Racional, disciplinado e entusiasta dos exercícios físicos, o novo CEO é o homem das operações, dos números e da eficiência - mas não da criação
Do Portal Terra
Com a renúncia de Steve Jobs como CEO da empresa mais rentável do mundo, a Apple, o fiel escudeiro Timothy D. Cook toma o posto de maneira integral. Não é a primeira vez, no entanto, que o agora antigo diretor de operações fica à frente da Apple. Isso já aconteceu pelo menos outras três vezes. Foi ele quem tocou o barco em 2004, por dois meses, quando o capitão passou por uma cirurgia. Depois, por vários meses em 2009, quando Steve Jobs fez um transplante de fígado. E, por último, antes de assumir a presidência-executiva definitiva, em 2011, era Cook quem jogava as cartas na companhia havia alguns meses, desde que Jobs se retirou para tratar da atual doença.
Cook nasceu em 1 de novembro de 1960 em Robertsdale, no estado do Alabama, nos Estados Unidos. Ele é licenciado em Engenharia Industrial pela Universidade de Auburn, em 1982, e seis anos depois fez o MBA na Universidade Duke Fuqua School of Business, em Durham, também nos EUA. Na carreira profissional, o nome foi feito dentro da IBM, onde Cook atuou durante 12 anos como diretor. Depois disso, ele passou seis meses como vice-presidente corporativo de materiais da Compaq, antes de Jobs conhecê-lo e levá-lo para a Apple, em 1998.
A fama de reservado
Tim Cook tem fama de reservado e é um "viciado em trabalho que, além da Apple, se interessa por ciclismo, estar ao ar livre e o time de futebol americano de Auburn", diz a revista Forbes. Ele é conhecido também por dividir com Jobs um estilo de liderança que revisa, questiona e autoriza cada detalhe do trabalho. Quem os conhece diz que, ainda que partilhe do fervor de Jobs pela empresa, o jeito de Cook é totalmente oposto. Jobs é apaixonado, exaltado e emotivo. Cook é calmo, frio e totalmente racional.
Como COO - diretor de operações, Cook se mostrou eficiente. Tão logo chegou, ele tratou de fechar unidades próprias, vender estoques e tomar outras medidas para que a empresa reduzisse os custos e continuasse a ser viável. Em seguida, ele fez acordos com fabricantes asiáticos para produção de alguns componentes - atualmente famosas por produzirem as peças do iPhone e do iPad. Foi ganhando a confiança de Jobs até chegar a ser o segundo nome em comando da Apple.
Racional, disciplinado, entusiasta dos exercícios físicos, o homem das operações, dos números e da eficiência - mas não da criação, Cook deve refletir o modo como vem agindo na empresa em mais de uma década de história agora como o homem mais importante da empresa mais importante financeiramente e para o mundo da tecnologia. Agora, se Jobs vai se retirar totalmente da tomada de decisões e agir como um rei que reina, mas não governa, só o tempo vai poder dizer.
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