Foto: Edição/247
FÁBIO BARBOSA, QUE FOI ESCALADO PARA AGIR NOS BASTIDORES EM BRASÍLIA E EVITAR A CONVOCAÇÃO DE ROBERTO CIVITA PELA CPI DO CASO CACHOEIRA, ESTARIA INSATISFEITO COM A POLÍTICA EDITORIAL DA REVISTA VEJA; PENDÊNCIA QUE TRAVA SUA SAÍDA É A PESADA MULTA RESCISÓRIA QUE TERÁ QUE SER PAGA PELA EDITORA
247 – Nesta terça-feira, voltaram a circular, no mercado financeiro e também editorial, rumores sobre a demissão do executivo Fábio Barbosa, que preside a Editora Abril desde agosto do ano passado. “Ele já acertou sua saída”, disse ao 247, um banqueiro que desfruta da amizade do executivo.
Ex-presidente do Santander, Barbosa estaria insatisfeito com as missões que lhe foram atribuídas. Essencialmente, ele circulou em Brasília para evitar que a CPI do caso Cachoeira convocasse o dono da empresa, Roberto Civita, e o diretor da sucursal brasiliense da revista Veja, Policarpo Júnior. Barbosa teve reuniões com o vice-presidente Michel Temer, com outros caciques do PMDB e até mesmo com o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que é um dos principais réus do mensalão. Com todos, negociou uma espécie de armistício.
No entanto, Barbosa estaria incomodado com o fato de ter ficado “vendido” diante de seus interlocutores. Acenou com a bandeira branca, mas, em suas últimas edições, a revista Veja, carro-chefe da Abril, manteve sua artilharia pesada apontada na direção do PT e dos réus do mensalão. Barbosa já não tem mais garantias de que Civita e Policarpo não serão convocados numa fase posterior da CPI.
O que ainda trava sua saída é a pesada multa rescisória que terá que ser paga pelos controladores da Abril. Barbosa foi recrutado a peso de ouro logo depois de sua saída do banco Santander, banco onde construiu uma imagem de executivo preocupado com a sustentabilidade e com questões sociais. A interlocutores próximos, o presidente da Abril confidenciou estar incomodado com os prejuízos que o caso Cachoeira têm causado à sua imagem pública.
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