Há um evidente desconhecimento jurídico na maneira como alguns setores estão qualificando o testemunho do ex-PM preso em Brasília que tenta incriminar o Ministro dos Esportes Orlando Silva.
Por definição, cúmplices e bandidos são testemunhas dos crimes. A partir dessa obviedade, alguns analistas sustentam que todo depoimento de criminoso deve ser considerado porque, por cúmplice, ele é uma testemunha privilegiada.
Acontece que por sua própria condição - de bandidos - o que se espera deles são basicamente pistas e provas documentais. Nenhum tribunal sério do mundo - e nenhuma publicação séria, saliente-se - confiaria apenas na palavra do bandido.
Há um dito no meio que diz que a prova testemunhal é a prostituta de todas as provas. Basta qualquer pessoa falar, confessar ou acusar sem apresentar provas. E se a pessoa é um preso, indiciado, mais ainda.
Veja tem dito que o acusador tem provas.
É simples tirar a prova do pudim: basta que as provas sejam apresentadas. A questão é que Vejatem uma tradição de divulgar que possui provas - gravações e fotos - que nunca são apresentadas.
Enquanto essas provas não aparecerem, Veja continuará suspeita de mentir reiteradamente.
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