28 de outubro de 2014 | 10:19 Autor: Fernando Brito
Cabral, Ferreira e Miguel, os personagens aí da foto, fazem parte do povo de São Paulo que é invisível para a grande mídia.
Lá estão eles, dentro de uma galeria suja, buscando água no que dizem ser uma velha bica, soterrada com a expansão das ruas da cidade.
Estão fazendo uma “vaquinha” para buscar uma água que queira Deus não esteja contaminada.
Cabral, Ferreira e Miguel são personagens de uma reportagem do Agora, um jornal popular paulista, mas não merecem nem as páginas da Folha, nem as do Estadão.
Eles são vítimas do racionamento que “não existe” e não têm a água “que está garantida” nas palavras do governador Geraldo Alckmin.
São personagens da falta d’água que, como disse ontem Dilma Rousseff, não está “iluminada”.
Não, porque a vida de Cabral, Ferreira e Miguel não têm importância para a São Paulo “rica e bem”dos Jardins
Embora eles também morem num Jardim, o modesto Jardim Noroeste, lá na escuridão do esquecimento
Porque a Folha de S. Paulo, com uma legião de repórteres, mesmo quando apresenta o drama que vive a maior metrópole do continente, “doura a pilula”.
Na edição de hoje, apresenta um gráfico sobre o esgotamento do Cantareira que é verdadeiro.
Mas atrasado.
Como um favor ao jornal que não vê o Cabral, o Ferreira e o Miguel, atualizo os dados, como os dei ontem aqui, para que os leitores do jornal, que não podem ver o Cabral, o Ferreira e o Miguel também não tenha que ler um jornal que traz informação mais que atrasada.
Onde não se mostra que tudo é muito, muito pior do que o “retrato do passado” que a Folha traz.
Porque jornal velho, todos sabem, só serve para embrulhar peixe e otários.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=22581
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