Corte de NY liberta Strauss-Kahn após reviravolta no caso
O Tribunal Penal de Nova York libertou nesta sexta-feira o ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional) Dominique Strauss-Kahn, que estava há um mês e meio em prisão domiciliar em um caso de crimes sexuais contra uma camareira de um hotel na cidade. Strauss-Kahn foi libertado sem fiança --o que indicaria que as acusações são menos graves
do que as inicialmente apresentadas.
Mario Tama/France Presse | ||
Ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn deixa corte de NY ao lado da mulher; ele foi libertado sem fiança |
O canal de TV americano CNN diz ainda que há algumas condições para a libertação do francês, que continua sem o passaporte e deve voltar para novas audiências. As acusações
não foram derrubadas e ele continua sendo processado.
A TV mostrou imagens de Strauss-Kahn deixando a corte, sorrindo, ao lado da mulher.
O caso de Strausss-Kahn sofreu uma reviravolta na noite de quinta-feira quando o jornal "The New York Times" revelou, com fontes ligadas ao caso, que havia fortes suspeitas sobre a credibilidade da vítima.
Estas suspeitas teriam sido apresentadas na audiência desta sexta-feira, o que teria resultado na libertação do francês.
Strauss-Kahn, 62, foi preso em 14 maio sob suspeita de abuso sexual, tentativa de estupro, ato sexual criminoso, aprisionamento ilegal e toque violento contra uma camareira de 32 anos do luxuoso Hotel Sofitel, em Nova York. Ele nega as acusações.
O escândalo o levou a renunciar ao cargo no FMI e acabou com suas chances de concorrer à Presidência francesa em 2012, à qual era um dos favoritos.
Na noite de quinta-feira, contudo, o "NYT" afirmou, com base em fontes anônimas, que a suposta vítima mentiu sobre o incidente repetidas vezes.
Os advogados de defesa apuraram que a camareira recebeu depósitos que somaram US$ 100 mil nos últimos dois anos --em suposta evidência de que ela teria sido paga para inventar a acusação.
Os promotores teriam ainda conversas gravadas da camareira com indivíduos sobre o pagamento pela acusação de agressão sexual, destaca o jornal.
Segundo o "New York Times", as novas evidências poderiam resultar na libertação de Strauss-Kahn.A polícia descobriu ainda supostos vínculos da vítima, uma guineana de 32 anos, com atividade criminosa, incluindo lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. A mulher também teria mentido para obter seu visto de permanência nos Estados Unidos.
"É um desastre, um desastre para ambas as partes", disse um funcionário ao jornal.
CASO
A camareira alega que entrou no quarto achando que não havia ninguém e que Strauss-Kahn saiu do banheiro nu, em sua direção. Ele a teria agarrado e tentado colocar seu pênis na boca da camareira por duas vezes, além de impedir que ela deixasse o local.
Após ser detido em um avião quando se preparava para voltar à França, Strauss-Kahn passou duas noites em uma delegacia do Harlem e quatro na prisão de Rikers Island, antes de conseguir mudar para a prisão domiciliar em um luxuoso apartamento de Manhattan,
depois de pagar uma fiança de um milhão de dólares.
Além de pagar US$ 1 milhão de fiança e mais US$ 5 milhões em caução, o ex-diretor do FMI foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica, restringir-se a um regime de saídas e visitas muito rígido e entregar todos seus documentos de viagem.
Strauss-Kahn renunciou ao cargo no FMI poucos dias depois de sua prisão. A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, foi eleita na terça-feira (28) como sua substituta e deve assumir o cargo no próximo dia 5.
Os simpatizantes de Strauss-Kahn no Partido Socialista da França expressaram contentamento com a aparente reviravolta e alguns disseram esperar que ele poderá reingressar na corrida presidencial de 2012.
Mas analistas políticos afirmam que sua reputação já foi muito manchada para que seja um candidato presidencial e lhe restaria algum outro papel político influente se for absolvido.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/937578-corte-de-ny-liberta-strauss-kahn-apos-reviravolta-no-caso.shtml
A TV mostrou imagens de Strauss-Kahn deixando a corte, sorrindo, ao lado da mulher.
O caso de Strausss-Kahn sofreu uma reviravolta na noite de quinta-feira quando o jornal "The New York Times" revelou, com fontes ligadas ao caso, que havia fortes suspeitas sobre a credibilidade da vítima.
Estas suspeitas teriam sido apresentadas na audiência desta sexta-feira, o que teria resultado na libertação do francês.
Mary Altaffer/Associated Press | ||
Strauss-Kahn chega a tribunal de NY para audiência na qual foi libertado |
Strauss-Kahn, 62, foi preso em 14 maio sob suspeita de abuso sexual, tentativa de estupro, ato sexual criminoso, aprisionamento ilegal e toque violento contra uma camareira de 32 anos do luxuoso Hotel Sofitel, em Nova York. Ele nega as acusações.
O escândalo o levou a renunciar ao cargo no FMI e acabou com suas chances de concorrer à Presidência francesa em 2012, à qual era um dos favoritos.
Na noite de quinta-feira, contudo, o "NYT" afirmou, com base em fontes anônimas, que a suposta vítima mentiu sobre o incidente repetidas vezes.
Os advogados de defesa apuraram que a camareira recebeu depósitos que somaram US$ 100 mil nos últimos dois anos --em suposta evidência de que ela teria sido paga para inventar a acusação.
Os promotores teriam ainda conversas gravadas da camareira com indivíduos sobre o pagamento pela acusação de agressão sexual, destaca o jornal.
Segundo o "New York Times", as novas evidências poderiam resultar na libertação de Strauss-Kahn.A polícia descobriu ainda supostos vínculos da vítima, uma guineana de 32 anos, com atividade criminosa, incluindo lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. A mulher também teria mentido para obter seu visto de permanência nos Estados Unidos.
"É um desastre, um desastre para ambas as partes", disse um funcionário ao jornal.
CASO
A camareira alega que entrou no quarto achando que não havia ninguém e que Strauss-Kahn saiu do banheiro nu, em sua direção. Ele a teria agarrado e tentado colocar seu pênis na boca da camareira por duas vezes, além de impedir que ela deixasse o local.
Após ser detido em um avião quando se preparava para voltar à França, Strauss-Kahn passou duas noites em uma delegacia do Harlem e quatro na prisão de Rikers Island, antes de conseguir mudar para a prisão domiciliar em um luxuoso apartamento de Manhattan,
depois de pagar uma fiança de um milhão de dólares.
Além de pagar US$ 1 milhão de fiança e mais US$ 5 milhões em caução, o ex-diretor do FMI foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica, restringir-se a um regime de saídas e visitas muito rígido e entregar todos seus documentos de viagem.
Strauss-Kahn renunciou ao cargo no FMI poucos dias depois de sua prisão. A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, foi eleita na terça-feira (28) como sua substituta e deve assumir o cargo no próximo dia 5.
Os simpatizantes de Strauss-Kahn no Partido Socialista da França expressaram contentamento com a aparente reviravolta e alguns disseram esperar que ele poderá reingressar na corrida presidencial de 2012.
Mas analistas políticos afirmam que sua reputação já foi muito manchada para que seja um candidato presidencial e lhe restaria algum outro papel político influente se for absolvido.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/937578-corte-de-ny-liberta-strauss-kahn-apos-reviravolta-no-caso.shtml
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