segunda-feira, 12 de março de 2012

Neto de Brizola será o novo ministro do Trabalho



A PRESIDENTE DILMA, QUE INGRESSOU NA VIDA PARTIDÁRIA NO PDT DE LEONEL BRIZOLA, JÁ ESCOLHEU O DEPUTADO BRIZOLA NETO (PDT/RJ) COMO O PRÓXIMO NOME DE SUA REFORMA MINISTERIAL; É UMA HOMENAGEM AO SEU PASSADO E TAMBÉM AO TRABALHISMO NO BRASIL

12 de Março de 2012 às 08:30
247 – A informação está na edição desta segunda-feira do jornal O Globo, na coluna Panorama Político. O novo ministro do Trabalho será o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), que, como o próprio nome indica, é neto de Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro e fundador do PDT. Dilma já teria consultado a bancada do partido e estaria aguardando apenas uma conversa com o ex-ministro Carlos Lupi para fazer o anúncio.
De certa forma, com a escolha a presidente Dilma presta uma homenagem a seu próprio passado. Depois da guerrilha, da clandestinidade e da prisão, ela ingressou na vida político-partidária no PDT gaúcho, ao lado do ex-marido Carlos Araújo. No Rio Grande do Sul, o brizolismo elegeu o prefeito Alceu Collares, na capital Porto Alegre, que deu a Dilma o primeiro cargo no Poder Executivo. E ela só deixou o PDT, migrando para o PT, quando Carlos Araújo não conseguiu a indicação do partido para ser candidato à prefeitura de Porto Alegre.
Na era Lula e também com Dilma, o ministério do Trabalho esteve nas mãos do PDT e, apesar do estilo polêmico de Lupi, os resultados são inequivocamente positivos. A taxa de desemprego é a menor desde o início da nova metodologia do IBGE e o Brasil criou mais de 2 milhões de empregos formais nos últimos dois anos.
Peso econômico
O Ministério do Trabalho é também um dos que contam com mais peso econômico na Esplanada dos Ministérios. Além de indicar representantes para o conselho curador do FGTS, o ministro influi na destinação do FI-FGTS, um fundo bilionário, capitalizado com recursos trabalhador, que tem sido usado para obras de infraestrutura e poderá também ser aplicado na Copa de 2014.
Desde o fim do ano passado, quando Lupi deixou o posto, o ministério vinha sendo comandado por um interino e Dilma havia cogitado até fazer uma troca de cadeiras entre PMDB e PDT. O primeiro entregaria a Agricultura a Osmar Dias e ficaria com o Trabalho. A escolha de Brizola Neto, no entanto, pareceu ser uma saída mais natural e menos traumática.

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