Foto: REUTERS
Vazamento de prova em 2009 custou R$ 46 milhões aos cofres do Ministério da Educação; Gráfica Plural, da empresa de Otávio Frias Filho (à dir), era responsável pela impressão; seria essa a primeira briga da gestão Dilma com um grupo de comunicação?
Contratada pelo Connasel para dar acabamento a duas provas diferentes e imprimir um total de 9,4 milhões de exemplares, a Plural sempre negou responsabilidade no vazamento e alega ter cumprido todas suas obrigações de segurança. Nesta semana, quatro dos cinco acusados de participar do crime foram condenados por violação de sigilo funcional e corrupção passiva. Considerado o mentor do roubo pela Polícia Federal, Felipe Pradella pegou cinco anos e três meses de prisão.
Filipe Ribeiro Barbosa e Marcelo Sena Freitas foram condenados a 4 anos e 6 meses em reclusão de regime semiaberto e Gregory Camillo teve a pena revertida em prestação de serviços comunitários. O quinto réu, Luciano Rodrigues, foi absolvido. Pradella, Barbosa e Freitas eram funcionários da Gráfica Plural na época do vazamento e o esquema foi descoberto quando eles tentaram vender o material a jornalistas por R$ 500 mil.
O vazamento da prova culminou no cancelamento do Enem dias antes da data programada, prejudicando quatro milhões de estudantes e demandando um gasto 30% maior que o planejado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), vinculado ao MEC. Para o Ministério, esgotaram-se as possibilidades de cobranças administrativas ao consórcio e o caso só pode ser resolvido na Justiça. O Connasel prometeu se manifestar publicamente nesta quinta-feira sobre o assunto.
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