por Luiz Carlos Azenha
O problema do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pode ser de saúde, de exposição da filha pré-adolescente ou da oposição do governo Dilma.
Com certeza, o problema de Teixeira não é o passado, como podemos inferir do fato de que ele sobreviveu 23 anos na direção da CBF.
O problema de Teixeira é o futuro.
O jornalista suiço Jean François Tanda garante que é apenas uma questão de tempo até que a Justiça local decida divulgar a documentação levantada durante a investigação do escândalo da ISL, a empresa de marketing que supostamente pagou propina a cartolas para obter vantagens na FIFA.
Tanda é parte da ação, juntamente com o colega britânico Andrew Jennings.
Assim que a documentação for divulgada jornalistas de todo o mundo vão se debruçar sobre a papelada para descobrir quem é quem.
Quem é o dono da Sanud, a empresa que foi sócia da RLJ Participações, de Teixeira, no Rio de Janeiro? Documentos públicos expõem os procuradores que assinaram pela Sanud e, convocados pela polícia ou pela Justiça, eles teriam de revelar: afinal, em nome de quem assinavam?
Mas não é só: quem é o dono da Sicuretta? Da Ovada? Da Beleza? Da Wando?
Como, com muita propriedade, registrou o Roberto Pereira de Souza, no UOL, Teixeira obteve um habeas corpus preventivo da Justiça brasileira.
Foi em troca de vantagens? Quais?
O que quero dizer é que a saga de Ricardo Teixeira está apenas começando. Mantê-lo longe dos holofotes, de repente, tornou-se mais importante que vê-lo no centro do poder.
Ou alguém acha que Teixeira é um malfeitor no meio de uma legião de anjos?
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