Foto: Valter Campanato/ABr/Agência Brasil/EBC
Senadores petistas questionaram a eficácia da nova regra sobre limitação de mandatos parlamentares aprovada durante o 4º Congresso Nacional do PT
A nova regra limita o número de mandatos de parlamentares petistas a três consecutivos, para vereadores, deputados estaduais e deputados federais, e dois seguidos, para senadores. A medida valerá somente a partir de 2014, quando todos os parlamentares terão sua contagem de tempo zerada.
Humberto Costa avalia que a medida seria interessante se o voto em lista partidária, defendido pelo PT na reforma política, estivesse em vigor. "Mas no sistema proporcional, corremos o risco de excluir o melhor candidato, que teria condições de puxar uma chapa de deputados", exemplificou. Costa lembrou que no sistema proporcional, prevalece o "voto nominal", no candidato, e não no partido. "Podemos mudar isso se a gente ver que traz mais problema que benefícios", afirmou.
O senador Wellington Dias (PT-PI) disse que "a ideia é correta porque abre espaço para os novos". Mas interpretou a medida como uma regra de orientação às futuras convenções, em que serão escolhidos os candidatos do partido, e não como uma norma de aplicação obrigatória. O ex-governador do Piauí lembrou que a proposta abrange a renovação nos cargos de direção. Dias, que já foi membro do Diretório Nacional, alegou que preferiu não continuar no órgão para dar oportunidade a novos nomes.
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), hesitou em comentar a regra aprovada pelo partido aliado, porque "é um assunto delicado". Mas Raupp acabou admitindo que, pessoalmente, é contrário à imposição de um rodízio aos parlamentares. "Se o parlamentar está fazendo um bom trabalho, por que tem de sair?", questionou, acrescentando que a prerrogativa de manter o político no Congresso ou retirá-lo de lá deve ser do eleitor
Nenhum comentário:
Postar um comentário