Do Brasil 247
CHICO VIGILANTE
Deputado, líder do PT na Câmara Legislativa do Distrito Federal
A oposição já mostrou mil vezes o que
pretende: derrubar Dilma, criminalizar Lula, e acabar com qualquer
chance do PT nas próximas eleições. Isso está claro.
A cada dia, no entanto, mais uma máscara
cai e os aliados em torno desta estratégia parecem não ter nenhum
receio de entrar para a história como traidores do Brasil e da
Constituição deste país.
Uma prova disso é a declaração de
procuradores da Operação Lava Jato, publicada recentemente na Folha de
São Paulo, afirmando que a força tarefa vai estender seus trabalhos por
três anos, ou seja até 2018.
Não parece uma coincidência inexplicável
? Por que três anos e não cinco?, e não um ? e não seis? Ai está. Estão
todos unidos em trabalhar até descobrir algo contra Lula– como
desesperadamente estão tentando por meio de pressões e chantagens para
que presos pela Lava Jato aceitem fazer acordos de delações premiadas.
Mesmo que prometam dizer algo de
interesse da cúpula da Lava Jato antes do acordo e no depoimento formal
digam outra coisa, como aconteceu com Nestor Cerveró. Disse que daria
dados sobre o envolvimento de Lula e Dilma e depois na delação formal
não falou nada de concreto a respeito.
A pergunta óbvia a seguir aqui é: qual
seria o sentido disso? O sentido é que quando alguém promete que vai
falar algo de interesse dentro desta tática golpista numa delação
premiada, essa declaração pode e é usada para vazamentos seletivos que
se transformam em manchetes de jornais e revistas, se concretizando ou
não na prática, expressando ou não verdades.
Na reportagem do jornal paulista os
procuradores foram explícitos sobre a tática usada pela Lava Jato daqui
pra frente: vão focar nos partidos, e, nas eleições municipais de 2016
as agremiações serão alvo da operação para o ressarcimento de valores
supostamente recebidos ilegalmente.
Se a tendência atual se mantém, que é
prender preferencialmente petistas para enlamear o partido da presidenta
Dilma e do ex-presidente Lula, os pedidos de ressarcimento serão feitos
somente ao PT a fim de inviabilizar o partido.
A tentativa de criminalizar a qualquer
custo Dilma e Lula é uma ação pseudo jurídica, claramente política e
vergonhosamente em ação por Moro e sua equipe.
As denúncias se multiplicam a respeito. O
advogado Roberto Podval acusou esta semana o delegado da PF, Marlon
Oliveira Cajado, da Operação Zelotes, de chantagear seu cliente, o
lobista Mauro Marcondes, para que fizesse acordo de delação premiada que
possivelmente prejudicaria o ex-presidente Lula.
A concretização do acordo evitaria a
transferência de sua mulher e sócia, a empresária Cristina Mautoni, da
prisão domiciliar para o regime fechado. O acordo não foi fechado e a
decretação da prisão de Cristina foi feita dia 15/01, última
sexta-feira. O acordo não foi feito e a promessa de prisão em regime
fechado foi cumprida.
Outros advogados de defesa de indiciados
na Lava Jato relataram que é recorrente durante os depoimentos
insistentes indagações dos delegados da operação a respeito do
ex-presidente Lula. Isso indica que existe um direcionamento político na
busca do envolvimento de Lula.
A Operação Lava Jato está repleta de
ações características de um Estado de exceção, e não vão titubear em
continuar tentando criminalizar um ex-presidente da República com base
em delações de bandidos que passaram anos roubando o patrimônio público e
mudam suas versões ao sabor de suas necessidades.
http://jornalggn.com.br/noticia/por-que-a-lava-jato-vai-ate-2018-por-chico-vigilante
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