Domingo, 06 de Junho de 2010
O jornalista Laerte Braga analisa de como são editadas as notícias e que interesses se escondem atrás delas.A edição de sábado do JORNAL NACIONAL – O DA MENTIRA – foi um primor de desinformação, distorção de notícias e fatos para atender a interesses do grupo e àqueles a que representa. É prática rotineira na emissora.
Num dado momento da edição, com o ar de sério, seriedade que não tem, o jornalista Alexandre Garcia, começou a falar do dossiê “supostamente” atribuído a setores da campanha de Dilma Roussef e contra o candidato tucano José Arruda Serra.
Para não enfiar a emissora no bolo e aparentar inocência na história, repercutiu a matéria de capa da revista VEJA sobre o assunto. VEJA é aquela que pegou mais de 400 milhões de reais em contratos com o governo de São Paulo – José Arruda Serra – sem licitação e num favorecimento escandaloso, com, lógico, um percentual para o caixa de campanha do tucano.
É aquela também que quando não conseguiram culpar o governo Lula pela queda do avião da TAM (os defeitos eram no reverso e numa das turbinas por falta de manutenção da empresa), estampou numa capa que “a culpa foi do piloto”. O plano para privatização de aeroportos começou a dar com os burros n’água por ali.
Que acha que a flotilha que foi levar ajuda humanitária a palestinos sitiados em Gaza pelo governo terrorista de Israel foi provocação. Posição também da GLOBO.
Quando Alexandre Garcia, ex-funcionário do Banco do Brasil, do antigo SNI e do Gabinete Militar da presidência da República, demitido por assédio sexual, governo Figueiredo, mostrou os “fatos” relacionados ao dossiê, esqueceu-se de dizer que o jornalista do ESTADO DE MINAS é ligado ao ex-governador Aécio Neves e que a imensa e esmagadora maioria da mídia já havia ligado o dossiê a Aécio.
Toda a trajetória totalitária, corrupta e venal de José Arruda Serra foi levantada a pedido do governador de Minas, então disputando a indicação presidencial com o tucano paulista, quando tomou conhecimento que Arruda Serra havia preparado um dossiê contra ele.
Uma espécie de legítima defesa, digamos assim, num ambiente fétido, o tucanato. Disputa pela chefia da quadrilha.
Para não perder a viagem, envolveram um delegado corrupto e aposentado da Polícia Federal, que fala qualquer coisa por dinheiro, atribuindo a responsabilidade a Dilma Roussef e ao seu partido.
É prática corriqueira da GLOBO, vem desde os tempos de Collor de Mello quando editaram o último debate entre o alagoano e Lula. Ou ainda, nos tempos da ditadura, quando omitiu a campanha para as diretas já, quando encobriu a tortura e foi parte dela na cumplicidade ativa de vender um Brasil maravilhoso quando o País estava à matroca em mãos de militares irresponsáveis e criminosos.
Ou quando foi fundada, há 45 anos, como braço de Washington com o propósito de vender a ideologia disneylândia que hoje, se sabe, chega até a prostituição (Operação Harém da Polícia Federal), seja no BBB, seja nas “moças” contratadas por laranjas para dançarem literalmente, em todos os sentidos, com direito a cachê/michê de 20 mil reais, depende da estatura dentro da emissora e do cliente.
Toda a farsa do dossiê já havia sido contada de “a” a “z” pelo jornalista Luís Nassif em seu portal. Todo o esquema de disputa entre Arruda Serra e Aécio é público e notório desde que o funcionário de Arruda Serra, Juka Kfoury, pegou Aécio no contrapé.
A GLOBO ignorou, deliberadamente, todos os fatos.
Um pouco antes de dar um trato mentiroso no tal dossiê foi divulgada uma pesquisa do antigo IBOPE (hoje GLOBOPE), onde Dilma e Serra aparecem empatados na magia de fabricar números, sabe-se que a realidade é diferente, Arruda Serra está em queda e Dilma em ascensão e nem tocaram no fato que dentre os candidatos o tucano é o mais rejeitado pelos eleitores ouvidos. Mostraram na telinha, mas não comentaram.
Quando pegos na mentira e na farsa, práticas comuns e corriqueiras ali, sacam da pasta de canalhice a tal liberdade de expressão. Deve ter outro sentido para eles. Liberdade de mentir, de falsear, de enganar, de ludibriar e de contratar dançarinas para “ajudar” nos “negócios” com clientes promissores.
Tipo sabão OMO, lavou está pronto para outra.
Canalhice pura.
A legislação brasileira propicia a esse tipo de imprensa marrom, venal, que o direito de resposta seja um fato raro, por conta da lentidão do poder Judiciário, sem falar que a GLOBO tem em mãos muitos dos ministros de tribunais regionais e superiores e nada contra ela anda.
Praticam o crime, a rigor, de forma impune.
A GLOBO é isso e até as eleições de outubro fatos assim serão comuns, todos revestidos de preocupação democrática da rede em todos os seus tentáculos. Jornais, rádios e tevês.
Existe para isso e por isso. Daí porque abriga gente tipo Alexandre Garcia, William Bonner, Lúcia Hipólito, Miriam Leitão, paladinos da sem vergonhice jornalística.
E traveste-se de defensora da democracia e dos valores cristãos e ocidentais, desde que as faturas sejam pagas em dia e os favores e ilicitudes permaneçam encobertos e protegidos às vezes, muitas vezes, pelos encarregados de zelar pela lei.
A edição de sábado foi um primor de mentira, de desrespeito ao telespectador, por isso o rotulam de idiota, apostam nessa característica e contam que enquanto a turma está ali para esperar a novela das oito, de quebra, levam a informação mentirosa.
A GLOBO é outro câncer, como VEJA, não há nada de liberdade de expressão em seu caminho.
Só mentira e empulhação.
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