11 de outubro de 2014 | 10:22 Autor: Fernando Brito
Apesar do terror que se procurou espalhar – ontem, na Voz do Brasil, ouvi o senador Paulo Davim, médico, criticar o governo brasileiro por não ter “instalado barreiras sanitárias em portos, aeroportos e estradas de fronteiras (estradas de fronteira com a África? – o exame do paciente internado como suspeito de portar o vírus deu negativo para a possibilidade de estar contaminado, o que será, dentro dos procedimentos sanitários adequados, confirmado ou não por novo teste, no domingo.
Outra doença, porém, “deu positivo”: o ódio racista.
O Dia e o Clóvis Rossi (do UOL) publicam hoje reportágens sobre como as manifestações agressivas ao cidadão que estava sob suspeita de ter sido contaminado pelo virus se espalharam.
A de cima, que reproduzo de O Dia, chega a propor o assassinato de uma pessoa.
Estes são os monstros de que falei, outro dia, estarem despertos pela agressividade que se incentiva na vida brasileira.
E que perdeu – à revelia, até, de muitos de seus participantes – todos os freios e limites desde que passamos ao “vale-tudo” que muitos aplaudiram desde junho passado.
O caso do ebola não é, em muita coisa, diferente das denúncias que tomam conta de nossa mídia.
Só que aí não há exames que, em 48 horas, possam dizer o que há e o que não há.
Muito menos autoridades que sigam os procedimentos adequados para, prudentemente, verificar se o que diz um ladrão ao qual se acena com o perdão judicial é verdade ou mentira.
Mas há ódio igual, que se expressa num “mata e esfola” semelhante ao extermínio proposto ao pobre paciente.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=21970
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