27 de outubro de 2014 | 22:33 Autor: Fernando Brito
Muito melhor do que a dada ao Jornal Nacional, a entrevista de Dilma Rousseff ao Jornal de Record, hoje, é reveladora do espírito da Presidenta.
Ela vai ouvir, esperando passar a histeria de uma direita que sentou na boca o gosto da vitória e se retorce de ódio.
E também de passar a ação dos espertalhões que manipularam o mercado acionário nos últimos 60 dias.
É claro que a situação econômica do país não é uma maravilha, como não é uma maravilha em parte alguma do mundo.
Só que nós temos vantagens que os outros não têm.
Um mar de petróleo, para começar.
Um potencial mercado consumidor onde a inclusão de um décimo da população nos direitos da cidadania moderna equivale a um país inteiro na Europa.
Dilma garantiu que não vai tocar no emprego e no consumo, a não ser para ampliá-los.
Não aceitou nem mesmo especulações sobre a linha de suas escolhas ministeriais.
E aí sangrou na veia da saúde, quando se falou em corrupção.
Não tem terceiro turno.
“Ganha quem conquista a maioria e foi isso que aconteceu: eu conquistei a maioria”.
Eu sou uma pessoa com uma trajetória política e uma integral dedicação à coisa pública. Jamais na minha vida houve uma única acusação. Eu não vou deixar que passadas as eleições esqueça-se as acusações.(…) Antes de quererem investigar, eu quero saber.
Lascou a crise hídrica em São Paulo no silêncio da imprensa.
E disse para todos o que significou o recado do eleitor a ela, na reeleição.
“Olha, eu acho que você acertou numas coisa, mas você que tem de fazer mais”
O Brasil vai ser um país que cuida de todos, mas em especial dos pobres, das mulheres, dos negros e dos jovens, que foram os grandes segmentos que emergiram nestes 12 anos”.
“Há uma ponte para fazermos isso. Qual é a ponte? É que todos nós queremos o melhor para o Brasil.”
Nós vamos defender esta ponte, contra quem quer um Brasil em ilhas.
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