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OPERADORA DE TELEFONIA CELULAR ACEITA PEDIDO DE SUSPENSÃO DE SERVIÇOS DE CONEXÃO DE INTERNET, MAS COBRA PELO MÊS INTEIRO DE SERVIÇOS NÃO PRESTADOS
247 - A julgar pelos métodos empregados pela operadora de telefonia celular Claro para cobrar seus clientes, fica fácil entender porque seu maior acionista, o mexicano Carlos Slim, é o homem mais rico do mundo. A Claro cobra não apenas pelos serviços que oferece, mas também, e em igual medida, por serviços que tiveram seu cancelamento pedido oficialmente pelo usuário. A depender da data do pedido, a Claro chega a cobrar um mês inteiro de prestação de serviço sem precisar entregar o que foi efetivamente pago.
Foi o que aconteceu com um pedido de cancelamento de conexão com internet feito por um cliente da Claro no dia 24 de janeiro de 2012, que recebeu o número de protocolo 201283931667. Para surpresa do cliente, a fatura do mês de março veio com a conta cheia, de R$ 195,20, para um período de uso de internet de 23 de janeiro a 22 de fevereiro de 2012.
Numa ligação feita para a Claro nesta segunda-feira 12 de março, no sentido de obter esclarecimentos sobre a cobrança – afinal, o pedido de cancelamento do serviço fora feito oficialmente em 24 de janeiro --, o cliente foi informado pela atendente Dayane que em razão de o pedido ter sido feito no dia 24, as regras da Claro estabelecem a cobrança integral do mês subsequente, em razão da programação dos sistemas. O serviço, com efeito, foi suspenso, mas restou a cobrança de um novo período de 30 dias, em razão, repita-se, da data em que o cancelamento foi solicitado.
A Claro, obviamente, poderia adotar um sistema de cobrança que calculasse dia a dia o valor das tarifas. Isso permitiria que cancelamentos em quaisquer datas pudessem ser cobrados diariamente a partir da data de início do ciclo – e não pelo mês integral. Mas esse método, mais justo e honeste com o cliente, não faz parte do sistema da empresa. O acionista Carlos Slim, desse modo, pratica, em última análise, uma esperteza contra o consumidor. Isso explica não apenas parte dos lucros que ele obtém para figurar em primeiro lugar na lista da Forbes, mas também o fato de a Claro, no Brasil, ser a campeã de reclamações junto ao Procon entre as empresas de telefonia.
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