quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O jogo duplo da mída nos grandes escândalos de corrupção

A grande mídia não tem interesse que a corrupção seja combatida no Brasil, se tivesse gastaria suas energias em fazer a população se indignar indistintamente com a corrupção existente em todos os nivéis de governos e de todas as cores partidárias.
No entanto sua sanha moralizadora é seletiva e só se dirige aos governos do PT e da base aliada ou individualmente com os desvios pontuais daqueles que são próximos do ex-presidente Lula. Não há exemplos maiores do que os casos do governador Sérgio Cabral que está envolto num mar de lama e de Ricardo Teixeira denunciado mundialmente pela grande mídia internacional.
Cabral não recebe um décimo da atenção que as Organizações Globo dedicaram aos governos de Brizola e Garotinho, ambos levados a execração pública mediante uma campanha midiática implacável que desconstruiu a imagem do Estado do Rio de Janeiro. As razões são conhecidas.
O silêncio da Globo em relação a Cabral é comprado com dinheiro público, gasto com propaganda e anuncios nas organizações dos Marinhos. O de Teixeira é comprado com a exclusividade do futebol brasileiro e do maior evento esportivo do mundo, a Copa.
Agora mesmo a Folha foi rápida em enxergar um conflito ético na conduta de Tóffoli ao comparecer a um casamento de um amigo advogado, o que a meu juizo é uma conduta inapropriada do ministro, no entanto a Folha jamais dedicou uma linha para falar dos negócios privados de Gilmar Mendes e suas relações nada recomendáveis com um dos maiores causídicos deste país, conhecido por sempre está na defesa dos grandes empresários da nação, acusados de corrupção.
Se a Folha colocou o ministro Toffoli sob suspeição por ser amigo de um advogado que tem causas no Supremo que dependem do juizo do ministro, deveria igualmente e com força redobrada colocar Gilmar sob a mesmíssima suspeição por ser amigo de Sérgio Bermudes, o qual dispensa apresentação.
Não há um só colunista de o Globo que tenha escrito uma daquelas colunas bombásticas em defesa da moralidade, da ética, dos bons costumes contra os desmandos e desvios de recursos da CBF comandada por Ricardo Teixeira. O silêncio impera.
Não vi Waker, Boni, Fátima Bernardes, Jabor, Merval, Lúcia Hipóllito, a Globo News, a CBN fazerem qualquer comentário sobre a conduta delituosa de Ricardo Teixeira. Aí está a prova maior de que o denuncismo e a falsa moral que apregoam têm endereço certo: o governo Dilma, e na contra mão protegerem seus interesses escusos.
Para uma mídia tão sequiosa em zelar pelo dinheiro público quando o mínimo é feito em benefício dos mais necessitados, os 30.000,000,00 de reais que foram parar nos cofres das organizações Globo, abocanhados na organização do sorteio da Copa, dinheiro que saiu do caixa dos governos estadual e municipal do Rio, deveria causar indignação a essa mesma  mídia que diuturnamente  se arvora na guardiã da moralidade. 

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