas especiais que, muitas vezes, foram incompreendidas", alfinetou.

Cristina lembrou ter reiterado, em diversas oportunidades, que é preciso sustentar os bancos, mas assegurar também que essas instituições injetem recursos na economia real. "Claro que Grécia não pode pagar 360 bilhões de euros, como era claro que a Argentina não podia pagar US$ 160 bilhões em dívida", acrescentou.

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