Foto: Divulgação
Detido ao voltar do EUA, o empresário Humberto Gomes da Silva ficou famoso pela frase "É pro governo? Joga o valor pra três, tudo vezes três"
Desencadeada na semana passada, a operação Voucher decretou a prisão de 38 pessoas acusadas de envolvimento num esquema de desvio de recursos do Ministério do Turismo. Desses, 36 mandados haviam sido cumpridos, mas 19 pessoas foram libertadas no mesmo dia. Os demais foram beneficiados dois dias depois por habeas corpos concedidos pelo juiz federal Guilherme Mendonça Doehler, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Mas com a condição de pagar fiança.
Empresário e jornalista, Humberto é dono da Barbalho Reis Comunicação e Consultoria, acusada de servir de fachada para o desvio de recursos de um convênio de R$ 4,4 milhões para treinamento de mão de obra no Amapá. Por meio do seu blog, ele negou ter participado das fraudes. "Não sou fugitivo, nem bandido ou muito menos leciono licitação: a arte da regra 3", disse ele em tom de deboche, referindo-se à conversa telefônica, interceptada com autorização judicial, em que ensina um colega a superfaturar licitações públicas.
Ele é irmão de Hugo Leonardo da Silva, sócio da Sinc Recursos Humanos, também preso - e já libertado - por suposto envolvimento no esquema. Humberto foi preso ao desembarcar no aeroporto de Brasília, procedente de Miami. Ele disse ter ido aos Estados Unidos um dia antes da operação para vender um veículo que havia deixado lá no período em que residia no país estudando inglês. A família alega que ele não tem dinheiro para pagar a fiança e seu advogado entra hoje na justiça com pedido de redução do valor.
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