terça-feira, 28 de junho de 2011

Tribunal Penal Internacional côrte de escroques a serviço dos E.U.A

Após o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir um mandado de prisão contra o ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, ao menos três ministros de seu governo foram à Tunísia para negociar com "representantes estrangeiros", afirma o jornal espanhol "El País".

Entre os ministros que negociam na ilha tunisiana de Yerba está o chanceler líbio, Abdelati Obeidi, afirma o diário citando a agência de notícias estatal da Tunísia, TAP.
As informações do jornal chegam no mesmo dia em que o procurador-geral do TPI, o argentino Luis Moreno Ocampo, disse que as negociações não interferem no pedido de prisão, que tem caráter de urgência.

"Há uma necessidade urgente de negociação (na Líbia), mas a negociação tem de respeitar as resoluções da ONU e as decisões dos juízes do TPI", declarou Ocampo à imprensa um dia depois de os juízes da Corte emitirem uma ordem de detenção contra Gaddafi, seu segundo filho, Saif al Issam e o chefe da espionagem líbia, Abdullah al Senussi.

O procurador-geral argentino se mostrou otimista sobre as possibilidades de captura do ditador líbio e inclusive se aventurou a estimar que sua detenção não durará mais de "dois ou três meses".

Moreno Ocampo se mostrou convencido que a isso ajudará a "vontade de executar a detenção" que lhe expressaram hoje representantes do governo interino da Líbia, regido pelos opositores ao regime e cujo ministro da Justiça, Mohammed al Alagi, se encontra nesta terça-feira em Haia.

"Nesta segunda-feira foi o dia em que os juízes emitiram sua decisão, (...) hoje é o momento da detenção", declarou o chefe da Procuradoria do TPI, que disse que quarta-feira se reunirá na sede da Corte com o representante do órgão dos rebeldes, o Conselho Nacional de Transição (CNT), Mahmoud Gibril.

MINISTROS

Ocampo advertiu às autoridades de Trípoli que caso não colaborem com a prisão do ditador, se "arriscam a ser perseguidos" pela Justiça Internacional.
Lembrou também às autoridades líbias que embora não sejam parte do Estatuto do TPI, devem cumprir com os mandatos do Conselho de Segurança da ONU, que é quem remeteu o caso da Líbia à promotoria da corte.

"Se Gaddafi viaja para um Estado-membro (da Corte), será detido", afirmou Ocampo, quem lembrou que seu escritório segue investigando supostos crimes na Líbia, como encobrimento de delitos e violações.

Dado que o TPI carece de uma estrutura policial, depende dos Estados a execução das ordens de detenção contra seus processados.

A ordem de captura emitiu quando se procura uma saída negociada ao conflito, que passaria por um possível exílio de Gaddafi ou que este, após abandonar o poder, permanecesse em algum lugar da Líbia.

Mas a ordem de detenção do TPI poderia pôr fim a estas opções, especialmente depois que o mesmo Conselho Nacional manifestasse após conhecer a decisão da Corte que não se pode "negociar com criminosos de guerra".

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