Uma placa que indica a construção de um monumento em homenagem aos mortos e desaparecidos da ditadura chama o golpe militar de "revolução de 1964".
A obra, na Cidade Universitária da USP, é parte de parceria entre a universidade e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.
Ela é patrocinada pela Petrobras e tem custo estimado em R$ 89 mil.
O termo "revolução" é usado por militares que negam que tenha havido uma ditadura no país de 1964 a 1985.
Na tarde de ontem, o termo "revolução" foi riscado e a palavra "golpe" foi escrita.
Segundo a secretaria, a obra faz parte do projeto "Direito à Memória e à Verdade", que inclui a criação da Comissão da Verdade.
"Considero o termo utilizado um absurdo. Farei contato com o reitor para mudar imediatamente a inscrição", disse a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos).
A reitoria da USP diz que houve falha na confecção e que o "erro será corrigido o mais rápido possível". Procurada, a Scopus Construtora, responsável pela obra, não se pronunciou.
Diego Shuda/Folhapress | ||
Placa de obra na USP com o termo 'revolução' rabiscado e a palavra 'golpe' escrita embaixo |
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